
Que tempo sombrios estamos vivendo. Convivem, lado a lado, as maravilhas da tecnologia e do conhecimento com o caos e o obscurantismo de uma sociedade doente.
A cada dia nos assombramos com novas e terríveis doenças, crimes monstruosos contra crianças e velhos, genocídios, massacres. Vivemos um tempo em que os princípios e valores estão completamente às avessas.
A história humana é escrita com sangue e ternura, como duas forças em choque, onde ora predomina uma, ora a outra.
Nunca nossas crenças e valores estiveram tão evidentemente em cheque. A Igreja Católica se enlameia em posições dogmáticas totalmente sem sentido e com padres e bispos envolvidos em escândalos sexuais. As Igrejas Evangélicas não ficam atrás, enriquecendo e se transformando em empreendimentos comerciais onde Deus é apenas a marca do produto “salvação” vendida nos templos.
Na política então é um verdadeiro “mar de lama”, aliás, o que sempre foi, mas parece que nos últimos anos o nível desse mar tem aumentado e a lama está ficando cada dia mais fétida.
A educação está completamente falida, estamos entrando inevitavelmente numa nova Idade Média, período em que apenas um seleto grupo de aristocratas detinha o conhecimento.
E nas artes? Também acredito que estamos vivendo uma crise, além de uma crescente elitização da expressão artística. A arte popular, com raras exceções, passa por uma vulgarização apelativa em busca de sucesso comercial. Quem poderia melhor que eu analisar os rumos das artes no século XXI são minhas amigas Walleria em seu blog www.wallperlima.blogspot.com e Thais em seu blog www.thaislc.blospot.com .
Não sei se o homem encontrará um caminho mais firme e seguro sobre a Terra. Alias o próprio planeta corre o perigo de perecer em conseqüência dos desmandos ambientais causados pelo próprio homem.
Isso tudo é angustiante. Talvez fosse melhor ser um alienado feliz.