A muito o homem se aterroriza com a possibilidade de ser vitimado por um vírus. Vírus existem desde que o primeiro ser vivo surgiu na terra. São eles uns dos responsáveis pelo processo de seleção natural das espécies. Sim, os vírus como inúmeros outros fatores “apenas” eliminam aqueles que geneticamente estão menos aptos a sobrevivência na terra.
Vejamos por exemplo: no México de mais de duas mil pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína apenas 152 morreram vitimados por ela, e desses, suspeita-se que alguns foram em conseqüência de outros problemas secundários à gripe. O problema é que a cada nova mutação dos vírus surge invariavelmente a pergunta; será que estou geneticamente preparado para passar por este?
Em 1918 houve a gripe espanhola que vitimou mais gente na Europa do que a primeira guerra mundial. Ele surge justamente ao final dessa guerra quando as pessoas estavam fragilizadas pela guerra, enfraquecidas, milhares de corpos insepultos, as condições de higiene no mais baixo grau, enfim ambiente propício para a disseminação de doenças infecciosas. Os que sobreviveram à gripe espanhola eram mais aptos, e seus descendentes, dos quais muitos de nós somos parte, não sucumbiriam ante essa gripe novamente.
Portanto, os vírus são um mecanismo natural de seleção das espécies, queiramos ou não.
A ciência com seus medicamentos e as vacinas principalmente consegue interferir nesse mecanismo, porém essa capacidade de interferência é limitada pelo tempo.
Os vírus sofrem mutações genéticas incrivelmente rápidas, tanto que não há dois vírus com um genoma absolutamente igual e a ciência necessita de tempo para descobrir os mecanismos de combatê-los. Enquanto isso eles vão ceifando a vida dos organismos menos preparados para enfrentá-los.
A forma mais eficaz para passar por eles é simples e envolve uma palavrinha mágica que infelizmente em nosso pais é muito pouco valorizada: EDUCACÃO. Princípios básicos de higiene, alimentação sadia e variada em nutrientes, atividade física evitando ambientes e práticas perigosas à saúde como fumo, álcool e sexo inseguro além da não ingestão desnecessária de medicamentos são a formula para se tornar menos suscetível. Mas, de qualquer forma, o componente genético sempre terá um peso muito grande na nossa capacidade de sobrevivência.
Bernardo
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