Dá para confiar naquele que quer te matar? Isso ocorre com a propaganda. Vou discorrer aqui sobre as propagandas de cigarros do passado, mas o alerta vale para qualquer produto.
Análise de comerciais de cigarros ocorridas entre 1920 e 1950 são um belo exemplo de que o lucro está cima de qualquer padrão ético ou moral. Então vejamos:
“Sem eles como seria o Natal”, pergunta o Papai Noel carregando um maço gigante de cigarros da marca Murad. Outro Papai Noel fumante recomenda Lucky Strike: “Luckies pegam leve na minha garganta. O processo exclusivo é a proteção para a sua garganta contra a irritação e a tosse.
A mostra PROPAGANDA DE CIGARROS – COMO A INDÚSTRIA DE FUMO ENGANOU AS PESSOAS foi apresentada no Rio e em São Paulo, na Livraria Cultura. Foram 63 cartazes selecionados pelos médicos Robert K. Jackler e Robert N. Proctor, da Universidade de Stanford, nos EUA. A exposição foi organizada pela agência de publicidade Novas S/B com apoio do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Nos cartazes a indústria de tabaco usava o prestígio de atletas, cantores e estrelas de Hollywood. Alguns traziam imagens de bebês: “Nossa, mamãe, você gosta mesmo do seu Marlboro. Sim, você nunca sente que fumou demais. Esse é o milagre de Marlboro."
Ronald Regan e James Stewart preferiam a marca Chesterfield. Já John Wayne indicava Camel: “Os papeis que eu represento não são nada fáceis para a minha voz. Não posso me arriscar com uma irritação na garganta. Então eu fumo Camel, eles são suaves."
Um anúncio do Cigares de Joy fecha a exposição: “Alívio imediato em caso de asma, bronquite, gripe e falta de ar.”
A amostra foi importante para que as pessoas entendam o papel da indústria do tabaco, que usava qualquer argumento para vender mais. Eles já sabiam a muito tempo que o cigarro leva à dependência e mata, mas tentaram passar uma imagem como se fosse uma coisa natural, saudável.
Até hoje tentam fazer isso por meio da Internet, com festas para jovens porque sabem que a propaganda é a alma do negócio e que 90% das pessoas começam a fumar na adolescência.
E quanto aos demais produtos que nos são empurrados sob os mais diversos argumentos? Light, diet, rico em fibras, omega 3, etc, etc. Vale a pena parar para um Momento de Reflexão sobre o tema.
Bernardo
2 comentários:
Oi, Bernardo:
Lembro bem das propagandas de cigarros com cavalos empinando como se aquilo fosse saudável e viril. Foi uma época, porém, hoje já se sabe dos malefícios do cigarro, e eles estão aí... Viciando e matando.
Essas propagandas que você mostrou, da criança, do papai-noel... Que coisa horrorosa. Gostei de ver os cartazes, desconhecia.
Sobre alimentos que você fala, assisti, esta semana, uma nutricionista 'gorda', falando de alimentos com fibras, Light e diet; dá pra acreditar? E médicos quase 'obesos', falando do coração , exercícios e alimentação. Dá pra acreditar?
Bjs
Tais luso
Olá Bernardo, nessa águia que fuma não, mas como sou do Benfica tenho que acreditar na águia que é o simbolo do clube. Falando de coisas sérias, não conheço a realidade brasileira, mas em Portugal graças a Deus há mais gente a deixar de fumar.
Foi bom ter escolhido este tema, tão importante e que muita gente continua a pensar que a culpa não é do cigarro.
Beijinhos
Bom fim de semana
Carmo
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