Conforme pesquisa do Centro de Políticas Sociais Fundação Getúlio Vargas, pode-se observar a ausência do Estado nas principais favelas do Rio de Janeiro, particularmente o Complexo do Alemão e a Rocinha.
Isso em parte explica o poder e capacidade de organização que atingiu o crime organizado nesses locais. Vejamos alguns dados:
A renda per capita mensal do Complexo do Alemão é de R$ 176,90 e a da Rocinha, R$ 220, diante de uma média das demais de R$ 615 das 30 regiões administrativas do município do Rio.
A Rocinha registra o menor nível de escolaridade do Rio, de 5,08 anos completos de estudos. O Complexo do Alemão ocupa o segundo lugar desse triste ranking, com 5,36 anos de estudo. A média das demais regiões administrativas da cidade é de 8,29 anos completos de estudos.
A proporção de pessoas com curso universitário nas favelas é de 2,75%, quase dez vezes menor que no resto da cidade. Alcança 92% o percentual de crianças de zero a três anos do Complexo do Alemão que nunca frequentaram uma creche.
A taxa de desemprego média de 19,1% nas cinco grandes favelas, atingindo 19,5% no Complexo do Alemão e 17,2% na Rocinha, ante 9,9% nos bairros ricos apontam para a falta de coesão social da cidade e revela a impossibilidade de mobilidade social dos favelados cariocas.
É claro que em uma situação social dessa em que os indivíduos sequer tem condições de concorrer para o mercado de trabalho, a atração do tráfico vem preencher essa lacuna.
Portanto, é preciso afirmar e reafirmar, para a além das UPP´s é mais do que urgente o Estado oferecer à essas comunidades políticas sociais que construam a cidadania. O PAC é uma alternativa embora tímida ante a gravidade do problema, é necessário e urgente uma política bastante séria e agressiva na educação não só das crianças mas também de formação dos adultos.
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