Vinte anos depois de seu lançamento e após 13 anos de
exploração do sistema de Saturno, a Cassini não tem muito combustível e foi
preciso decidir a melhor maneira de completar a missão, destacou a Nasa.
"A Cassini fará algumas de suas observações mais extraordinárias
ao final de sua longa vida", destacou Linda Spilker, diretora científica
da missão no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa em Pasadena, Califórnia.
A equipe científica espera obter valiosos dados sobre a
estrutura interna de Saturno e a origem de seus anéis. Os pesquisadores também
esperam obter imagens sem precedentes sobre as nuvens de Saturno.
Cassini começará sua primeira manobra para mergulhar em
Saturno em cinco meses, com um último sobrevoo próximo à Titan em 22 de abril.
Quando Cassini fizer sua última imersão na atmosfera de
Saturno, em 15 de setembro, a sonda continuará transmitindo os dados de vários
de seus instrumentos, incluindo a composição atmosférica, até a perda do sinal.
A sonda Cassini da Nasa, na órbita de Saturno desde 2004,
está pronta para iniciar as manobras para mergulhar na atmosfera do planeta
gigante de gás em 15 de setembro, informou nesta terça-feira (4) a agência
espacial americana.
Com 12 instrumentos científicos, a sonda realizará em 26 de
abril a primeira descida ao espaço inexplorado de 2.400 km que há entre Saturno
e seus anéis, destacou a Nasa.
"Nenhuma sonda se aventurou nesta região única que
vamos tentar cruzar 22 vezes", explicou Thomas Zurbuchen, da direção de
missões científicas da Nasa. "O que aprendermos das últimas órbitas da
Cassini nos permitirá aperfeiçoar nossa compreensão da formação e evolução dos
planetas gigantes e dos sistemas planetários em geral", destacou o
especialista.
Durante sua longa missão em torno de Saturno, Cassini fez
descobertas importantes, como a existência de um vasto oceano sob a superfície
gelada da lua Encélado, assim como mares de metano líquido em Titan, outro satélite
de Saturno.
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