A perda contínua da biodiversidade diminui
significativamente a produção florestal, provocando perdas anuais globais entre 200 e
500 bilhões de dólares, cinco vezes mais do que custaria tomar medidas efetivas
de conservação destes ecossistemas em escala global, conforme publicado na
revista Science.
Para completar esse estudo, investigadores de 30 países,
agrupados na Global Forest Biodiversity Initiative (GFBI) analisaram 777.126 áreas
de bosques de 44 países, medindo mais de 30 milhões de árvores de 8.737 espécies
diferentes. A área analisada representa a maioria dos biomas terrestres. O
objetivo era estabelecera relação entre a biodiversidade medida em número de
espécies de árvores e a produtividade.
Conhecer essa relação é imprescindível para avaliar
economicamente a biodiversidade e integrar a conservação biológica e o
desenvolvimento socioeconômico da
humanidade. Em boa parte das áreas com alta biodiversidade a população
rural depende em grande medida dos recursos florestais e sua perda pode
incrementar o grau de vulnerabilidade dessas pessoas, analisa Marie Sklodowska-Curie
do comitê diretor da GFBI
Os bosques são os maiores repositores de biodiversidade
terrestre e atualmente o desmatamento e as mudanças climáticas, ameaçam aproximadamente
metade das espécies vegetais. Há uma relação direta entre a diversidade de árvores
de um bosque e o benefício econômico que ele trás. Os dados atuais apontam a
necessidade de recalcular o valor da biodiversidade, as estratégias de gestão
florestal e as prioridades de conservação.
A redução acelerada da produção florestal seria muito
beneficiada se, em lugar de potenciar as monoculturas, o foco das políticas
florestais privilegiasse a mescla de espécies.
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