Formação de icebergs gigantes é um processo típico das plataformas de gelo na Antártica. (Foto: Ralph Timmermann/Alfred Wegener Institute) |
A camada de gelo maciça da Antártica Oriental pode ser mais
vulnerável ao aquecimento global do que se pensava, de acordo com um estudo
publicado nesta segunda-feira (12), que mostra como os ventos fortes podem
erodir as plataformas de gelo que ajudam a mantê-la no lugar.
Há água congelada suficiente no continente polar para, em
caso de derretimento, elevar o nível do mar em dezenas de metros e redesenhar o
mapa do mundo.
Mas a compreensão da dinâmica da região - que inclui a
camada de gelo muito menor da Antártica Ocidental - tem se mostrado difícil.
Até agora, os cientistas se concentraram na ameaça da Antártica
Ocidental.
Estudos recentes sugeriram que as mudanças climáticas já podem
ter condenado grandes pedaços da sua camada de gelo à desintegração, seja em
uma escala de tempo de séculos ou de milênios.
Em contraste, o gelo que cobre a Antártica Oriental foi
visto como muito mais estável, até mesmo com ganho de massa.
A camada de gelo maciça da Antártica Oriental pode ser mais
vulnerável ao aquecimento global do que se pensava, de acordo com um estudo
publicado nesta segunda-feira (12), que mostra como os ventos fortes podem
erodir as plataformas de gelo que ajudam a mantê-la no lugar.
Há água congelada suficiente no continente polar para, em
caso de derretimento, elevar o nível do mar em dezenas de metros e redesenhar o
mapa do mundo.
Mas a compreensão da dinâmica da região - que inclui a
camada de gelo muito menor da Antártica Ocidental - tem se mostrado difícil.
Até agora, os cientistas se concentraram na ameaça da Antártica
Ocidental.
Estudos recentes sugeriram que as mudanças climáticas já podem
ter condenado grandes pedaços da sua camada de gelo à desintegração, seja em
uma escala de tempo de séculos ou de milênios.
Em contraste, o gelo que cobre a Antártica Oriental foi
visto como muito mais estável, até mesmo com ganho de massa.
Os resultados foram publicados na revista científica "Nature
Climate Change".
Alguns estudos atribuíram a cratera a um impacto de
meteorito, mas quando Lenaerts e sua equipe chegaram no local, em janeiro,
perceberam que a cavidade cheia de água tinha outras origens.
Combinando modelos climáticos, dados de satélites e medições
no local, eles concluíram que ventos fortes carregando ar quente estavam
levando embora a neve refletiva, permitindo que os raios solares fossem
absorvidos pelo gelo mais escuro em vez de serem devolvidos ao espaço.
A principal vulnerabilidade das plataformas de gelo às mudanças
climáticas continua sendo o aquecimento da água do oceano, que desgasta sua
parte inferior.
Normalmente, essa erosão é compensada pela acumulação de
neve fresca e gelo de cima.
Mas os oceanos absorveram, nas últimas décadas, grande parte
do excesso de calor gerado pelo aquecimento global, que elevou as temperaturas
médias globais do ar em um grau Celsius.
Quando combinado com a erosão de cima, o impacto na
estabilidade da camada de gelo pode ser maior do que se entendia anteriormente.
"Esses processos - anteriormente não observados na Antártica
Oriental - indicam que o aquecimento adicional pode ampliar o risco de colapso
da plataforma de gelo", disse Martin Siegert, do Imperial College London,
comentando o estudo.
Um ensaio geral do que poderia acontecer mais amplamente
aconteceu em 2002, quando a plataforma de gelo Larsen B da Antártica Ocidental
sofreu uma "rápida e catastrófica falha mecânica", caindo no mar, ele
observou.
"A Larsen B nos diz que o derretimento superficial pode
ser crítico para a integridade estrutural das plataformas de gelo," escreveu
Siegert em um comentário na "Nature Climate Change".
Nenhum comentário:
Postar um comentário