QUEM VENCEU FOI O BRASIL

TERMINOU O LONGO PROCESSO ELEITORAL BRASILEIRO

E O BRASIL VENCEU!!!

VENCEU A JUSTIÇA

VENCEU A DEMOCRACIA

VENCEU A LIBERDADE

VENCEU A VERDADE

VENCEU O POVO BRASILEIRO!




ASSINADO ACORDO MUNDIAL SOBRE BIODIVERSIDADE – PROTOCOLO DE NAGOYA

Representantes de quase 200 países chegaram a um acordo ontem em Nagoya (Japão), e assinaram um tratado sobre a biodiversidade.

As nações concordaram em reconhecer o direito dos países sobre a sua biodiversidade. Isso significa que países que desejarem explorar a biodiversidade natural (como plantas, animais ou microorganismos) em territórios que não sejam seus terão que pedir autorização para as nações donas dos recursos.
Se estudo da fauna e da flora alheia resultar em novos produtos, como fármacos ou cosméticos, os lucros terão que ser repartidos entre quem os desenvolveu e o país de origem do recurso, conforme contrato prévio.
Se houver comunidades que utilizem os recursos genéticos tradicionalmente, como tribos indígenas, elas também terão direito de receber royalties pela exploração comercial da biodiversidade.

VITÓRIA BRASILEIRA

As negociações para estabelecer esses pontos sobre o acesso aos recursos genéticos levaram quase 20 anos. Desde a ECO 92, no Rio de Janeiro, temas ligados a biopirataria são discutidos, e os países ricos relutavam em assinar um pacto que garantisse a soberania sobre a sua biodiversidade.
Por isso o acordo realizado agora na COP 10 em Nagoya, Japão, foi visto como uma grande vitória brasileira, país dono da maior biodiversidade do mundo e protagonista nas negociações no Japão.
Se Kyoto entrou na história como o lugar onde o acordo do clima nasceu, em 1997, Nagoya terá destino similar, diz Ahmed Djoghlaf, secretário executivo da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CBD), responsável pela conferência.
A única ausência notável foi a dos EUA que nunca participaram da CBD.

ALGUNS PONTOS DO PROTOCOLO DE NAGOYA

- Os países são soberanos sobre sua biodiversidade e recursos genéticos (incluindo plantas, animais e micro-organismos).
Nenhuma outra nação pode acessar e explorar isso sem autorização do “dono” do recurso natural.
- Caso algum país crie, com recursos naturais de outro, novos produtos (como remédios) ambos devem ser sócios e dividir os lucros de eventual comercialização.
- Esses lucros devem ser divididos, também, com as comunidades que usam o recurso tradicionalmente.
- 10% das áreas marinhas e costeiras vão virar regiões protegidas até 2020. Hoje apenas 1% está sob preservação.
- Também até 2020, 17% das áreas terrestres devem estar protegidas. Hoje são apenas 12%.

Esperamos que o Protocolo de Nagoya tenha mais sucesso que o acordo de johannesburgo.
Sua frouxa meta de “reduzir significativamente” a perda de biodiversidade até 2010, acordada em 2002 em Johannesburgo, não foi cumprida por nenhum de seus 193 signatários.
Isso se deve em parte à própria complexidade da convenção, que precisa lidar com temas tão diversos quanto unidades de conservação, repartição de benefícios para comunidades tradicionais e transgênicos.

TIRIRICA - VOSSA EXCELÊNCIA

O que há de mais escandaloso na polêmica envolvendo Tiririca não é o fato de um cidadão ser eleito sob suspeita de ser analfabeto. A tragédia que nos diminui e envergonha como nação é a existência de analfabetos. Há 14 milhões de brasileiros nessa condição.

O Brasil é uma democracia representativa e Tiririca tem o apoio de, pelo menos, 1.353.820 brasileiros. Se comprovado que o Deputado Federal eleito com o maior número de votos não estava habilitado para disputar um cargo eletivo, também ficará provado que a Justiça Eleitoral não está habilitada para conduzir o processo. Aliás, estamos diante de um paradoxo constitucional? O voto de um analfabeto é muito bem-vindo. O mandato é inadmissível. Cassam-se preventivamente os direitos políticos de quem não teve respeitado o direito de freqüentar escola.
O eleitorado de Tiririca foi subestimado. Chamada de protesto burro, a opção por um artista notável poderia ajudar a recolocar em cena políticos em descrédito. Seu correligionário Waldemar Costa Neto (PR) seria um dos beneficiários, mas não foi preciso. Os votos inteligentes foram suficientes para lhe garantir mais um mandato na Câmara Federal. No mais, se a distribuição de votos pelo quociente eleitoral ajuda a equilibrar a correlação de forças no Legislativo, não há razões para se rechaçar os contemplados. Caso contrário, evoquemos uma Reforma Política!
A reação contra Tiririca nos remete a um passado não muito distante, que revela certa incoerência da opinião pública. A escolha de Severino Cavalcanti (PP) para a Presidência da Câmara dos Deputados em 2005 era para ser apenas uma palhaçada, uma brincadeira de mau gosto. Mas Severino se tornou o terceiro na ordem de sucessão presidencial.
Não podendo copiar a virtude dos colegas, Severino se igualou no vício. Pego em flagrante delito roendo o osso, foi suicidado, banido. Severino Cavalcanti é uma antítese.
Tiririca é palhaço. E, como bom palhaço, coloca o interlocutor em contato com aquela ingenuidade que adormece quando a malícia desperta. Entre os futuros eleitores, o palhaço é unanimidade. “Eu vou votar no Tililica.” Essa manifestação espontânea partiu de crianças que acompanharam seus pais no dia da votação.
No último programa eleitoral televisivo, Tiririca usou de refinada ironia para politizar o eleitorado e provocar adversários e aliados. Apresentou supostos pai e mãe. Com indumentária de palhaço, reagiam aos estímulos do filho, sorrindo e pedindo votos. “Pede voto pra mim, pai! Pede voto pra mim, mãe! Ri, pai! Ri, mãe!”, dizia ele. Era uma sátira ao estereótipo da família perfeita, chefiada por líderes de reputação ilibada – dispostos a cuidar da coisa pública com o mesmo carinho.
O “abestado” ainda não provou que sabe ler e escrever, mas demonstrou que sabe pensar. Ainda que sua campanha tenha suscitado o elogio à ignorância, conseguiu pregar o voto contra discursos abstratos e posturas cênicas. No entanto, é preciso adverti-lo de que o alvo do deboche não pode nunca ser as instituições, mas aqueles que as enfraquecem e desonram. Se o bom senso permitir, Tiririca chegará ao Parlamento – carregando o fardo pesado da desconfiança. Mais do que aos outros, dele será cobrada uma postura impecável. Afinal, a tribuna não é picadeiro.

Texto de Jorge Américo

O RESGATE DA DIGNIDADE

As cenas da pobreza já não nos comovem mais. Mesmo esses jovens drogados, em sua maioria negros e pardos, que dormem pelas calçadas do centro de nossas cidades, ou os pedintes nos faróis, incorporaram-se à cena urbana, tornaram-se parte da paisagem. Até os tiroteios na disputa pelos territórios das favelas cariocas banalizaram-se. Vamos nos insensibilizando, aceitando um mundo que a todo momento violenta nossos valores, nossa ética, nossa capacidade de solidariedade, de viver em grupo, de sofrer e ser feliz. Cada vez mais, o Brasil é a sociedade do apartheid social, da segurança privada. Uma guerra surda entre ricos e pobres corre solta, sem que seja declarada. São mais de 35 mil assassinatos com armas de fogo por ano, mais, muito mais que as baixas da guerra no Iraque.

As razões deste estado de coisas já são conhecidas. Elas residem na desigualdade mais que na pobreza. 10% dos brasileiros ficam com 75% da riqueza nacional. 1% dos proprietários rurais fica com quase 50% das terras agricultáveis. Os últimos dados oficiais falam de uma maior concentração da propriedade da terra e uma maior concentração de poder no setor financeiro. Pela lógica do agronegócio ou dos bancos privados, de maximização dos lucros, a polarização continua, a brecha entre ricos e pobres tende a aumentar.

As boas notícias em termos de combate à pobreza e redução da desigualdade, medidas, por exemplo, pelo coeficiente de Gini, só existem em razão das políticas públicas de transferência de renda. Sem elas, as tendências estruturais de concentração de riqueza e renda se revelariam em toda sua perversidade. Sem reforma agrária, sem reforma tributária, sem reforma política, sem mais democracia e participação cidadã, o país vai caminhar para mais violência.

No receituário neoliberal o assistencialismo ocupa um papel importante. Ele suaviza os impactos sociais do modelo, permitindo que se acentuem os processos de produção da desigualdade enquanto os mais pobres se beneficiam de políticas compensatórias, isto é, políticas que não os retiram de sua condição de pobreza, mas que aliviam seu sofrimento. Se essas políticas acabarem, eles voltam à condição anterior, murcha o comércio local, todos saem perdendo, os conflitos recrudescem, os canais institucionais da democracia não serão capazes de processar os conflitos.

O século XXI traz novidades. Uma delas é que não há trabalho para todos. O modelo de produção e consumo atual relega grande parte da população ao desemprego.

O trabalho cada vez mais se dissocia da produção, deslocando-se para a área de serviços e abrindo novas frentes, como os trabalhos sociais.

A concentração da riqueza e da renda, associada à falta de oportunidades de emprego para os jovens de baixa renda e baixa escolaridade, é uma combinação explosiva. Estão aí as gangues de jovens da América Central, as maras, como são chamadas, apontando o nosso futuro. O controle privado dos territórios por grupos armados já é uma realidade, seja na defesa dos condomínios de luxo, seja nas periferias e favelas das grandes cidades.

Os 7 anos de governo Lula não operaram reformas estruturais redistributivas. As alianças para a governabilidade e a composição do Congresso não o permitiram. Mas conseguiram construir programas que, no seu conjunto, transferem cerca de 0,5% do PIB para os mais pobres. É nada se comparado com a transferência de renda que as taxas de juros operam em favor dos mais ricos, algo em torno a 6%, 8% do PIB ao ano. E para apenas cerca de 20 mil famílias. Ambas as políticas cumpriram o seu papel. Desde o grande empresário e banqueiro até o brasileiro mais pobre, estão todos satisfeitos, cada qual mirando suas expectativas.

É uma situação particular. Este sentimento que se generaliza de que o Brasil está melhorando, tornando-se uma potência, pode ajudar a abrir um diálogo amplo na sociedade sobre o desenvolvimento que queremos. E aí entra na agenda a questão dos direitos humanos, dos direitos sociais, das políticas redistributivas.

Trata-se na verdade de buscar que se estabeleça um novo pacto social. Um acordo entre todos para garantir um padrão mínimo de civilidade em nossa vida em sociedade, garantir os direitos sociais básicos, estimular a vida associativa, ampliar e fortalecer os espaços públicos.

Para resgatar progressivamente a dívida social acumulada, as políticas públicas precisam priorizar os sistemas públicos de educação e saúde, saneamento básico, produção de moradias, transportes públicos, entre outros.
Houve um momento na história dos países escandinavos em que a força dos movimentos dos trabalhadores impôs a negociação de um novo pacto social. Daí nasceu o melhor sistema de proteção social que se conhece. E esses países continuaram se destacando como países capitalistas avançados. O traço que os distingue é uma distribuição mais social da riqueza produzida.

O Brasil pode se antecipar ao recrudescimento dos conflitos e, aproveitando este momento de otimismo, construir um novo pacto social.

Silvio Caccia Bava é editor de Le Monde Diplomatique Brasil e coordenador geral do Instituto Pólis

A poesia de Namibiano Ferreira

O excelente Blog do poeta e irmão angolano Namibiano Ferreira completa 5 anos de existência. Um Blog magnífico repleto de poesia e informações da cultura de Angola. Vale apena visitar e conhecer:
http://poesiangolana.blogspot.com

Foto de Tonspi


porque me doem
os teus olhos?
porque me doem
assim tanto
como se fossem
dongos
flutuando
águas de melancolia
na prata líquida
de um kwanza
estagnado
sem saber a foz
numa louca expressão
quase de morte
e alienação?
porque me dói
assim tanto
a voz dos teus olhos?...

Namibiano Ferreira

REFLEXÕES PARA UM PLANETA SUSTENTÁVEL


Há tantas medidas que se podem tomar para tornar o planeta mais sustentável. Algumas são medidas que às vezes consideramos caras. Mas basta uma certa análise para percebermos que não são caras se olharmos a longo prazo. É o caso da utilização de lâmpadas elétricas.
Vamos analisar a diferença entre dois tipos de lâmpadas: a incandescente e a fluorescente compacta num prazo de utilização de 5 anos.
Na pesquisa abaixo é considerado 20 pontos de luz com 10 lâmpadas acesas durante 6 horas por dia e o custo do KWh de R$ 0,30

INCANDESCENTE de 60 W


Total de lâmpadas trocadas em 5 anos          110

Investimento total na compra                 R$ 60,00

Consumo de energia (KW)                          6480

Gasto com energia                           R$ 1.944,00

Gasto com lâmpadas                          R$ 330,00

Gasto total em 5 anos                      R$ 2.334,00


FLUORESCENTE COMPACTA de 16W (equivalente a 60w da incandescente)


Total de lâmpadas trocadas em 5 anos          20

Investimento total na compra            R$ 360,00

Consumo de energia (KW)                       1.728

Gasto com energia                             R$ 518,00

Gasto com lâmpadas                         R$ 360,00

Gasto total em 5 anos                      R$1.238,40

Como vemos nem sempre a economia inicial é inteligente, na natureza tudo deve ser planejado a longo prazo. É muito mais atraente pagar R$ 3,00 numa lâmpada incandescente do que R$ 18,00 numa fluorescente compacta, mas em 5 anos, para uma casa toda, vejam a diferença: quase R$ 1.100,00 ou seja R$ 220,00 reais por ano. Considerando um salário médio de R$ 2.000,00/mês significa que vc tem que trabalhar 22 horas por mês apenas para pagar a diferença na conta de luz.
Agora e para a natureza? Temos aí apenas em uma casa, uma economia de 4.752 KW em 5 anos. Em 1000 casas já será quase 5 megawatts. A hidroelétrica de Belo Monte, que tanta discussão tem causado entre os ambientalistas produzirá 11.000 megawatts por mês. Este foi apenas um exemplo, de tantos outros que podemos tomar diariamente, na nossa casa, no nosso trabalho, etc.
Como vemos, as medidas para tornar um planeta sustentável estão diretamente relacionadas ao bem estar de nosso bolso. Isso precisa ser mais divulgado. O planeta e o nosso bolso agradecem.