STEPHEN HAWKING ADVERTE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PODE ACABAR COM HUMANIDADE



Prof Stephen Hawking, um dos cientistas mais proeminentes da Grã-Bretanha, disse que os esforços para criar máquinas pensantes representam uma ameaça para a nossa própria existência.
Ele disse à BBC: "O desenvolvimento da inteligência artificial completa pode significar o fim da raça humana”.
Sua advertência veio em resposta a uma pergunta sobre uma reformulação da tecnologia que ele usa para se comunicar, o que envolve uma forma básica de Inteligência Artificial (IA).
Prof Hawking diz que as formas primitivas de inteligência artificial desenvolvidos até agora já provaram ser muito útil, mas teme as conseqüências da criação de algo que pode igualar ou superar os seres humanos.
“Esse algo iria decolar por conta própria e re planejar-se a uma velocidade cada vez maior”. Diz ele: “os seres humanos que estão limitados pela evolução biológica lenta não poderiam competir com a IA e seriam substituídos”.
Outros cientistas são menos pessimistas.
Rollo Carpenter, criador do Cleverbot afirma: “acredito que o ser humano vai permanecer no comando da tecnologia por um longo tempo e aproveitará o potencial dela para resolverem muitos dos problemas do mundo”.
Cleverbot é um chatterbot que aprende como imitar conversas humanas através de conversas com os próprios humanos. Em sua primeira década de existência após ter sido criado em 1988, Cleverbot teve milhares de diálogos com seu criador e associados. Desde que foi lançado na Internet em 1997, o número acumulado de conversas que o Cleverbot teve supera 20 milhões.
Chatterbot  é um programa de computador que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O objetivo é responder as perguntas de tal forma que as pessoas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um programa de computador. Após o envio de perguntas em linguagem natural, o programa consulta uma base de conhecimento e em seguida fornece uma resposta que tenta imitar o comportamento humano.
Mr Carpenter diz que estamos muito longe de ter o poder de desenvolver os algoritmos necessários para alcançar a inteligência artificial completa, mas acredita que ela virá nas próximas décadas.
“Nós não podemos saber o que vai acontecer se uma máquina for superior a nossa própria inteligência, por isso não sabemos se seremos ajudados por ela, ignorados ou mesmo destruídos”.
Professor Hawking não está sozinho em temer pelo futuro.

No curto prazo há preocupações de que as máquinas inteligentes, capazes de tarefas empresariais feitas por seres humanos até agora irá rapidamente destruir milhões de empregos.


TERIA O SISTEMA SOLAR UM NONO PLANETA?

Uma representação artística do 9º planeta
Uma equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech, parece realmente ter encontrado evidências de um planeta gigante e gélido orbitando nosso Sol a uma distância inimaginável até então. O artigo, que foi publicado por Konstantin Batygin and Mike Brown (um dos responsáveis por rebaixar Plutão a um planeta-anão em 2006), descreve esse novo mundo como sendo de cinco a dez vezes mais massivo que a Terra e de duas a quatro vezes mais largo. Essas proporções não são conhecidas em nenhum outro mundo, tornando-o o quinto maior planeta do Sistema Solar, próximo a Urano em termos de massa. A órbita do novo planeta é imensa, nunca chegando mais perto do Sol do que 30,5 bilhões de quilômetros, que representa cinco vezes a distância da órbita média de Plutão. Em tese, esse planeta seria extremamente frio e escuro, o que justifica que nunca tenhamos tirado uma foto dele. A existência dele é tão controversa que os estudiosos do Caltech iniciaram sua pesquisa para provar que ele realmente não existia – mas após anos de estudos, Brown e Batygin realmente perceberam que o modelo das órbitas discrepantes que estudavam só seria possível se o "nono planeta" realmente existisse. 
Evidências são cada vez maiores de sua existência. A caça continua, se por um lado não temos evidências diretas de que o 9º planeta do sistema solar realmente exista, as evidências indiretas, aquelas que buscam as conseqüências de que assim seja, seguem se acumulando uma após outra. Encontrar um planeta com 10 vezes a massa da Terra e em órbita de nosso Sol a uma distância aproximadamente 500 vezes superior a dos dois últimos planetas do sistema é um dos grandes objetivos da astronomia moderna. Existirá realmente? Não sabemos,  porém  pistas existem esperando para serem interpretadas.
Uma destas possíveis evidências é a idéia de o 9º planeta teria uma órbita muito inclinada (cerca de 6º em relação ao equador do Sol) em comparação com a área relativamente plana dos outros 8 planetas oficiais. Esta discrepância tem sido durante muito tempo um mistério para os astrônomos. Poderiam estar ambas evidências conectadas? Assim sugere um estudo recente, que sustenta que a influencia do 9º planeta poderia haver inclinado todo o sistema solar. Uma equipe chefiada por Elizabeth Bailey, astrofísica e cientista planetária do Instituto de Tecnologia da Califórnia, realizou simulações que sugerem que a inclinação dos 8 planetas pode ser explicada pela influência gravitacional deste, ao longo dos 4 e meio milhões de anos de vida do sistema solar.
Existem outras possíveis explicações. Por exemplo: partículas eletricamente carregadas, influenciadas pelo campo magnético do jovem Sol poderiam ter atuado sobre o disco de gás e pó que deu origem aos planetas, de modo que terminaram nascendo com a presente inclinação. Podia também ter havido um desequilíbrio na massa do jovem Sol. Todas elas são difíceis de provar, todas elas lembram processos que possivelmente estavam presentes nos princípios do Sistema Solar. Mas o 9º planeta é a primeira hipótese que não depende das condições iniciais. Se for encontrado, seremos capazes de dizer que é o único responsável pela inclinação do sistema.

Ainda que não seja uma prova sólida e pode haver outras respostas a este enigma, não há mais o que acrescentar à lista de evidências para suportar este edifício teórico. Os astrônomos parecem confiantes, até ao ponto de que alguns consideram a teoria do 9º planeta um fato eminente de ser provado talvez em mais um ano ou dois. O tempo o dirá é certo, a busca continua. Como detetives cósmicos seguimos o rastro deste malfeitor que se esconde nas sombras. 


SONDA MAVEN DÁ DETALHES SOBRE A FUGA DE ÁGUA DE MARTE

SONDA MAVEN
Depois de investigar a atmosfera superior do planeta vermelho por um ano marciano completo, a missão MAVEN da NASA determinou que a água perdida nem sempre vai suavemente para o espaço.
Medições sofisticadas feitas por um conjunto de instrumentos no MARS ATMOSPHERE AND VOLATILE EVOLUTION, ou MAVEN, revelou os altos e baixos de fuga de hidrogênio - e, portanto, da perda de água. A taxa de fuga atingiu o pico quando Marte estava em seu ponto mais próximo do Sol, 10 vexes mais, e reduziu-se quando o planeta estava mais distante do sol.
"MAVEN está nos dando detalhes sem precedentes sobre a fuga de hidrogênio da atmosfera superior de Marte, e isso é fundamental para nos ajudar a descobrir a quantidade total de água perdida durante bilhões de anos", disse Ali Rahmati, um membro da equipe perito na Universidade da Califórnia em Berkeley, que analisou dados de dois dos instrumentos da sonda.
O hidrogênio na atmosfera superior de Marte vem de vapor de água da atmosfera mais baixa. Uma molécula de água atmosférica pode ser quebrada pela luz solar, liberando os dois átomos de hidrogênio do átomo de oxigênio. Diversos processos de trabalho na atmosfera superior de Marte podem então, agir sobre o hidrogênio, levando à sua fuga.
"Agora sabemos como essas grandes mudanças ocorrem, nós pensávamos que a fuga de hidrogênio de Marte era como um vazamento lento e constante, como de um pneu furado. Agora sabemos que é como um fluxo episódico - subindo e descendo com a estação e, talvez, pontuado por rajadas fortes", disse Michael Chaffin, um cientista na Universidade do Colorado em Boulder, que está na equipe latente ultravioleta Spectrograph (IUVS). Chaffin apresentou alguns resultados IUVS em 19 de outubro na reunião conjunta da Divisão de Ciências Planetárias e no Congresso Europeu de Ciência Planetária, em Pasadena, Califórnia.
Ao investigar a fuga de hidrogênio de várias maneiras, a equipe MAVEN será capaz de trabalhar os fatores externos que levam a fuga. Os cientistas já sabem que a órbita elíptica de Marte faz com que a intensidade da luz solar que atinge Marte pode variar até 40 por cento durante um ano marciano. Há também um efeito sazonal que controla a quantidade de vapor de água presente na atmosfera mais baixa, bem como variações na quantidade de água na atmosfera superior. O ciclo de atividade solar de 11 anos é outro fator provável.
"Além disso, quando Marte está mais próximo do sol, a atmosfera torna-se turbulenta, resultando em tempestades de poeira globais e outras atividades. Isso pode permitir que a água na baixa atmosfera suba para altitudes muito elevadas, fornecendo uma fonte intermitente de hidrogênio que pode então escapar ", disse John Clarke, um cientista da Universidade de Boston da equipe IUVS.
Ao fazer observações por um segundo ano em Marte e durante diferentes partes do ciclo solar, os cientistas serão mais capazes de distinguir esses efeitos. MAVEN  continua estas observações na sua missão estendida, que foi aprovada até pelo menos setembro de 2018.

"As descobertas de MAVEN irão revelar não só o que está acontecendo na atmosfera de Marte agora, mas ao longo do tempo como este tipo de perda de hidrogênio contribuiu para a mudança global de um ambiente úmido para um planeta seco que vemos hoje", disse Rahmati.

Planeta outrora com enorme quantidade de água hoje está quase árido

PLANETA AMEAÇADO - PARQUE NACIONAL DE VIRUNGA (CONGO)

Gorila morto por criminosos no Virunga
Somente uns 880 gorilas da Montanha permanecem em estado selvagem, cerca de 200 deles no Parque Nacional de Virunga, na República do Congo. Embora estejam criticamente ameaçados de extinção, são a única espécie de grandes primatas cujas populações estão aumentando, graças a grandes esforços de conservação. Os Gorilas de Montanha estão entre as 218 espécies de mamíferos encontrados em Virunga, junto com 706 de aves, 109 de répteis, 78 de anfíbios e mais de 2.000 de plantas.
Há cerca de 9 milhões de anos que um grupo de primatas evoluiu, se separando do ancestral comum entre humanos e chimpanzés e formando o gênero Gorilla. A frágil estabilidade desses primatas no Parque Nacional de Virunga está ameaçada. O problema é que foram feitas concessões a petroleiras em 85% do parque, pondo em risco o futuro a longo prazo destas populações. As perfurações em busca de petróleo podem degradar habitats fazendo com que o parque perca seu estado de proteção e deixe de  figurar como Patrimônio da Humanidade, o que aumentaria cada vez mais a vulnerabilidade da vida silvestre.
Os moradores que se opuseram ao projeto foram espancados por soldados. Um funcionário do parque foi seqüestrado e torturado após tentar impedir a companhia petrolífera, chamada Soco International, de construir uma torre de telefonia celular dentro da reserva. Um diretor do Virunga, um príncipe belga, Emmanuel de Merode, 44 anos, foi baleado e quase morreu horas depois de entregar um relatório sobre as atividades da empresa de petróleo.
O conflito envolvendo a exploração de petróleo em parques africanos é um dilema comum. Novas tecnologias, como as que permitem prospecções mais profundas, resultaram em recentes descobertas energéticas no leste da África. Com isso, as companhias petrolíferas vêm se instalando ao redor de vários parques nacionais africanos. Entre eles, o Virunga, que abriga uma biodiversidade criticamente ameaçada que inclui os últimos espécimes dos colossais gorilas das montanhas.
Mas o "desenvolvimento econômico" é mais do que um simples jargão da moda por aqui.
As pessoas da República Democrática do Congo, da Tanzânia, do norte do Quênia, de Uganda e de Moçambique -lugares onde houve recentes descobertas de gás e petróleo- estão entre as mais pobres do mundo.
O Virunga é considerado um dos pedaços do planeta com maior biodiversidade. Suas savanas de gramíneas amarelas, imponentes vulcões com lava borbulhante, selvas, pântanos e florestas imersas em nuvens constituem um mundo extraordinário para gorilas, elefantes, leões e chimpanzés.
Além disso, o lago Edward, onde supostamente fica o petróleo no Virunga, é parte das nascentes do Nilo. Um vazamento de petróleo ali poderia contaminar a água da qual dezenas de milhões ou mesmo centenas de milhões de pessoas dependem. "Qualquer toxina daqui poderia fluir até o Mediterrâneo", disse Emmanuel de Merode, diretor do Virunga. "Isso poderia chegar até a Espanha."
De Merode rotineiramente confronta rebeldes, caçadores e outros bandidos que se escondem no Virunga, na fronteira com Ruanda e Uganda, epicentro de várias guerras recentes. Em abril, ele voltava de carro da cidade congolesa de Goma, onde havia acabado de entregar um relatório confidencial a promotores públicos sobre supostas atividades petrolíferas ilegais no Virunga, quando um grupo de homens fardados saiu dos arbustos e apontou seus rifles. "Você já foi baleado?", perguntou De Merode, descrevendo a emboscada. "É como perder o fôlego. Mas não derruba, como nos filmes."
Gorila de 4 meses cuja mãe foi morta é socorrido por funcionários do Virunga



PLANETA PERDEU 58% DE ESPÉCIES EM 40 ANOS



Mamíferos, aves, répteis e diferentes espécies marinhas estão desaparecendo ano após ano. Estimar o declive destas populações é um assunto complexo que a  organização conservacionista WWF voltou a abordar no informe:http://www.wwf.es/noticias/informes_y_publicaciones/informe_planeta_vivo_/
Uma análise exaustiva que elabora a cada 2 anos. Segundo a WWF, em 40 anos desapareceram 58% da população de vertebrados.
Este estudo que recolhe dados de mais de 1500 populações de 3700 espécies, evidencia a queda dramática da biodiversidade e mostra a transformação que está sofrendo o planeta devido às atividades humanas.
O dado mais alarmante corresponde às populações de água doce que sofreram uma redução de 81% ante às terrestres com 38% e as marinhas com 36% segundo informam os responsáveis pela WWF.

AS CAUSAS DO DECLÍNIO

Entre as principais causas e os tipos de ameaças apontadas pelo IPV encontramos a PERDA E DEGRADAÇÃO DE HABITATS E A SUPEREXPLORAÇÃO DE ESPÉCIES, a contaminação por poluição, as espécies invasoras e as enfermidades.
O informe deste ano faz uma projeção para 2020 onde se pode observar que a tendência não é de melhora, ao contrário: “se seguirmos nesse ritmo, e tudo indica que sim, se prevê uma diminuição de 67% das populações selvagens. Isto leva a uma chamada clara e urgente para que se faça um freio verdadeiro e urgente na perda de biodiversidade.

Neste sentido, a biodiversidade enfrenta o impacto dos seres humanos, que estão explorando até o limite os recursos naturais. Os dados mais recentes mostram que para satisfazer suas necessidades, o ser humano está consumindo recursos naturais que equivalem a 1,6 planetas.

QUAL A QUANTIDADE DE AR E ÁGUA DA TERRA

Adicionar legenda

Esta imagem é uma representação proporcional, em duas esferas, de toda a água e ar da Terra. Uma esfera reúne toda a água do planeta, a outra, cinza reúne todo o ar disponível. Uma visualização incrível criada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).  A imagem nos dá uma idéia perfeita de como o nosso planeta é frágil.

O ar é representado aqui em sua densidade ao nível do mar (uma atmosfera). São 5,14 trilhões de toneladas, em uma esfera com 1.999 km de diâmetro.

A esfera de água, por sua vez, tem aproximadamente 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos (km³) e cerca de 1.385 km de diâmetro. Isso inclui todos os oceanos, lagos, rios, águas subterrâneas e gelo.

Por sua vez, ampliando a imagem, você perceberá uma pequenina esfera dentro da esfera de água, ela representa a água doce no planeta, que segundo o USGS, corresponde a apenas 10,6 milhões de km³ em volume. E boa parte dessa água não está disponível para humanos, pois fica no subterrâneo.

Esta imagem foi feita por Félix Pharand-Deschênes, do Globaïa. Ela é baseada em um conceito que Adam Nieman criou para o Rio+10, realizado em 2002. Esta cúpula mundial das Nações Unidas tinha como objetivo implementar medidas para proteger o meio ambiente.

Percebe-se aí, claramente a fragilidade dos dois elementos essenciais que mantem o planeta vivo, lembrando ainda que esses dois elementos, água e ar também dependem de outro elemento vital e que está sendo devastado, a vegetação.


PORQUE É IMPORTANTE ESTUDAR MARTE


MARTE HÁ 4,3 BILHÕES DE ANOS TAMBÉM ERA UM PLANETA AZUL

Cientistas da Nasa descobriram que Marte já teve um oceano com mais água do que o Oceano Ártico da Terra. Análises da atmosfera marciana mostram que o planeta vermelho perdeu 87% de água no espaço.
A descoberta foi publicada em artigo na revista "Science" e afirma que, há 4,3 bilhões de anos, quando Marte ainda era úmido, havia água suficiente para cobrir completamente o planeta até uma profundidade de 137 metros. Acredita-se que a água formava um oceano que cobria a metade do hemisfério norte do planeta, onde alcançava até 1,6 km de profundidade.
Cientistas já consideravam essa parte do planeta como a zona mais propícia para ter um oceano em função das características geológicas do planeta. O oceano pode ter ocupado 19% da superfície de Marte. Para se ter uma ideia do que representa essa proporção, o Atlântico ocupa 17% da Terra.
- Nosso estudo estima que havia uma alta concentração de água em Marte, ao determinar as quantidades perdidas no espaço - afirma um dos autores do trabalho Gerónimo Villanueva, pesquisador no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, em Greenbelt (EUA).
A nova estimativa baseia-se em observações detalhadas de duas formas ligeiramente diferentes de água na atmosfera de Marte. Uma é a nossa familiar forma da água, composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, H2O, e a outra é HDO, ou água semi-pesada, uma variação que ocorre naturalmente na qual um dos átomos de hidrogênio é substituído por um átomo de deutério.
Uma vez que a forma deuterada é mais pesada que a água normal, perde-se menos no espaço devido à evaporação. Por isso, quanto maior for a perda de água do planeta, maior será o quociente HDO para H2O na água que resta.
Há 3,5 bilhões de anos esta área estava embaixo d'água, veja representação abaixo
Representação de como era a cratera, a seta mostra o local onde está o robo curiosity na imagem acim a
Ao comparar a razão de HDO para H2O, os cientistas podem medir quanto é que aumentou a fração de HDO e assim determinar quanta água é que escapou para o espaço, o que por sua vez permite estimar a quantidade de água que Marte tinha no passado.
No estudo, a equipe mapeou a distribuição de H2O e HDO de forma repetida durante quase seis anos terrestres - o que corresponde a cerca de três anos em Marte - produzindo fotografias globais de cada uma, assim como o seu quociente. Os mapas revelam variações sazonais e microclimas, embora atualmente Marte seja essencialmente um deserto.
Marte deve ter perdido um volume de água 6,5 vezes maior do que as calotes polares atuais de modo a apresentar este alto nível de enriquecimento, o que significa que o volume do oceano primitivo de Marte deve ter sido de, pelo menos, 20 milhões de quilômetros cúbicos.

Baseada na atual superfície de Marte, uma possível localização para esta água seriam as planícies do norte que, desde longa data, têm sido consideradas boas candidatas devido ao solo baixo que apresentam. Um oceano primitivo nesse local teria coberto 19% da superfície do planeta - em termos de comparação o Oceano Atlântico cobre 17% da superfície da Terra.

URSOS POLARES DESAPARECERÃO MAIS RAPIDAMENTE



Os ursos polares são os maiores carnívoros da categoria terrestre e também são os maiores ursos de todos que temos na natureza. Sua formação morfológica é adaptada para que tais animais sobrevivam apenas em locais com baixa temperatura, para que se movam sobre o gelo, a água e a neve nessas condições também. Eles também possuem a foca como principal fonte de alimento.
O peso médio de um urso polar é de 300 a 800 quilos para o macho e de 150 a 300 quilos para a fêmea. Eles podem crescer até 2 metros e meio no caso dos machos e no máximo 2 metros para as fêmeas. Estas quando entram em estado de gestação, permanecem por até 265 dias, o que é considerada uma gestação bem longa para o reino animal. Quando vivem sob condições ideais podem alcançar os 30 anos de idade.
O gelo marinho, fundamental para a sobrevivência dos ursos polares, está desaparecendo em todas as regiões do Ártico.
Na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), ursus maritimus, estão classificados entre as espécies vulneráveis. Os especialistas estimam que existem atualmente 26.000 deles em 19 regiões do Ártico, desde o Canadá até a Sibéria.
Esta ameaça de extinção passou a existir a partir de 2005 quando, através de pesquisas feitas, verificou-se uma redução de 30%  da população dos animais em apenas 45 anos, o que é equivalente a três gerações da espécie. Isso aconteceu logo quando houve uma redução da área total onde eles viviam.
Uma equipe de investigadores do Centro de Ciência Polar, da Universidade de Washington e do Instituto de Recursos Naturais da Groenlândia, descobriu que as massas de gelo flutuante que cobrem boa parte de seu habitat estão desaparecendo em todas elas.
Os especialistas advertem que o impacto das mudanças climáticas é muito grande entre as populações destes animais, constituindo sua maior ameaça. Conforme aumentam as temperaturas o gelo derrete antes, na primavera e se forma cada vez mais tarde, no meio do outono. As medições realizadas por satélites mostram que desde 1979 o tempo em que as águas permanecem cobertas de gelo, no território dos ursos se reduz a um ritmo de 7 a 19 dias por década. Além disso, eles concluíram que estas regiões do mundo estão se aquecendo mais e mais rapidamente que o restante do planeta.

O fenômeno os obriga a dispersar-se cada vez mais para encontrar “terra firme” e complica sua saúde e sobrevivência. A UICN estima que em meados do século seu número se reduzirá a uma terça parte do atual.


AS MELHORES IMAGENS DE MARTE



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CAPA DE GELO MARCIANA
Em 2010 a Mars Global Surveyor da NASA fez está imagem da capa de gelo de Marte, que mede uns 1.000 Km. Formada de dióxido de carbono congelado. As ondulações são muito profundas com vales cobertos de sombras.




REDEMOINHO
Foto tomada pelo rover Opportunity em março de 2016. A NavCam capturou ao fundo um redemoinho de pó que são muito freqüentes na superfície de Marte.



CRATERA DE IMPACTO RECENTE
Foto de junho de 2015 mostra uma recente cratera de impacto. Imagem obtida pela câmara de bordo do Mars Reconnaissance Orbiter.  Pode ser visto arestas e sulcos esculpidos pelo impacto.



INTERIOR DA CRATERA GALE
Esta imagem tem uma semelhança incrível com algumas regiões da Terra. O rover Curiosity a obteve das dunas escuras e móveis de Bagnold a partir do interior da cratera Galé em setembro de 2015.



SOMBRAS NA CRATERA ENDEAVOUR
Esta cratera de impacto tem um diâmetro aproximado de 22 Km. Foto tomada pelo Opportunity em março de 2012.



A PRIMEIRA DUNA DE AREIA.
Primeira duna de areia estudada por Curiosity, novembro de 2015, em que se vê as dunas próximas a Aeolis Mons (o pico central da cratera Gale). Semelhante aos desertos terrestres, estão mudando constantemente de lugar devido aos fortes ventos e podem se mover até um metro por ano terrestre.



O SELF DO CURIOSITY
Nem os rovers resistem aos selfies. Este é de janeiro de 2016. O braço do Rovers não está visível porque, na realidade, esta foto é produto da combinação de 57 outras fotos.



VISÃO GERAL DOS VALES MARCIANOS
Esta imagem é uma combinação de 102 fotos de todo o planeta realizadas pela sonda Viking Orbiter Em junho de 2015. O centro do cenário são os Valles Marineris, o gigantesco sistema de vales que cobrem mais de 2.000 km de profundidade. É tão impressionante que chega a cobrir um quarto da circunferência equatorial do planeta.

ROBÔ SCHIAPARELLI DESAPARECE APÓS DESCIDA

Pouso planejado para robô Schiaparelli
Era uma viagem de dois, porém ao final, parece que só um conseguiu, felizmente o mais  importante de ambos, mas ficou aquele gosto amargo e a sensação de que o futuro EXOMARS ROVER que deve chegar em 2020 talvez não esteja tão próximo. No final foi um teste técnico para provar que ESA e RUSSIA estavam preparados para fazer um pouso suave em Marte, mas não teve sucesso.
Mas vamos por partes e ver primeiro o lado positivo:
Uma vez solto da Schiaparelli a sonda TGO corrigiu seu rumo para a tarefa nunca fácil de entrar na atmosfera marciana e entrar em órbita, ligando seu propulsor principal por 137 minutos com o objetivo de frear sua velocidade o suficiente para que Marte a aprisionasse em sua órbita. Nessa operação as comunicações de telemetria estão suspensas, mas a sonda realizou suas manobras conforme previsto. Isso ocorreu quando ela estava atrás de Marte, em relação à Terra, por isso foi necessário aguardar alguns minutos até que ela reapareceu e confirmou que se comportou sem o menos erro. Uma inserção orbital exemplar.
Sonda espacial TGO entra em órbita de Marte
Posteriormente se confirmo que a órbita era a esperada (uma volta completa ao planeta a cada 4 dias terrestres), e que se recuperaram as comunicações Agora TGO irá lentamente ajustando sua órbita até a posição final que deverá ocorrer até 2018.
A nota negativa veio de Schiaparelli. Este módulo de aterrissagem destinado a testar tecnologias a serem usadas no futuro rover EXOMARS entrou na atmosfera, soltou seu pára-quedas, se separou do escudo, enfim, parece que realizou todas as operações previstas, mas quando se encontrava a algumas centenas de metros do solo seu sinal se interrompeu por completo. Isso coincidiu com a ligação dos retrofoguetes. É possível que não funcionaram atingindo o robô a superfície mais rápido do que o previsto danificando-se.

Sua perda cientificamente representa muito pouca coisa, O robô tinha poucos instrumentos e um plano de vida de poucos dias. Mas a tecnologia de pouso, a mesma que levará o rover EXOMARS em 2020 , essa era importante e falhou. Se deverá começar do zero com o projeto? Só o tempo e uma análise mais detalhada dos cientistas da ESA nos dará essa resposta.






UM PLANETA COM ANÉIS TÃO GRANDES QUE FAZ SATURNO PARECER ANÃO



Um planeta com anéis maciços, que giram em sentido contrário à órbita do planeta com sua estrela?
Um sistema de anéis pelo menos cem vezes maior e mais pesado que os anéis de Saturno e que se estendem até 90 milhões de km de seu planeta?
Um sistema de anéis com pelo menos cem vezes a massa de nossa Lua?
Que estranho planeta é esse?
É o J1407b, que órbita uma estrela a 420 anos luz da Terra (há controvérsias sobre a distância) É o primeiro planeta descoberto fora do sistema solar que possui anéis como Saturno.
Um exoplaneta é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol, pertencendo a um sistema planetário distinto do nosso.
Matthew Kenworth, da Universidade de Leiden, e Steven Rieder, do Instituto RIKEN no Japão determinaram que o sistema de anéis ao redor do J1407b era composto por 37 anéis.
O sistema de anéis poderia durar cerca de 110.000 anos sendo um sistema estável, quando os anéis giram de forma aposta à órbita do planeta ao redor de sua estrela.
Como surgiu um sistema desse tipo é um mistério. Os físicos imaginam que poderia ser resultado de um evento catastrófico, tal como uma colisão, que provocou que os anéis e o planeta mudassem a direção de sua rotação.

No futuro, Reider e Kenswoth esperam investigar melhor os mistérios desta formação de anéis. Como se formaram e como evoluíram com a tempo.

O UNIVERSO NÃO COMEÇOU COM O BIG BANG



Tem muita gente que não entende o big bang, declarou o astrofísico da NASA e prêmio Nobel John Mather. Qualquer astrônomo em qualquer galáxia teria a mesma impressão que nós, de estar no centro do universo. A distancia da radiação de fundo cósmico é a mesma em todas as direções para qualquer observador em qualquer lugar. O universo não tem centro, não tem bordas nem limites. Não teve um primeiro momento, que é o contrario do que pensamos quando se pensa no big bang. Não começou com um bang.
Mather recebeu o Nobel em 2006 por haver medido as flutuações de temperatura na radiação de fundo do universo, popularmente conhecida como o eco do big bang, com o telescópio espacial COBE (Observador do fundo cósmico) Aquela investigação transformou a cosmologia e nossa visão do universo. Até então era uma disciplina teórica. As medições da radiação de fundo cósmico a converteram em uma ciência experimental em que as previsões teóricas podem ser comprovadas com instrumentos de alta precisão. As conclusões que chegou é que o universo não começou num momento zero, porque deveria ser um momento de densidade infinita, o que é impossível. Tudo em física tem a ver com processos, deve haver algo que já exista para que se transforme em algo diferente. Não podemos dizer que não havia nada e que de repente surgiu algo.
Isso quer dizer que o universo já existia antes do big bang?
“Nossa intuição de tempo é enganosa. Einstein demonstrou que o tempo é flexível. Está vinculado ao espaço e depende de como nos movemos. Se pergunto: que idade tem as ondas de luz que nos chegam da radiação de fundo? Não sei... se algo se move quase à velocidade da luz, o tempo estanca. Isto está na teoria da relatividade de Einstein e foi confirmado por observações experimentais. Assim, concluímos que a radiação de fundo tem uma idade de nossa perspectiva e uma idade distinta, da perspectiva da luz. Onde quero chegar? A que tenhamos a compreensão de que a idéia que temos de tempo é incompleta. Ainda não compreendemos bem o que é o tempo. Temos a intuição de que avança de modo regular e de que se pode medir, mas não é assim. Na realidade o tempo é elástico. “

Bem, se o universo não teve início, porque se diz que tem 13,7 bilhões de anos e que a radiação de fundo que Mather mediu tinha uma idade de 389.000 anos?
“É correto afirmar isso na medida em que esse foi o momento em que o universo se tornou transparente e a luz foi liberada. Mas o tempo em si é algo misterioso. Qualquer acontecimento no universo tem umas coordenadas de tempo e de espaço que não se podem separar. Não existe tempo separado do espaço.”

O Sr disse que o universo não tem centro nem bordas. Significa isso que o universo é infinito?
“Nós não podemos mensurá-lo mas é no que acreditamos. Muitas pessoas ficam desconfortáveis com a idéia de um universo infinito. Para os gregos essa idéia os incomodava. Para mim isso não incomoda, parece natural a idéia de espaço infinito e tempo infinito.
Com os dados que temos no momento, parece que o universo tem uma extensão infinita e está em expansão. Muita gente pensa que se expandirá cada vez mais rápido e que se converterá em um lugar cada vez mais frio e vazio. Porém não temos que nos preocupar com isso, falta muito tempo, além disso não sabemos porque está se expandindo, nem porque está acelerando sua expansão. Talvez volte a explodir daqui a milhões de anos ou talvez haja outros universos.
Não acredito que o cérebro humano chegue um dia a compreender o universo, ter uma compreensão completa, mas temos avançado bastante.
Pessoalmente, vejo a inteligência artificial como o futuro da inteligência humana e não temos como parar isso. É um campo que avança muito rápido. Se criam produtos de inteligência artificial por interesses comerciais, os incorporamos a nossa vida cotidiana e é difícil predizer como vão nos afetar. Os seres humanos são muito frágeis. Necessitamos respirar, nos desagrada a gravidade zero. Os robôs não tem essas limitações. E no futuro se programarão por si mesmos. Já há programas capazes de aprender autonomamente e o que fazem é tão complicado que nem seus programadores podem entender. Se permitirmos que evoluam que é uma maneira de desenvolver a inteligência artificial, poderiam desenvolver um instinto de sobrevivência.”
JOHN MATHER, FISICO DA NASA E NOBEL DE FÍSICA 2006

EXOMARS - MÓDULO SEPARA-SE DA NAVE E PREPARA POUSO

Hoje 16 de outubro de 2016, sete meses e 500 milhões de km após o lançamento de Baikonur, no Cazaquistão, a sonda  ExoMars, um projeto conjunto europeu (ESA) e russo (ROSCOSMO) chega com sucesso a sua fase crucial: a separação do módulo Schiaparelli da nave mãe.
O módulo será agora posicionado para a posição de descida e pouso na superfície marciana que está programada para 19 de Outubro.




A sonda ExoMars (oficialmente ExoMars Trace Gas Orbiter) é uma missão não tripulada da Agência Espacial Européia (ESA) em parceria com a Agencia Espacial Russa (Roscosmo), destinada a explorar o planeta Marte. É a primeira missão do assim denominado Programa Aurora.

Esta missão tem um orbitador de Marte (TGO) e um módulo de descida com um veículo explorador chamado Schiaparelli EDM. Ou seja, o orbitador deverá ser capaz de chegar a Marte e se colocar em órbita e de lançar um módulo de descida. O módulo é denominado Schiaparelli em homenagem a Giovanni Virginio Schiaparelli, um astrônomo italiano, (1835-1910) que (inadvertidamente) popularizou a falsa idéia de canais artificiais na superfície de Marte. Foi o primeiro a criar um mapa daquele planeta. Schiaparelli também é o nome que foi dado a uma grande cratera de 461 km de extensão na superfície marciana.
Continuaremos acompanhando passo a passo desta missão.

O PLANETA PERDE FORTUNAS PELA MÁ GESTÃO DAS ÁREAS FLORESTAIS




A perda contínua da biodiversidade diminui significativamente a produção florestal, provocando perdas anuais globais entre 200 e 500 bilhões de dólares, cinco vezes mais do que custaria tomar medidas efetivas de conservação destes ecossistemas em escala global, conforme publicado na revista Science.
Para completar esse estudo, investigadores de 30 países, agrupados na Global Forest Biodiversity Initiative (GFBI) analisaram 777.126 áreas de bosques de 44 países, medindo mais de 30 milhões de árvores de 8.737 espécies diferentes. A área analisada representa a maioria dos biomas terrestres. O objetivo era estabelecera relação entre a biodiversidade medida em número de espécies de árvores e a produtividade.
Conhecer essa relação é imprescindível para avaliar economicamente a biodiversidade e integrar a conservação biológica e o desenvolvimento socioeconômico da  humanidade. Em boa parte das áreas com alta biodiversidade a população rural depende em grande medida dos recursos florestais e sua perda pode incrementar o grau de vulnerabilidade dessas pessoas, analisa Marie Sklodowska-Curie do comitê diretor da GFBI
Os bosques são os maiores repositores de biodiversidade terrestre e atualmente o desmatamento e as mudanças climáticas, ameaçam aproximadamente metade das espécies vegetais. Há uma relação direta entre a diversidade de árvores de um bosque e o benefício econômico que ele trás. Os dados atuais apontam a necessidade de recalcular o valor da biodiversidade, as estratégias de gestão florestal e as prioridades de conservação.

A redução acelerada da produção florestal seria muito beneficiada se, em lugar de potenciar as monoculturas, o foco das políticas florestais privilegiasse a mescla de espécies. 

FOTOS DA TERRA NASCENDO NA LUA

Nos acostumamos a ver a lua pairando no céu sem nuvens, mas nunca imaginamos o contrário: como seria para um possível observador na superfície da Lua ver a terra nascer e se por no horizonte lunar? A sonda Kaguya japonesa matou essa curiosidade nos dando em 2008 essas belas imagens do nascer e se por da Terra.

A Terra afunda em direção ao horizonte lunar neste imagem de 2008
A agência espacial japonesa divulgou imagens digitais capturadas por sua sonda lunar Kaguya durante sua missão de dois anos. Algumas nunca tinham sido vistas pelo público.
Kaguya foi lançada em 2007 carregando duas câmeras de TV de alta definição. Em 2009, ela foi arremessada em direção ao satélite natural para ser destruída.
Além das câmeras HD, Kaguya possuía um conjunto de instrumentos concebidos para estudar a composição e estrutura da lua, ajudando os cientistas a determinar a formação do satélite e quais recursos estariam disponíveis por lá para futuras missões humanas.
Por exemplo, imagens do misterioso lado mais distante da lua revelaram vulcanismo muito mais jovem do que o esperado, sugerindo que o satélite foi geologicamente ativo por muito mais tempo do que os cientistas pensavam.
O lado iluminado da Terra brilha sobre a superfície lunar


Kaguya ainda capturou uma foto de um buraco que pode levar a um tubo de lava subterrâneo. Tais estruturas são consideradas locais ideais para construir bases em mundos distantes como a lua e Marte, porque cavernas naturais oferecem proteção contra a radiação cósmica.

Os dados de Kaguya também revelaram um perigo potencial para futuros visitantes lunares: um forte campo elétrico que se forma perto da superfície na época de lua cheia, quando a esfera lunar oscila através da “cauda” magnética da Terra.

A Terra paira acima das crateras lunares sombreadas

GRANDES SÍMIOS A UM PASSO DA EXTINÇÃO

Gorila Oriental (Gorilla Beringei)
Quatro dos seis grandes símios que habitam atualmente o planeta – gorila oriental (Gorilla Beringei) gorila ocidental (Gorilla gorilla) Orangotango de Borneu (Pongo Pigmaeus) e Orangotango de Sumatra (Pongo abelii) – se encontram em perigo crítico de extinção, segundo a última atualização da Lista Vermelha de Espécies, recém publicada no Congresso Mundial da Natureza, que se celebra no Havaí. Está um pouco melhor para outras espécies de grandes símios, o chimpanzé (Pan Troglodytes) e o bonobo (Pan Paniscus) mas ainda assim estão classificados no grupo de em perigo da lista.
Gorila Ocidental (Gorilla Gorilla)

O mais chamativo da última atualização da lista é a classificação de Em Perigo Crítico do maior primata do mundo, o gorila oriental, a causa principal é a caça ilegal.
O gorila oriental sofreu uma drástica redução de sua população, acima de 70% nos últimos 20 anos. A população total desta espécie é estimada em 5000 indivíduos. O gorila oriental da planície, uma das subespécies do gorila oriental já perdeu 77% de sua população desde 1994 passando de 16900 para 3800 em 2015. Lamentavelmente, embora seja proibido  matar ou capturar grandes símios, a caça representa a maior ameaça para o gorila oriental da planície. Outra subespécie do gorila oriental, o gorila da montanha, se encontra em melhor situação. Sua população que é de apenas 880 indivíduos vem aumentando nos últimos anos.
Orangotango de Borneu (Pongo Pigmaeus)

Vivemos uma época em que a cada atualização da lista Vermelha da UICN a crise global de extinção de espécies avança em grande velocidade. Não só os grandes primatas estão em perigo, a lista Vermelha da UICN inclui atualmente 82.954 espécies.
Orangotando de Sumatra (Pongo Abelii)


EXOMARS - DOIS DIAS PARA A SEPARAÇÃO DO MÓDULO



A viagem da nave interplanetária ExoMars 2016  em direção ao planeta vermelho está chegando ao fim. Em dois dias, em 16 de outubro de 2016 os dois módulos que compõem a nave espacial, a Trace Gas Orbiter (TGO) e o Módulo de descida (EDM), apelidado de Schiaparelli, irão se separar. Eles só têm mais 664 000 km para seguir juntos antes da separação. E apenas mais cinco dias até o desembarque aguardada com grande expectativa de Schiaparelli em Marte!
Em 26 de setembro Schiaparelli foi aquecido, orientando-a para o Sol. Com este impulso térmico, Schiaparelli armazenou o máximo de energia possível para a  separação. Ele será ativado em 16 de outubro, e todos os sistemas verificados pela última vez. Do centro de controle ESOC, especialistas estão verificando o último conjunto de comandos. Eles serão enviados a partir da Terra ao TGO, em seguida, armazenada no computador de vôo do módulo Schiaparelli para que ele possa operar de forma autônoma durante os últimos três dias de sua missão.





A sonda irá ejetar o módulo Schiaparelli em 16 de Outubro, às 14:42 UTC (11.42 hora de Brasilia). Este é um passo decisivo da missão. A sonda irá iniciar a sua descida de três dias para Marte, seguido de um pouso controlado, altamente aguardado, que só terá seis minutos, mas seis longos minutos de fato! 

Módulo separando-se da TGO


Vamos acompanhar passo a passo mais esta missão ESA



UNIVERSO POSSUI 10 VEZES MAIS GALÁXIAS QUE O PREVISTO ANTERIORMENTE



Astrônomos usando dados das NASA / ESA Hubble telescópios espaciais e outros telescópios têm realizado um censo preciso do número de galáxias no Universo. O grupo chegou à conclusão surpreendente que existam pelo menos 10 vezes mais galáxias no universo observável do que se pensava anteriormente. Os resultados têm implicações claras para a nossa compreensão da formação das galáxias, e também ajudar a resolver um antigo paradoxo astronômico - porque  que o céu é escuro à noite?
Uma das questões mais fundamentais da astronomia é:  quantas galáxias do Universo contém? As imagens do Hubble Deep Field, capturados em meados da década de 1990, deram a primeira idéia real sobre isso. Galáxias fracas foram revelados, e estimava-se que o Universo observável continha cerca de 100 bilhões de galáxias. Agora, uma equipe internacional, liderada por Christopher Conselice da Universidade de Nottingham, Reino Unido, demonstrou que aquele número é pelo menos dez vezes mais baixo que o real.
Conselice e sua equipe chegou a esta conclusão utilizando imagens do espaço profundo de Hubble, os dados do trabalho anterior do seu time, e outros dados publicados. Eles meticulosamente converteram as imagens em 3D, a fim de fazer medições precisas do número de galáxias em diferentes épocas da história do Universo. Além disso, eles usaram novos modelos matemáticos que lhes permitiam inferir a existência de galáxias que a atual geração de telescópios não pode observar. Isto levou à surpreendente conclusão de que, 90% das galáxias no universo observável tem luz muito fraca e estão longe demais para ser vistas pelos nossos atual telescópios.
"Isso confunde a mente, a idéia de que mais de 90% das galáxias no Universo ainda não foram estudadas. Quem sabe que propriedades interessantes vamos encontrar quando observamos essas galáxias com a próxima geração de telescópios", explica Christopher Conselice sobre o longo alcance e implicações dos novos resultados.
Ao analisar os dados a equipe analisou mais de 13 bilhões de anos no passado. Isto lhes mostrou que as galáxias não são distribuídas uniformemente ao longo da história do Universo. Na verdade, parece que houve um fator de mais 10 galáxias por unidade de volume quando o Universo tinha apenas alguns bilhões de anos em comparação com  hoje. A maioria destas galáxias foram relativamente pequenas e fracas, com massas semelhantes aos das galáxias satélites em torno da Via Láctea.
Estes resultados são uma poderosa evidência de que uma evolução significativa ocorreu ao longo da história do Universo, uma evolução durante o qual as galáxias unidas, reduzieam drasticamente o seu número total. "Isso nos dá uma verificação da chamada formação top-down da estrutura no Universo", explica Conselice.

A diminuição do número de galáxias a medida que o tempo avança também contribui para a solução do paradoxo de Olbers - por que o céu é escuro à noite? A equipe chegou à conclusão de que não há tal abundância de galáxias que, em princípio, cada ponto no céu contém parte de uma galáxia. No entanto, a maioria destas galáxias são invisíveis para o olho humano e, mesmo aos telescópios modernos, devido a uma combinação de fatores: desvio vermelho da luz, a natureza dinâmica do universo e a absorção de luz pela poeira intergaláctica e gás, combinam-se para garantir que o céu noturno permaneça predominantemente escuro.

TRILHAS DE ESTRELAS VISTAS DA ORBITA BAIXA DA TERRA



Astronautas na Estação Espacial Internacional capturaram uma série de imagens incríveis da TRILHA de estrelas em 03 de outubro de 2016, à medida que orbitam a Terra a 17.500 milhas por hora (28.164 KM). A estação orbita a Terra a cada 90 minutos, e os astronautas a bordo vêem uma média de 16 amanheceres e entardeceres cada 24 horas.

NASA CONFIRMA EXISTÊNCIA DE ANTIGOS LAGOS EM MARTE

Sedimentos próprios da existência de um lago primitivo
Um novo estudo da equipe por trás da NASA Mars Science Laboratory / Curiosidade confirmou que Marte já foi, bilhões de anos atrás, capaz de armazenar água em lagos durante um período prolongado de tempo.
Usando dados do rover Curiosity, a equipe determinou que, há muito tempo, a água ajudou a sedimentar depósitos na cratera Gale, onde o rover desembarcou mais de três anos atrás. Os sedimentos depositados em camadas formaram a base para o Monte Afiado, a montanha encontrada no meio da cratera.
"Observações do rover sugerem que uma série de riachos e lagos de longa vida existiu entre cerca de 3,8 a 3,3 bilhões de anos atrás, formando sedimentos que se constituiram lentamente até as camadas mais baixas do Monte afiada", disse Ashwin Vasavada, Mars Science Laboratory cientista do projeto no Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, Califórnia, e co-autor do novo artigo da Science.
As descobertas confirmam trabalho anterior que sugeria  haver antigos lagos em Marte, e adiciona à teoria a idéia de um Marte molhado, tanto no passado como no presente. No ano passado, cientistas da NASA confirmaram  a existência de fluxos de água corrente em Marte.
"O que pensávamos que sabíamos sobre a água em Marte é constantemente posta à prova", disse Michael Meyer, cientista-chefe do programa de exploração de Marte da NASA na sede da NASA em Washington. "É claro que o Marte de bilhões de anos atrás, mais de perto se assemelhava com a Terra de hoje. Nosso desafio é descobrir como isso era possível, e o que aconteceu a esse úmido planeta. "
Quando Curiosity aterrou em Marte em 2012, os cientistas propuseram que a cratera Gale tinha sido preenchida com camadas de sedimentos. Algumas hipóteses foram que o sedimento foi acumulado pela poeira e areia arrastada pelo vento. Outros cientistas voltaram-se para a possibilidade de que as camadas de sedimentos foram depositadas em lagos antigos.
Os últimos resultados da analise do Curiosity indicam que estes cenários mais úmidas estavam corretos para as partes mais baixas do Monte Sharp. Com base na nova análise, o enchimento de, pelo menos, as camadas inferiores da montanha ocorreu principalmente por rios e lagos antigos ao longo de um período de menos do que 500 milhões de anos.
"Paradoxalmente, onde há uma montanha hoje houve uma vez uma bacia, e foi, por vezes, cheio de água", disse John Grotzinger, o ex-cientista do projeto Mars Science Laboratory, no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, e principal autor do novo relatório. "Nós vemos evidência de cerca de 250 pés (75 metros) de preenchimento sedimentar, e com base em dados de mapeamento de Mars Reconnaissance Orbiter e as imagens da câmera de Curiosity, parece que a deposição de sedimentos transportados em água poderia ter aumentado pelo menos 500 a 650 pés (150 a 200) metros acima do chão da cratera. "
Para ter existido tanta água na superfície Marte deve ter tido uma atmosfera mais espessa e clima mais quente do que foi teorizado para sua era antiga, quando a Cratera Galé experimentou a atividade geológica intensa. No entanto, os modelos atuais deste paleoclima sugerem clima seco.
Pelo menos uma parte da água pode ter sido fornecido para os lagos de queda de neve e chuva nas terras altas do aro Gale Crater. Alguns argumentam que havia um oceano nas planícies ao norte da cratera, mas isso não explica como a água conseguiu existir como um líquido por longos períodos de tempo na superfície.
"Temos tendência a pensar em Marte como sendo simples," Grotzinger meditou. Mas quanto mais você olhar para ele, mais perguntas surgem porque estámos começando a entender a real complexidade do que vemos em Marte. Este é um bom momento para voltar e reavaliar todas as nossas suposições. Alguma coisa está faltando em algum lugar. "


EXPLORAÇÃO DE MARTE: NOVAS METAS PARA SONDA OPPORTUNITY


A história deste explorador infatigável segue adiante, agora com novas metas. Recentemente ele abandonou o Marathon Valley, onde se refugiou do pesado inverno marciano. Seu próximo objetivo está longe de sua posição atual. Seguirá avançando rumo ao sul pela borda da  cratera Endeavour  até alcançar um tipo de formação geológica bastante conhecida em Marte, mas nunca explorada in loco: as ravinas ( está em inglês no mapa como GULLY). Essas ravinas são um dos pontos mais discutidos, quando se fala sobre os sinais deixados por épocas passadas, quando Marte era mais quente e humido e com água líquida na superfície. Muitos cientistas consideram que essas ravinas foram escavadas pelo fluxo das águas.
“Estamos certos de que estas ravinas foram talhadas pelo fluir de água”, explica Steve Squyres da Universidade Cornell, Ithaca, investigador chefe da missão. “estas ravinas eram vistas de órbita desde a década de 70 mas agora podemos examiná-la do chão graças ao Opportunity.

Opportunity seguirá costa abaixo, em toda sua extensão seguindo o antigo fluxo das águas até o interior da cratera Endeavour, o que permitirá ter uma visão em conjunto que permita uma interpretação do que ali ocorreu. Ao mesmo tempo permitirá cumprir outro objetivo: comparar rochas dentro da cratera Endeavour com as das planícies que a rodeiam. “Talvez descubramos que as rochas, ricas em sulfato que encontramos fora da cratera não são as mesmas do interior desta. O ambiente líquido do interior da caverna pode ter sido diferente. Talvez em tempos diferentes, talvez com componentes químicos diferentes.”