COMETA BRILHARÁ COMO 15 LUAS EM 2013


 
Astrônomos russos descobriram um cometa que, segundo cálculos realizados, aparecerá até 15 vezes mais brilhante que a Lua quando se aproximar da Terra em Novembro de 2013.
O astrônomo Leonid Elenin, do observatório ISON NM explicou que os cientistas Vitaly Newsky e Artem Novivhonok descobriram o cometa em setembro do ano passado e agora a comunidade cientifica confirmou o descobrimento.

Os cientistas dizem que por enquanto o cometa é muito pouco visível, já que está no espaço próximo da órbita de Júpiter, mas irá se aproximando da Terra nos próximos meses até que passe a menos de 2 milhões de Km do Sol em 28 de novembro de 2013.

Para você ter uma noção de quanto isso é pouco em Astronomia, 1 UA (uma Unidade Astronômica) corresponde a cerca de 149,6 milhões de quilômetros, a distância média Sol-Terra. Fazendo uma conta rápida, o C/2012 S1 ISON passará a apenas 0,012 x 149,6 = 1,8 milhões de quilômetros do Sol. E, quando isso acontecer, o cometa estará a apenas 0,4 UA da Terra.
Esse tipo de cometa é conhecido como “sungrazer” e existe o risco de que seu corpo – essencialmente formado por uma gigantesca bola de rocha e gelo, se rompa quando chegar próximo do Sol. Mas se conseguir superar esse obstáculo poderá ser visto da Terra e será quase 15 vezes mais brilhante que a Lua, segundo os astrônomos.

Este cometa promete! Bem perto do Sol, ele deve formar uma cabeleira bem brilhante e uma cauda bem longa, ou seja, tem tudo para ser visível a olho nu e poderá ser um show observacional. Por outro lado, cometas são sempre temperamentais e podem nos frustrar. Mas se se confirmarem as previsões será muito mais espetacular que o último visitante brilhante, o cometa McNaught, que competiu nos céus do hemisfério sul com o brilho de Vênus em 2007.

O cometa, batizado de C2012 S1 ISON parece estar em uma órbita quase parabólica que leva os cientistas a crer que está fazendo sua primeira viagem através do Sistema Solar. Isto significa que pode ter sido expulso de um vasto depósito de escombros gelados que se encontra nos limites do Sistema Solar, a Nuvem de Oort. É o limite exterior da nuvem de Oort que define o limite do nosso sistema solar. É aqui que o efeito gravitacional do Sol torna-se mínimo.

A maioria dos objetos chamamos de cometas orbitam o Sol a distâncias imensas, alguns a mais de 50.000 unidades astronômicas (unidade astronômica é definida como a distância do Sol à Terra).

Acredita-se que os objetos, tais como cometas, que agora residem na nuvem de Oort foram criados mais perto do Sol no período de formação do sistema solar. No entanto, os planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno ,Urano e Netuno ) com seus imensos campos gravitacionais jogaram esses objetos para longe da influência gravitacional do sol.

Esta teoria é apoiada pelo fato de que a composição da maioria destes objetos assemelha-se as quantidades relativas dos compostos, tais como a água, amoníaco e metano, que definem os gigantes de gás (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno).

 

 
TEXTO COMPLEMENTAR (ATUALIZADO EM 21.02.2013)
Como o Texto acima tem levantado várias dúvidas, publico mais algumas informações sobre o           C/2012 S1 ISON.                                                                                                                                     

O C/2012 S1 (ISON) é um cometa rasante descoberto em 21 de setembro de 2012 por Vitali Nevski de Vitebsk, Bielorrússia e Artyom Novichonok de Kondopoga, Rússia. A descoberta foi realizada utilizando um telescópio refletor de 400 mm de abertura do observatório da ISON nos arredores de Kislovodsk na Rússia. Foram rapidamente obtidas imagens para precovery do Mount Lemmon Survey do dia 28 de dezembro de 2011 e do Pan-STARRS do dia 28 de janeiro de 2012. Observações subsequentes foram realizadas no dia 22 de setembro por uma equipe do observatório Remanzacco da Itália usando a rede de telescópios iTelescope[3][4]. A descoberta foi anunciada pelo Minor Planet Center no dia 24 de setembro. No momento de sua descoberta a magnitude aparente era 18,8, escuro demais para ser visto a olho nu mas com brilho suficiente para ser fotografado por amadores com grandes telescópios. O brilho aumentará gradualmente a medida que se aproximar do Sol. Por volta de agosto de 2013 deve estar visível para pequenos telescópios e binóculos, tornando-se visível a olho nu no final de outubro ou no início de novembro e permanecendo assim até o meio de janeiro de 2014. Quando o cometa atingir o periélio no dia 28 de novembro ele estará a menos de 1° do Sol, tornando sua observação difícil dado o brilho do Sol. O cometa pode se tornar extremamente brilhante se permanecer intacto, provavelmente atingindo magnitudes negativas. De acordo com a revista Astronomy Now pode até se tornar mais brilhante que a lua cheia, entretanto a previsão do brilho de um cometa é difícil, especialmente um que passará muito perto do Sol e pode ser afetado pela dispersão frontal da luz. Os cometas Kohoutek e C/1999 S4 não cumpriram a expectativa, mas se o ISON sobreviver pode se tornar semelhante ao Cometa McNaught, ao Grande Cometa de 1680 e ao cometa C/2011 W3 (Lovejoy. O mais brilhante desde 1935 foi o Cometa Ikeya–Seki em 1965 com magnitude -10.

OUTRO TEXTO, PUBLICADO PELO BLOG APOLO 11, TAMBÉM APRESENTA DADOS, EMBORA CONTRADITÓRIOS SOBRE O COMETA.

À medida que o cometa C/2012 S1 ISON se aproxima da Terra, as especulações sobre seu tamanho, magnitude e risco potencial começam a crescer. Estima-se que o brilho do objeto poderá chegar a nada menos que 19 magnitudes negativas, o que em termos práticos significa um verdadeiro holofote no céu. Será mesmo?
Com o esvaziamento do besteirol mundial sobre a existência do planeta Nibiru e do suposto fim do mundo previsto pelos Maias, a atenção agora se volta para a realidade e um dos objetos que mais atrairá a atenção em 2013 será sem dúvida o cometa C/2012 S1 ISON. Os cálculos mostram que em 26 de dezembro o cometa atingirá o menor ponto de aproximação com a Terra, a 60 milhões de quilômetros de distância, mas sem qualquer risco de colisão contra o nosso planeta. Apesar de não haver risco de impacto, o que chama a atenção deste cometa não é sua aproximação com a Terra e sim a distância mínima que chegará do Sol, prevista em apenas 1.8 milhões de quilômetros do centro da estrela, ou 1.1 milhão de km da sua superfície. Isso acontecerá em 28 de Novembro de 2013. De acordo com alguns modelos de magnitude, o brilho de C/2012 S1 ISON será tão forte poderá atingir até 19 magnitudes negativas. Isso é cerca de 4000 vezes o brilho que o cometa C/1965 S1 Ikeya-Seki apresentou em 1965 ou então 40 vezes o brilho da Lua Cheia e poderá ser visto no céu até mesmo durante o dia. O problema é que os cometas são astros temperamentais e muito sujeitos ao calor e forças gravitacionais intensas, que podem atraí-los e parti-los em pedaços. No caso de C/2012 S1 ISON, as dúvidas se concentram em saber como ele vai se comportar ante a ameaça do Sol, que em alguns meses já começará a aquecer o seu núcleo para depois atraí-lo. Se sobreviver à escaldante aproximação estelar, C/2012 S1 ISON poderá se transformar em um dos mais espetaculares cometas de todos os tempos. Se os modelos não se confirmarem, poderá ser o maior fiasco celeste. Seja como for, C/2012 S1 ISON promete chamar muito a atenção em 2013.

 
                                                                                                                            

ESPÉCIES À BEIRA DA EXTINÇÃO


Diversidade de vida

Segundo o biólogo Edward Wilson relata em seu espetacular livro Diversidade da vida (ed.Companhia das Letras, 1994), a terra nunca teve tanta biodiversidade ao mesmo tempo como atualmente. Só para se ter uma idéia conforme informa o citado autor calcula-se que existam entre 5 a 30 milhões de espécies, sendo conhecidas apenas 1,4 milhão.
Para citar um exemplo desta riqueza, no Brasil:
- a Floresta Atlântica abriga 73 espécies de mamíferos;
- 160 de pássaros;
- 128 de anfíbios;
- cerca de 20.000 espécies de plantas;
Que dirá a Floresta Amazônica com seus quase 5 milhões de km2.

Degradação dos habitats

Até aí tudo bem, não fosse o perigo que elas vêm correndo com a degradação de seus hábitats, os quais estão sendo destruídos pelo homem de uma forma assustadora.  Aliás, segundo a FAO ( Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) cerca de 200 milhões de hectares de florestas foram destruídas entre 1980 e 1995 e continuam a ser destruídas (Bol. nº46, junho/97, ONU em Foco).
Da Mata Atlântica considerada a floresta de maior diversidade do mundo e a mais exuberante, restam apenas 7%.
A Floresta Amazônica, considerada a maior de todas as florestas tropicais, está correndo um seríssimo risco de virar um deserto, ante a extração irregular da madeira e as características de seu solo, além disso a expansão das fronteiras agrícolas está afetando-a muito.
As Florestas da Costa oriental da Ilha de Madagascar onde vivem muitas espécies endêmicas de lêmures estão com os dias contados, para desespero dos cientistas.
A desertificação também vêm aumentando descontroladamente e a água doce está sendo comprometida com a poluição irreversível dos rios e lagos.

Espécies à beira da extinção

Em vista dessa perda e poluição das regiões naturais, muitas espécies de animais estão chegando à beira da extinção. Segundo a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) centenas de animais e plantas em todo o globo estão relacionadas em seus Anexos como espécies em perigo de extinção.

No continente sul-americano:
- o mico-leão-dourado, a ariranha, a onça- pintada, a onça-parda, o tapir, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e outros, encontram-se ameaçados de extinção.

Na África Central:
- a mastofauna vem sendo dizimada principalmente pelos efeitos das infindáveis guerras, tornando crítica a situação de certas espécies como por exemplo os gorilas da montanha que são impiedosamente caçados por hordas de famintos e de guerrilheiros.

Na Europa:
- os lobos e ursos estão praticamente extintos.

Na Índia:
- a floresta de Gir guarda os últimos leões daquele país.

Na Oceania:
- os orangotangos e o rinoceronte de Java são cada vez mais raros, entrando também na lista dos mais ameaçados;

Na China:
- o Panda é um dos principais animais em extinção devido a crescente destruição das últimas “floresta de bambus”.

Quanto aos anfíbios anuros, que compreendem os sapos, rãs e pererecas também encontram-se em franco declínio em quase todo o mundo, muitos também pela poluição trazidas pelas chuvas ácidas que os atinge diretamente já que possuem respiração praticamente cutânea. Os famosos sapos-dourados da Costa Rica agora são apenas imagens fotográficas.
Com referência específica as aves, só no Brasil são 97 espécies relacionadas como ameaçadas, conforme consta no livro Threatened Birds of the Americas (The ICBP/IUCN. The Red Data Book, 1992). A belíssima Ararinha-azu só existe uma em liberdade. A Hárpia a maior águia do mundo praticamente está extinta, restando pouquíssimos exemplares na natureza.
Livros chamados vermelhos com listas de animais ameaçados de extinção não faltam. Na Argentina o livro Los que se van de Juan Carlos Chebez (Editorial Albatroz, Buenos Aires, Argentina.) catalogou centenas de animais em perigo de extinção, mostrando quão é grave a situação também neste país vizinho.
Assim, o aumento da população mundial, a poluição, a necessidade de se expandir as fronteiras agrícolas para dar alimento a toda a crescente população mundial e  a destruição das áreas naturais, principalmente das florestas tropicais, vêm sendo as causas principais de ameaça à sobrevivência das espécies.

O que fazer?

Temos muito o que fazer, a começar por atitudes concretas e enérgicas de preservação das áreas naturais ainda existentes. Como? Através de ações individuais e coletivas como:
- prisão em flagrante de infratores da legislação ambiental;
- exigir das autoridades competentes medidas urgentes de preservação sob pena de se ver processada por prevaricação;
- criação de reservas florestais;
- ajuizar ações populares ou civis quando couberem para que se possa cessar ato danoso ao meio ambiente;
- exigir das empresas melhor qualidade ambiental em seus produtos;
- exercer a cidadania ambiental com atitudes condizentes com os objetivos preservacionistas etc.
Paralelamente devemos desenvolver a educação ambiental, aliás obrigatória atualmente em nosso país em todos os níveis de ensino, conforme a Lei 9.795, de 27.4.99.

Um triste adeus

Portanto, a degradação ambiental e conseqüentemente a extinção dos animais só poderão ser evitadas através de ações concretas preservacionistas de todos nós, juntamente com o desenvolvimento de uma educação ambiental abrangente e efetiva. Caso contrário, estamos sujeitos a perder em poucas décadas este nosso riquíssimo patrimônio natural representado pelos animais selvagens. Em assim ocorrendo, só nos restará guardar suas imagens em nosso patrimônio mnemônico e dar adeus aos que se vão.

Do site: A Ultima Arca de Noé

A HUMANIDADE VAI FICAR SEM ÁGUA?

É difícil de acreditar que num planeta onde dois terços da superfície estão cobertos por água de mares, rios, lagos e geleiras, sem contar o estoque gigantesco de água subterrânea, tenha-se como muita próxima uma resposta afirmativa a essa pergunta. Mas isso é o resultado da mesquinha ação humana...o mais voraz de todos os predadores. Gastamos mais do que temos disponível; poluímos dez vezes mais do que consumimos, e desperdiçamos uma quantidade incalculável da água que tratamos.

A precipitação continental de água doce é uma herança da humanidade. Mas esta riqueza, estimada em 110 bilhões de m3/ano é desigualmente distribuída. Regiões áridas que recebem pouca chuva estão sujeitas a um estresse hídrico permanente. Mas a falta d’água também tem razões econômicas. É o caso de muitas áreas, que recebem muita chuva, mas com uma infraestrutura inadequada acabam sofrendo de escassez. Resultado: em 2012, um em cada sete habitantes da população mundial não tem acesso a água potável de qualidade.

Por causa do crescimento populacional, a demanda mundial de alimentos poderá dobrar até 2050. Mas os recursos hídricos já estão fortemente prejudicados por irrigação com fortes impactos sobre o meio ambiente: a exploração excessiva de águas subterrâneas; salinização; rios artificiais e fragilização de zonas húmidas e a degradação da qualidade da água e, como fator altamente preocupante, o aquecimento global  só deve agravar a situação.

Como nessas condições, continuar a satisfazer as crescentes necessidades de irrigação. Sistemas de irrigação são responsáveis pela produção de 40% dos alimentos do mundo em apenas 20% da terra arável? Captações de água e áreas irrigadas devem crescer fortemente, particularmente em países que já sofrem de estresse hídrico.

Por sua vez a agricultura fluvial abrange 80% das áreas cultivadas e produz 60% dos alimentos do mundo. Mas em muitas regiões áridas, os rendimentos agrícolas sofrem grandes oscilações, devido aos riscos climáticos.  Nestas situações, devemos reforçar a capacidade de lidar com a tradicional seca: terraços agrícolas, bancos anti-erosão, controle da irrigação e recarga das águas subterrâneas, e utilizar variedades resistentes à seca.

A indústria é o setor cuja demanda por água deve crescer na maioria dos países emergentes. Para atender a essas novas necessidades, precisamos desenvolver fontes alternativas de recursos hídricos. Atualmente a reciclagem é de 4% das águas residuais urbanas ou 7 bilhões de m3/ano. A dessalinização da água do mar produz 8 bilhões de m3/ano. Se os custos de produção tornarem-se competitivos, este recurso pode dobrar até 2020, embora seu custo de energia e impacto ambiental seja alto.

 
ÁGUA POTÁVEL PARA TODOS

Outra questão crucial:  o consumo de água potável nas cidades tem sido sempre uma prioridade. Se o mundo rural foi de 70% da população em 1950, será de 70% no urbano em 2050. A explosão populacional urbana nos países em desenvolvimento levantam outros temores de escassez de água, as cidades terão mais de 9 bilhões de pessoas em 2050. Será preciso portanto, ir buscar água mais longe, aumentar a conta da água para as comunidades, racionalizar, reciclar,  etc. O dever de cooperação internacional é crucial, caso contrário a resolução 64/292 da ONU de julho de 2010, que reconhece o direito à água potável para todos, continuará a ser letra morta. As previsões mais otimistas indicam que mais de 1 bilhão de pessoas enfrentarão grave escassez de água em 2050, ou seja, viverão com menos de 100 litros de água cada um.

MASCOTE DA COPA DO MUNDO 2014 É ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO.



A Fifa finalmente escolheu o mascote da copa do mundo do Brasil: o Tolypeutes tricinctus, o tatu-bola. Ele é o único tipo de tatu que só existe no Brasil, habitando as regiões do Cerrado e da Caatinga. O nome do tatu-bola é fácil de entender. Quando está ameaçado por predadores, ele se fecha no própria carapaça, formando uma bola. O animal foi proposto para mascote pela ONG Associação Caatinga, que atua no Ceará.

No Livro Vermelho das Espécies em Extinção, o tatu-bola é listado como “Vulnerável” porque sua população está em declínio. Estima-se que a quantidade de tatus-bola diminuiu 30% nos últimos dez anos, culpa da caça e destruição de habitat. Mas a situação já foi pior. No passado, pesquisadores chegaram a acreditar que a espécie estava extinta.

Hoje, o tatu-bola é encontrado em pelo menos seis Unidades de Conservação diferentes – como o Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) e o Parque Ecológico do Jalapão (TO) -, o que ajuda a proteger a espécie.
CINCO ESPÉCIES BRASILEIRAS ESTÃO ENTRE OS 100 MAIS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NO MUNDO


A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) publicou nesta terça-feira, em parceria com a Sociedade de Zoologia de Londres, um estudo elaborado por 8 mil cientistas que identificou as 100 espécies de animais e plantas mais ameaçadas de extinção do planeta. O documento, chamado “Priceless or worthless?”, tenta mostrar a importância e o valor dessas espécies antes de que elas sejam extintas.

Entre as 100 espécies, cinco são brasileiras: o muriqui-do-norte, o soldadinho-do-araripe, o preá catarinense e duas espécies de borboletas.

Uma das espécies brasileiras destacadas é o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus). Considerado o maior macaco do Brasil, o muriqui vive apenas na Mata Atlântica, o bioma mais desmatado do país. Hoje, a população dos muriquis caiu para menos de mil indíviduos, espalhados em pequenas áreas de florestas em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Apesar da ameaça, o estudo elogiou a ação do governo, que criou o Plano Nacional para a Conservação dos Muriquis. “O sucesso do plano vai depender da correta alocação de recursos para a conservação”.

O soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) também aparece na lista. Um dos pássaros mais ameaçados do mundo, restam apenas 500 indíviduos, que habitam a Caatinga. Além da destruição dos habitats, o soldadinho-do-araripe enfrenta a caça e tráfico ilegal de animais.

A lista conta com duas espécies de borboletas brasileiras. A Actinote zikani, da Mata Atlântica de São Paulo, enfrenta pressão da população e destruição das plantas que usa para se alimentar. Já a Parides burchellanus é recorrente no Cerrado, em regiões de Minas Gerais e Goiás. Com menos de cem indíviduos conhecidos, a espécie enfrenta séria ameaça de desaparecer.

 

Por fim, um dos animais mais ameaçados do país é o preá Cavia intermedia. Esse pequeno roedor habita as Ilhas Moleques do Sul, em Santa Catarina, e hoje restam apenas 60 indíviduos da espécie.

E O VELHO SISTEMA SOLAR DEIXOU DE EXISTIR


 
Em 30 de agosto de 1992 o sistema solar tal como o conhecíamos e que era formado por 9 planetas, milhares de asteroides e uma nuvem de cometas em seus confins, desapareceu para sempre. Isso após o observatório de Mauna Kea detectar a existência de um pequeno planeta de apenas 160Km quilômetros de diâmetro que orbita ao redor do Sol numa órbita posterior à de Plutão. A partir daquele momento, a sólida visão que tínhamos de nosso espaço planetário se rompeu em pedaços. Um novo mundo, ou, uma nova realidade se abria ante nossos olhos.
Conhecido como 1992 QB1, seria só o primeiro de uma ampla família de corpos planetários conhecida como CINTURÃO DE KUIPER, que seriam descobertos, entre os quais alguns merecem, pelas suas dimensões, ser considerados planetas, como Eris, Makemake e Haumea. Sua existência provocou um terremoto entre os astrônomos e a mudança na classificação planetária que se havia utilizado até aquele momento se mostrou ultrapassada, com a aparição da categoria dos “Planetas anões”, onde foram incluídos tanto esses como também Plutão que deixou de ser considerado o mais distante dos planetas, para se tornar integrante do Cinturão de Kuiper também chamados planetas Transnetunianos.
Hoje em dia se conhecem quase 1.300, tão diferentes em tamanho como em composição, alguns com suas próprias luas, com densidades e cores superficiais que denotam em cada um uma origem e uma história peculiar...um amplo reino que, e isso é o mais importante, nos ensinou três pontos vitais sobre o nosso Sistema Solar e sua história:
1.      Nosso sistema planetário é muito maior do que poderíamos ter imaginado: Até 20 anos atrás não éramos conscientes do colossal tamanho do Sistema Solar. Desde a descoberta de Plutão em 1930, a fronteira do espaço conhecido parecia imutável, até que, de forma inesperada, este conceito saltou pelos ares, levando-nos a perceber o pouco que na realidade conhecíamos. É um paralelo com o mundo que o homem conhecia antes de Colombo.
2.      A localização e as órbitas planetárias podem variar com o tempo: Há fortes evidências que vários transnetunianos (incluindo alguns grandes como Plutão) nasceram em locais muito mais próximos do Sol, nas mesmas regiões em que hoje os planetas gigantes se encontram orbitando.
Longe de ter a exatidão de um mecanismo de relógio, as órbitas planetárias, especialmente durante as primeiras etapas de sua formação, podem deslocar-se com o tempo, sendo alguns dos colonos de Kuiper um excelente exemplo disso. Hoje em dia se acredita que tanto Urano como Netuno se deslocaram de suas posições iniciais até as órbitas atuais, mais distantes do Sol, e que esta migração poderia ter projetado grandes quantidades de cometas para as regiões mais distantes, dando lugar à Nuvem de Oort.
 
3.      Nosso sistema solar foi um bom criador de planetas pequenos: Hoje em dia conhecemos mais de uma dezena de planetas anões em nosso sistema solar e já superam em número  os gigantes gasosos e planetas terrestres em conjunto. Mas se estima que o total de planetas anões que descobriremos no Cinturão de Kuiper é muito maior, podendo chegar a 10.000.
 
Definitivamente, a descoberta do Cinturão de Kuiper nos ensinou que o sistema solar não é algo fixo e ordenado que pode ser explicado com modelos escolares e diagramas. A realidade que se abriu ante nossos olhos é de que o sistema solar e, consequentemente todos os outros sistemas solares, são surpreendentemente diversos e dinâmicos, em contínua evolução e formados por inumeráveis e variados mundos que, apesar de se encontrarem a enormes distancias entre si, se mantem conectados pelos sempre presentes efeitos gravitacionais.
Que incrível série de mudanças e dos paradigmas de nosso conhecimento nos trouxe o Cinturão de Kuiper até agora. A pitoresca visão que tínhamos do sistema solar até os anos 90 carecia de sua estrutura maior. Foi o final de uma era e o principio de outra, uma mudança que se iniciou em 30 de agosto de 1992, quando se anunciou a existência de um pequeno mundo além de Plutão.
 
O esquema nos mostra na área circular até Netuno o sistema solar como era conhecido até 1992 (apenas observando que as órbitas dos planetas são elípticas e não circulares como mostra a figura) Após Netuno temos o Cinturão de Kuiper com as órbitas de alguns planetas anões.
 
A primeira imagem é ilustrativa da Nave New Horizons, lançada pela Nasa em 2006 e que deverá chegar a Plutão em Julho de 2015 iniciando um estudo local do Cinturão de Kuiper.