BRASIL NO TOPO DO RANKING DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS


Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas.
Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.

Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%.

Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero

"A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos", disse à BBC Brasil Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE.

O estudo internacional sobre professores, ensino e aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), também revelou que apenas um em cada dez professores (12,6%) no Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade; a média global é de 31%.

O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que mede a percepção que o professor tem da valorização de sua profissão. O lanterna é a Eslováquia, com 3,9%. Em seguida, estão a França e a Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que são devidamente apreciados pela sociedade.

Já na Malásia, quase 84% (83,8%) dos professores acham que a profissão é valorizada. Na sequência vêm Cingapura, com 67,6% e a Coréia do Sul, com 66,5%.

A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a grande maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho.

A conclusão da pesquisa é de que os professores gostam de seu trabalho, mas "não se sentem apoiados e reconhecidos pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral", diz a OCDE.
Fonte BBC Brasil

POR QUE ESTÁ FALTANDO ÁGUA?


 
Em 2015 só 29% dos brasileiros vão receber água de forma satisfatória. Oque significa que 145 milhões de brasileiros vão ter pouca água ou nenhuma. Isso no país que poderia abastecer todo o planeta. Se o Brasil tem tanta água doce, por que ela não chega às torneiras?

1. NOSSOS RECURSOS NÃO SÃO APROVEITADOS

 O Rio Amazonas é o maior do mundo em volume d’água. E temos outros gigantes: dos 50 maiores rios, 11 estão no Brasil, mas também dos 10 rios mais poluídos do mundo três são brasileiros Tiete, Guandu e Iguaçu. No país 7% dos rios e lagos estão poluídos a ponto de serem impróprios para o consumo. O cenário é muito mais dramáticos nas áreas urbanas.
48% do território brasileiro é repleto de águas subterrâneas, mas os agrotóxicos estão contaminando os aqüíferos. No Guarani, o segundo maior do mundo, há vestígios de herbicidas usados na produção de cana-de-açúcar. Os lixões também preocupam porque o chorume penetra a terra e contamina a água.

2. EXPLORAMOS MAL A ÁGUA QUE TEMOS

No ranking dos países que melhor aproveitam seus recursos hídricos o Brasil está na 86 posição, com 10,87 numa escala que vai até 100. O índice leva em conta os índices de reuso para minimizar a sobrecarga sobre os mananciais.
Ser um dos maiores exportadores do mundo tem um preço hídrico. Só para produzir toda a carne e os grãos que exportamos em 2013 gastamos 112 trilhões de litros de água. Essa água que enviamos para fora do país, por meio desses produtos é chamada de água virtual.

3. NOSSAS PERDAS SÃO EXCESSIVAS

50%  da água que vai para o consumo é desperdiçada. O sistema é ultrapassado, as tubulações são velhas, o desperdício é muito maior que a média de muitos países da América do Sul. Não há o hábito sistemático de economizar e reutilizar, oque existe é exceção à regra. Nossa outrora fartura de água fez com que nunca tivéssemos o assunto como prioridade. O Brasil está atrás da Bolívia, Peru, Argentina, Venezuela e Chile no uso sustentável da água. No saneamento básico também estamos mal. Estamos com índices inferiores ao da Argentina, Chile e Uruguai. Isso custa caro. Em um ano, 400 mil pessoas são internadas no país por diarréia, causada pela má qualidade da água e custam para o SUS RS 140 milhões.

4. CONCLUSÃO

O futuro é incerto. As previsões apontam para aumento das temperaturas, diminuição da vazão dos rios e grande irregularidade nos níveis de chuvas como está ocorrendo agora com excesso de chuva no norte e escassez no sudeste. Parece que nossas autoridades teimam em ignorar o desastre que se aproxima. Nossos rios continuam poluídos, saneamento básico é mínimo na maioria do país, a consciência ecológica se choca com a falência do sistema educacional e com a ideia de que o Brasil é um pais tropical abençoado por Deus. Providências começaram a ser tomadas quando for tarde demais, mantendo a nossa tradição de que remediar é melhor do que prevenir.

CONSUMO DE ELETRICIDADE VAI TRIPLICAR ATÉ 2050


O consumo de energia elétrica no Brasil vai triplicar daqui a 36 anos, quando 10% da frota de carros já serão elétricos e 13% da demanda elétrica residencial serão supridos pela energia solar. As previsões fazem parte de estudo divulgado nesta terça-feira (19/8) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), como parte do Plano Nacional de Energia (PNE 2050). O consumo de eletricidade sairá dos atuais 513 terawatts-hora (TWh) para 1.624 TWh em 2050, o que equivalerá ao que é utilizado hoje, por consumidor, na União Europeia - em torno de 7 mil quilowatts-hora  por habitante ao ano.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou suas projeções para o consumo de energia no Brasil em 2050. Segundo o estudo, o consumo total de energia no país deverá atingir 605 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP) em 2050, um aumento de 126,6% na comparação com as atuais 267 milhões de TEP. Já o consumo de eletricidade deverá atingir 1.624 terawatts-hora em 2050, 216,6% a mais que os atuais 513 TWh.
“Apesar do consumo de energia dobrar até 2050, esse crescimento será bem inferior ao crescimento do PIB, o que é positivo do ponto de vista ambiental”, avaliou, em nota, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, acrescentando que isso será possível graças ao aumento da eficiência energética.
O documento da EPE mostra ainda que o aumento do consumo de eletricidade no país será, na média, de 3,2% ao ano até 2050, enquanto o aumento do consumo total de energia será de 2,2% ao ano.
No caso da eletricidade, a EPE prevê que o padrão de consumo do país será de 7 mil KWh por habitante ao ano em 2050, próximo ao nível atualmente consumido na União Europeia.




 

CENTRO DE ALCANTARA LANÇA FOGUETE COM SUCESSO

Exercício serviu como teste para o lançamento e rastreio do foguete VS-30 com experimento embarcados. Atividade será no dia 29
 
O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, lançou com sucesso o 11º Foguete de Treinamento Intermediário (FTI). A atividade busca a checagem prévia de ações relacionadas ao lançamento e rastreio do foguete VS-30, que terá experimentos embarcados. A atividade de lançamento do VS30 está marcada para a próxima sexta-feira (29).
O lançamento ocorreu às 13h58 da última quinta-feira (21), com duração total de voo de 3 min e 32 segundos até a queda no Oceano Atlântico, na área de impacto prevista. O exercício serviu ainda para treinar as equipes e testar os meios associados às atividades de preparação, montagem, transporte, integração, lançamento e rastreio de veículos espaciais.
A partir dos parâmetros seguidos e resultados obtidos após o voo, espera-se obter a qualificação e certificação do veículo junto ao Instituto de Coordenação e Fomento Industrial (IFI).
"Foi verificado que todos os equipamentos e sistemas do Centro de Alcantara, além de toda equipe envolvida, estão prontos e preparados para a realização do lançamento principal do foguete VS-30 na próxima semana. Os lançamentos são fundamentais para mantermos o Centro pronto para operar veículos de porte maior e mais complexos", afirma o diretor do CLA, o coronel César Demétrio Santos.
O FTI é um foguete fabricado pela indústria nacional Avibrás e integra o Projeto Fogtrein, que juntamente com o Foguete de Treinamento Básico (FTB) visam manter a operacionalidade do Centro de Alcântara (CLA) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte.

A atividade foi realizada pelo CLA em conjunto com engenheiros e técnicos do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), da Agência Espacial Alemã (DLR) e do CLBI.
Apoiaram a operação esquadrões aéreos de transporte de carga, de pessoal e de asas rotativas em eventual Evacuação Aeromédica. A Marinha do Brasil  atuou no isolamento do trafego marítimo e na comunicação com os navegantes, bem como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) realizou a interdição do tráfego aéreo na região. Para melhor conhecer o novo Centro de Lançamento de Alcântara entre no site abaixo.
Fontes:
Centro de Lançamento de Alcântara
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

COMO O SER HUMANO ENVELHECE


 
O principal motor do envelhecimento humano fica dentro de nossas células. Lá, as mitocôndrias fazem a respiração celular para produzir energia, mas acabam gerando como resíduo radicais livres, moléculas com um elétron a menos e que reagem facilmente, danificando a própria célula. Com o tempo os danos se acumulam, fazendo o corpo envelhecer. Além disso, a divisão celular desordenada também ajuda a envelhecer. Ao longo da vida, algumas células se multiplicam constantemente. A cada divisão, fragmentos de DNA são perdidos, causando pequenos erros genéticos que são passados para as células-filhas. Isso acontece até que a célula não consegue mais se dividir ou é destruída pelo próprio organismo por conter muitos erros.
Como cada parte do corpo mostra que o prazo de validade está chegando ao fim
Algumas células do aparelho auditivo não se renovam e vão ficando cada vez mais danificadas, tornando difícil ouvir sons agudos. Além disso, os cílios que levam o som para dentro do ouvido caem, e os ossículos internos (martelo, bigorna, estribo e cóclea) que têm a mesma função ficam mais duros. Resultado: a gente tem que falar mais alto para a vovó ouvir.
Sistema Ósseo
O tecido ósseo é formado principalmente pelos osteoblastos, células que produzem osso, e osteoclastos, que absorvem. Depois dos 45 anos de idade, os osteoclastos dominam, e passamos a perder 5% de massa óssea a cada dez anos, ficando com o esqueleto mais frágil. Quem tem osteoporose, pior ainda: perde até 25% por década
Cabelo e pele
Cabelo e pele envelhecem lado a lado. Células da raiz dos fios de cabelo param de produzir melanina, deixando a cabeleira branca - já a calvície não tem a ver com a idade; é genética. A flacidez e afinamento da pele vêm da queda na produção de colágeno. O afinamento acaba causando as rugas, mais acentuadas no rosto por causa dos músculos da face
Perda da Visão
Você certamente já ouviu seu avô reclamando de vista cansada. Ela é causada por problemas no cristalino, parte do olho que vai ficando rígida e opaca, dificultando a focalização de objetos. A opacidade gera ainda catarata. Aos 60 anos, as pupilas, que aumentam e diminuem com a diferença de luz, têm um terço do tamanho que tinham aos 20 anos, por isso fica mais difícil se adaptar ao lusco-fusco.
Perda da Massa Muscular
A menor produção de células e a queda do nível de alguns hormônios causam perda de massa muscular - são 3 quilos a menos a cada dez anos! O relaxamento muscular forçado pode até prejudicar os músculos da bexiga e dos esfíncteres, que ficam flácidos. Daí dá-lhe fralda geriátrica...
Tendência a engordar
Com menos músculos queimando calorias e menos células no organismo, o corpo precisa de pouca energia para funcionar. Na velhice, a tireóide funciona mais devagar, desacelerando o metabolismo. Tudo isso aumenta o risco de engordar. A gordura em excesso pode ser fatal: se acumular nas artérias, pode causar infartos
• As células da pele se renovam tanto que, por volta dos 40 anos, cerca de 180 kg de células já foram eliminados
• Os ossos do rosto se renovam a cada dois anos. Com 50 anos, nosso crânio já é a 25ª cópia. Nos velhinhos, a renovação continua - em ritmo mais lento
• As cartilagens perdem rigidez com o tempo, fazendo com que as orelhas e a ponta do nariz "caiam" e pareçam maiores
• Em alguns vovôs, a proporção de gordura no organismo pode aumentar 30% comparada à dos 30 anos
Morte a conta-gotas
Quando morremos o processo não é instantâneo. A ultima célula do corpo leva 37 horas para morrer
Primeiro segundo:
O coração para. Imediatamente, os músculos relaxam
10 s
A atividade cerebral cai
10 s - 5 min
Os órgãos, sem oxigênio, começam a parar
30 min
A pele fica pálida e azulada
1 h
A temperatura do corpo cai por volta de 1 ºC, queda que se repete a cada hora
1 h - 12 h
O corpo enrijece progressivamente
24 h
As últimas células da pele ainda estão sendo produzidas, mas ela começa a apresentar manchas escuras e o rosto pode já estar irreconhecível
37 h
Morre o último neurônio
Fim de carreira
 
O que a falta de hormônios provoca
Nas mulheres, a menopausa começa por volta dos 40 anos, com a queda do nível do hormônio estrógeno. Sem ele, vêm as ondas de calor e elas sentem mais cansaço e irritação. O risco de osteoporose aumenta e o sono some. Os homens sofrem bem menos com a andropausa. Como a queda de testosterona é menor e aos poucos, o único efeito é a queda da libido. Para sorte masculina, a impotência não é resultado da velhice, pois está mais ligada a fatores emocionais

MATA ATLANTICA EM ESTADO TERMINAL


 
A Mata Atlântica perdeu 235 quilômetros quadrados (km²) de vegetação de 2012 para 2013, o que representa um aumento de 9% no ritmo da devastação em relação ao último período avaliado (2011-2012), de acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, elaborado pela organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica, em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área equivale a 24 mil campos de futebol.
Por Luiz Claudio Marigo para National Geographic:
Quando os portugueses chegaram à costa brasileira, a Mata Atlântica cobria cerca de 1,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro – que, em 500 anos, foram reduzidos a 7% dessa área. Nesse bioma, vivem atualmente 8 000 espécies de plantas e animais endêmicos. Mais de 530 dessas espécies estão ameaçadas de extinção. Quando fiz a conexão entre esses dados, senti duas emoções quase contraditórias – espanto e tristeza –, e percebi que a paisagem onde eu e a maioria da população brasileira nascemos e crescemos, está em estado terminal. Todo um universo de vida e exuberância está agora ameaçado de extinção.
Inúmeras vezes voei do Rio de Janeiro, onde vivo, para Salvador e também para São Paulo e Florianópolis, observando a paisagem litorânea da janela do avião. É uma perspectiva limitada, restrita a alguns quilômetros da rota de voo, mas sempre vi apenas abandono e desolação: em qualquer direção, terras improdutivas, campos cobertos de sapê, as cidades e espaços vazios – sobretudo vazios de floresta. No Google Earth, em imagens de satélite, quando a América do Sul cresce na tela, vê-se logo o verde intenso da Amazônia, mas o litoral brasileiro surge acinzentado. A diferença é flagrante. As maiores extensões de Mata Atlântica revelam-se apenas em fragmentos no norte do Paraná e sul de São Paulo, na região das Agulhas Negras e Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, no centro de dois parques nacionais.
Outros bolsões menores conservados surgem ao norte de Linhares, no Espírito Santo, na Reserva Biológica de Sooretama e na Reserva Natural Vale, que formam um bloco importante. No sul da Bahia, o verde é dos parques nacionais perto de Porto Seguro e da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estação Veracel.
Cada pequeno fragmento de mata atlântica é importante – uma matriz para a reconstituição da floresta. Em algum momento, nós brasileiros vamos perceber o que estamos perdendo e precisaremos nos dedicar a refazer a mata. Alguns já estão trabalhando – cidadãos e empresas. A Reserva Ecológica Guapiaçu (Regua), no Rio de Janeiro, estimula a educação ambiental nas comunidades vizinhas e realiza pesquisas em suas matas, aumentando o conhecimento sobre a fauna da Serra do Mar, beneficiando também as reservas governamentais próximas. Está adquirindo novas áreas e reflorestando-as para conectar suas florestas ao Parque Estadual dos Três Picos, aumentando a possibilidade de manter saudáveis as nascentes da bacia do rio Guapiaçu e os processos evolutivos e ecológicos que dependem de grandes áreas contínuas. A Regua localiza-se no município de Cachoeiras de Macacu. O nome diz tudo – é a fonte de água que abastece as cidades vizinhas e, em um futuro próximo, também a cidade do Rio de Janeiro.
 

ROSETTA: EXAMINANDO A PAISAGEM


Imagem da NAVCAM de 9 agosto a 99 km (ESA/NAVCAM).

Hoje marca 13 dias desde que a sonda europeia Rosetta chegou a 67P / Churyumov-Gerasimenko, um pequeno cometa de apenas 5 Km de diâmetro situado a mais de 400 milhões de Km da Terra e que se move por algo tão gigantesco como o Sistema Solar a uma vertiginosa velocidade de mais de 55.000 km por hora.
Desde então e até dia 17 manteve-se há  uma centena de quilômetros de distância descrevendo uma trajetória triangular que permite mapear a superfície de Chury determinando a distribuição da densidade e da massa do cometa, uma etapa preliminar necessária antes de chegar mais perto e tentar entrar em órbita ao redor do núcleo.
Seguindo este caminho, os pesquisadores da missão podem determinar pequenos desvios causados ​​pela gravidade de Chury e determinar a sua massa e densidade com precisão. Rosetta brevemente disparou seus propulsores nos dias 10 e 13 de agosto a para poder traçar os lados do triângulo. Devido à gravidade do cometa e da geometria da trajetória, a distância entre a sonda e Chury não foi constante nesta fase. Em 17 de agosto a sonda retomou a sua aproximação do núcleo para localizar-se a cerca de 50 km de distância de onde ele irá descrever o mesmo caminho triangular até 3 de Setembro, quando chegará a 30 quilômetros para ficar finalmente em órbita de Chury.
As surpresas que Rosetta descobrirá nesta velha rocha de mais de 5 bilhões de anos nos revelarão com certeza alguns dos mistérios da formação de nosso próprio Sistema Solar já que em novembro, do interior da sonda, sairá o módulo Philae que aterrissará no cometa para estuda-lo.
A aterrisagem no cometa será uma das manobras mais complicadas em toda história da era espacial.

Instrumentos de Rosetta e Philae (ESA).


OS DIFERENTES "AMANHECER"

O amanhecer na Terra tem diferentes aspectos, dimensões e intensidade conforme a época do ano e a região. Mas aqui abrangeremos um pouco mais, na imagem vemos o amanhecer em diferentes mundos.
Amanhecer em Vênus, Terra, Lua, Marte e Titan
 

INCRIVEL MISSÃO ROSETTA IGNORADA PELA NOSSA MIDIA MEDIOCRE

Vista do cometa Rosetta


Este blog chama-se Momentos de Reflexão e nele me ponho a refletir sobre muitas coisas que passam despercebidas para muita gente. Uma delas é a mediocridade e conservadorismo de nossa mídia. Outra é que realizamos proezas incríveis a distancias tão gigantescas e não conseguimos resolver problemas em nosso próprio planetinha. Outra ainda a indiferença e desinteresse com que estamos encarando a vida.
 
Às vezes também me dá a sensação de que já nada mais nos impressiona, que consideramos demasiadas coisas por acontecimentos normais e que perdemos a emoção que envolvia todos os objetivos espaciais. Um exemplo disso é a Missão Rosetta. Nenhum meio de comunicação estes dias, se quer de passagem divulgou a fascinante, fantástica e tão importante viagem de Rosetta.
Em março de 2004 a humanidade lançou uma sonda espacial, que viajou mais de dez anos, orbitando três vezes a Terra e chegando a Marte para aproveitar sua força gravitacional para lançar-se e alcançar, com incrível precisão um pequeno cometa de apenas 5Km de diâmetro situado a mais de 400 milhões de Km que se move por algo tão gigantesco como o Sistema Solar a uma vertiginosa velocidade de mais de 55.000 km por hora.
Os dados, cálculos e operações matemáticas que se levaram a cabo. A tecnologia que foi desenvolvida para levar a cabo essa missão. A exatidão e precisão de cada um dos movimentos da sonda em uma viagem de dez anos. O trabalho coordenado de dezenas de engenheiros e cientistas de diferentes países e agencias espaciais e ainda assim a mídia sequer tomou conhecimento em divulgar uma frase sobre a missão. À mídia é muito mais interessante o futebol, ou comentar os próximos capítulos das novelas afinal o que dá mais Ibope?
Que importa as surpresas que Rosetta descobrirá nesta velha rocha de mais de 5 bilhões de anos que nos revelarão com certeza alguns dos mistérios da formação de nosso próprio Sistema Solar já que em novembro, do interior da sonda, sairá o módulo Philae que aterrissará no cometa para estuda-lo.
A aterrisagem no cometa será uma das manobras mais complicadas em toda história da era espacial. Mas para a nossa mídia tacanha e conservadora a quem só interessa divulgar mentiras e fantasias que importa tudo isso não é mesmo?

ANIMAIS DA AMAZÔNIA

A floresta Amazônica tem a maior biodiversidade do planeta,  veja algumas espécies que vivem neste bioma nas fotos de FABIO PASCHOAL repórter da National Geographic Brasil e autor do Blog Curiosidade Animal.
Macho de Mariposa
 
Mariposa da região do Rio Cristalino AM.
 
Onça Pintada
 
Araçari-Castanho
 
Ararajuba (Ameaçada de extinção)
 
Ariranha
 
Cobra Cigarra ou Jequitiranaboia
 
Macaco Aranha de Cara Branca
 
Garça Real
 
Jaguar
 
João Pinto
 
Lagarta de borboleta
 
 
Saí-Andorinha
 
Cobra Salamanta
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

FOTOS: AMAZÔNIA POR ARAQUÉM ALCANTARA

O fotógrafo, em entrevista à NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, revela imagens de seu livro AMAZÔNIA publicado pela Editora Martiniere em novembro de 2013. Curiosamente o livro sobre a nossa Amazônia foi lançado em Frances, Inglês e Espanhol. Não há tradução para o Português e nem o livro está disponível no Brasil.
 
Onça Pintada
 
 
 
Ariranha
 
Uacari Branco
 
Harpia
 
 
 
A grandiosidade dos rios amazônicos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

AMAZÔNIA TEM OCEANO SUBMERSO



A reserva de água subterrânea possui volume estimado em mais de 160 trilhões de metros cúbicos (3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani)

A Amazônia possui uma reserva de água subterrânea com volume estimado em mais de 160 trilhões de metros cúbicos, de acordo com Francisco de Assis Matos de Abreu, professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que terminou no dia 27 de julho, no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco.
O volume é 3,5 vezes maior do que o do Aquífero Guarani – depósito de água doce subterrânea que abrange os territórios do Uruguai, da Argentina, do Paraguai e principalmente do Brasil, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados de extensão.
“A reserva subterrânea representa mais de 80% do total da água da Amazônia. A água dos rios amazônicos, por exemplo, representa somente 8% do sistema hidrológico do bioma e as águas atmosféricas têm, mais ou menos, esse mesmo percentual de participação”, disse Abreu durante o evento.
O conhecimento sobre esse “oceano subterrâneo”, contudo, ainda é muito escasso e precisa ser aprimorado tanto para avaliar a possibilidade de uso para abastecimento humano como para preservá-lo em razão de sua importância para o equilíbrio do ciclo hidrográfico regional.
De acordo com Abreu, as pesquisas sobre o Aquífero Amazônia foram iniciadas há apenas 10 anos, quando ele e outros pesquisadores da UFPA e da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram um estudo sobre o Aquífero Alter do Chão, no distrito de Santarém (PA).
O estudo indicou que o aquífero, situado em meio ao cenário de uma das mais belas praias fluviais do país, teria um depósito de água doce subterrânea com volume estimado em 86,4 trilhões de metros cúbicos.
“Ficamos muito assustados com os resultados do estudo e resolvemos aprofundá-lo. Para a nossa surpresa, descobrimos que o Aquífero Alter do Chão integra um sistema hidrogeológico que abrange as bacias sedimentares do Acre, Solimões, Amazonas e Marajó. De forma conjunta, essas quatro bacias possuem, aproximadamente, uma superfície de 1,3 milhão de quilômetros quadrados”, disse Abreu.
Denominado pelo pesquisador e colaboradores Sistema Aquífero Grande Amazônia (Saga), o sistema hidrogeológico começou a ser formado a partir do período Cretáceo, há cerca de 135 milhões de anos.
Em razão de processos geológicos ocorridos nesse período foi depositada, nas quatro bacias sedimentares, uma extensa cobertura sedimentar, com espessuras da ordem de milhares de metros, explicou Abreu.
“O Saga é um sistema hidrogeológico transfronteiriço, uma vez que abrange outros países da América do Sul. Mas o Brasil detém 67% do sistema”, disse.
Uma das limitações à utilização da água disponível no reservatório, contudo, é a precariedade do conhecimento sobre a sua qualidade, apontou o pesquisador. “Queremos obter informações sobre a qualidade da água encontrada no reservatório para identificar se é apropriada para o consumo.”
“Estimamos que o volume de água do Saga a ser usado em médio prazo para abastecimento humano, industrial ou para irrigação agrícola será muito pequeno em razão do tamanho da reserva e da profundidade dos poços construídos hoje na região, que não passam de 500 metros e têm vazão elevada, de 100 a 500 metros cúbicos por hora”, disse.
Como esse reservatório subterrâneo representa 80% da água do ciclo hidrológico da Amazônia, é preciso olhá-lo como uma reserva estratégica para o país, segundo Abreu.
“A Amazônia transfere, na interação entre a floresta e os recursos hídricos, associada ao movimento de rotação da Terra, cerca de 8 trilhões de metros cúbicos de água anualmente para outras regiões do Brasil. Essa água, que não é utilizada pela população que vive aqui na região, representa um serviço ambiental colossal prestado pelo bioma ao país, uma vez que sustenta o agronegócio brasileiro e o regime de chuvas responsável pelo enchimento dos reservatórios produtores de hidreletricidade nas regiões Sul e Sudeste do país”, avaliou.
VULNERABILIDADES
De acordo com Ingo Daniel Wahnfried, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), um dos principais obstáculos para estudar o Aquífero Amazônia é a complexidade do sistema.
Como o reservatório é composto por grandes rios, com camadas sedimentares de diferentes profundidades, é difícil definir, por exemplo, dados de fluxo da água subterrânea para todo sistema hidrogeológico amazônico.
“Há alguns estudos em andamento, mas é preciso muito mais. É necessário avaliarmos, por exemplo, qual a vulnerabilidade do Aquífero Amazônia à contaminação”, disse Wahnfried, que realizou doutorado direto com Bolsa da FAPESP.
Diferentemente do Aquífero Guarani, acessível apenas por suas bordas – uma vez que há uma camada de basalto com dois quilômetros de extensão sobre o reservatório de água –, as áreas do Aquífero Amazônia são permanentemente livres.
Em áreas de floresta, essa exposição do aquífero não representa um risco. Já em áreas urbanas, como nas capitais dos estados amazônicos, isso pode representar um problema sério. “Ainda não sabemos o nível de vulnerabilidade do sistema aquífero da Amazônia em cidades como Manaus”, disse Wahnfried.
Segundo o pesquisador, tal como a água superficial (dos rios), a água subterrânea é amplamente distribuída e disponível na Amazônia. No Amazonas, 71% dos 62 municípios utilizam água subterrânea (mas não do aquífero) como a principal fonte de abastecimento público, apesar de o estado ser banhado pelos rios Negro, Solimões e Amazonas.
Já dos 22 municípios do Estado do Acre, quatro são totalmente abastecidos com água subterrânea. “Apesar de esses municípios estarem no meio da Amazônia, eles não usam as águas dos rios da região em seus sistemas públicos de abastecimento”, avaliou Wahnfried.
Algumas das razões para o uso expressivo de água subterrânea na Amazônia são o acesso fácil e a boa qualidade desse tipo de água, que apresenta menor risco de contaminação do que a água superficial.
Além disso, o nível de água dos rios na Amazônia varia muito durante o ano. Há cidades na região que, em períodos de chuva, ficam a poucos metros de um rio. Já em períodos de estiagem, o nível do rio baixa 15 metros e a distância dele para a cidade passa a ser de 200 metros, exemplificou.

Texto da NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL (ngbrasil.com.br)