CRISE DE ENERGIA: QUAIS OS CAMINHOS


Os reservatórios brasileiros, de Norte a Sul, estão em baixa. Se não chover… Enquanto isso, e para evitar uma grave crise de fornecimento, o governo aciona as termoelétricas movidas a óleo, fonte poluente e cara. Hoje, essas usinas já produzem tanta ou mais energia do que Itaipu. Os principais projetos brasileiros ambientalmente sadios – hidroelétricas e usinas nucleares –, estão atrasados, sob o peso da resistência dos ambientalistas.
A Folha de S. Paulo (28/10/2012, p. A14) acusa a construção da hidroelétrica de Estreito (MA), recentemente inaugurada pela presidente Dilma Rousseff, de ‘afetar a vida de moradores’ das circunvizinhanças. A construção da hidroelétrica do rio Madeira foi postergada por vários anos porque um dirigente do Ibama ‘descobriu’ que a barragem interferiria no trajeto de bagres no período da desova. O projeto das usinas nucleares, combatido por um fundamentalismo primitivo e anticientífico, está atrasado pelo menos 30 anos. Fala-se, até, na diminuição do ritmo de trabalho no canteiro de obras de Angra III.

Na Bahia, a energia produzida por uma central eólica não pode entrar no sistema nacional porque a construção da rede de transmissão está embargada, por problemas ambientais. Carlos Tatit Holz (Belo Monte uma usina de conhecimento. Eletrobrás. Brasília. 2010. p. 9) afirma que não há hidroelétricas suficientes para atender à nossa demanda de eletricidade para 2030, ‘mesmo contando com os grandes aproveitamentos da Amazônia’, a não ser, observamos, que o país de nossos sonhos se transforme numa cloaca. Na verdade, o que está evitando ‘apagões’ de maior gravidade é o modesto aumento da produção industrial, quadro que o governo federal pretende reverter com as medidas macroeconômicas adotadas. Tudo indica que em 2013 cresceremos algo em torno de 4 ou 5% do PIB (é a estimativa do FMI). Aliás, a economia voltou a aquecer-se neste trimestre. E até a brava Marina da Silva sabe que economia aquecida significa alto consumo de energia.
Por isso, precisamos construir as hidroelétricas projetadas, principalmente na região amazônica, onde as bacias do Tocantins-Araguaia, do Xingu e do Madeira-Tapajós têm potencial de gerar dezenas de milhões de megawatts de energia limpa. Ambientalistas desavisados, Ministério Público e juizinhos de primeira entrância fazem o possível para retardar Belo Monte, com o aplauso da classe média alienada (a qual, no entanto, não acena com o intuito de reduzir seu consumo de energia – pelo contrário). Agem como ‘inocentes úteis’ a serviço de interesses internacionais que buscam impedir o nosso desenvolvimento. Escondem-se atrás de ONGs preocupadas em “salvar o planeta”. Ocorre que uma hidroelétrica não se constrói da noite para o dia. Entre o projeto e a primeira geração de energia são consumidos cerca de 10 anos. Os estudos de inventário da Bacia do Xingu, com vistas ao Projeto Belo Monte, por exemplo, começaram em 1975 e o início das obras, aos trancos e barrancos, só se deu ano passado. E essas obras, foi-não-foi, sofrem paralisações.

Haverá alguma relação entre estes fatos e os primeiros episódios de ‘apagão’ que começamos a viver recentemente?
O que se tem de concreto é a existência de verdadeiro lobby contra a geração de energia, pois esses ditos ambientalistas são contra tanto as hidroelétricas (acusadas, até, de ‘não serem fontes renováveis’), quanto as usinas nucleares, a única fonte realmente inócua em face do meio ambiente. Com qual fonte, então, pretende essa guerrilha ambientalista alimentar as fábricas de seus eletrodomésticos, produzir o alumínio de suas casas, o aço de seus automóveis, a energia de seus aparelhos de ar-condicionado? Com o petróleo poluente e caro, seja o gás, seja o diesel? Com carvão mineral, certamente importado, porque nossas reservas são limitadíssimas? Ou com a energia eólica sem redes de distribuição, e dependente de outras fontes (A hidroeletricidade? A energia nuclear?) para sua estabilidade? Com a caríssima e ainda mais limitada energia solar, responsáveis, ambas, hoje, por menos de 1% da produção nacional? Que tal suspender o civilizador ‘Luz para todos’ e retomar o candeeiro a querosene? Que propõem, afinal os opositores do desenvolvimento energético nacional?

Na verdade, o que pretendem, sem que o digam, é impedir a baixa do chamado ‘custo Brasil’, pois é sabido que a fonte mais barata de geração de energia elétrica é a hídrica, o que nos deu durante décadas vantagem competitiva em relação ao resto do mundo, tal a fartura de recursos hídricos de que dispúnhamos. Vantagem essa, relembremos, anulada pelo governo FHC em decorrência da ruinosa privatização do setor elétrico que patrocinou, alinhando nossas tarifas (então as mais baixas do mundo) às internacionais, tornando-as as mais altas do planeta! Tal distorção vem de ser corrigida pela presidente Dilma, ao anunciar corte que varia de 16% a 28% nas tarifas hoje vigentes, o que terá efeito benéfico na competitividade da indústria brasileira.
O desafio está posto: é preciso saciar a demanda de energia elétrica, sem a qual não haverá qualquer sorte de desenvolvimento. É evidente que esse desenvolvimento – quem ousa afirmar o contrário? – precisa ser sustentável e ambientalmente sadio, sem qualquer preconceito relativamente às fontes disponíveis de energia, pois, felizmente, nossa matriz compreende as mais diversas fontes, que se complementam, e essa é, exatamente, sua grande excepcionalidade, que nenhum outro País possui.
Estado e sociedade precisam decidir, antes que o atraso seja irrecuperável: tem ou não o País projetos estratégicos?
Texto de Roberto Amaral para a revista CARTA CAPITAL em 30.10.2012.

NOVO MAPA DA VIA LÁCTEA MOSTRA 84 MILHÕES DE ESTRELAS SÓ NO NÚCLEO



O OBSERVATÓRIO EUROPEU AUSTRAL (ESO) utilizou os 9 giga pixels de seu telescópio VISTA para criar o mapa mais preciso do centro da Via Láctea feito até agora. Segundo os especialistas já são 84 milhões de estrelas recenseadas pelo telescópio.

O ESO indica que este conjunto de dados contém 10 vezes mais estrelas que estudos anteriores e é um importante avanço para o conhecimento da galáxia à qual a Terra pertence. A imagem obtida é tão grande que se fosse impressa com a resolução de um livro mediria 9 metros de largura por 7 de comprimento.

O principal coordenador deste estudo, Roberto Saito, assinalou que observando em detalhe as milhares de estrelas que rodeiam o centro da Via Láctea se pode aprender muito mais sobre a formação e evolução, não só da própria galáxia, como também sobre a das galáxias espirais em geral.

Muitas galáxias circulares, incluindo a Via Látea, tem uma alta concentração de estrelas velhas rodeando o centro, que os astrônomos denominam núcleo. Compreender a formação e a evolução do núcleo da Via Láctea é vital para o conhecimento da galáxia como um todo, disse Saito.

Observar o núcleo da Via Láctea é muito difícil. Para isso o ESO conta com o telescópio da Sonda Vista que tem um espelho de 4.1 m de diâmetro, um amplo campo de visão e detectores infravermelhos muito sensíveis.

Agora os analistas começarão o estudo deste enorme catálogo, para o qual criaram um diagrama de color-magnitude. Cada estrela ocupa um ponto particular neste diagrama em qualquer momento de sua vida. Seu lugar depende do quanto brilhante e quente ela seja.

O ÁRTICO ESTÁ MORRENDO - Parte 1


Por mais de 800 mil anos, o gelo do Ártico é um elemento permanente do oceano. Ele está derretendo por causa do uso de combustíveis fósseis. Em um futuro próximo, o Ártico pode ficar sem gelo pela primeira vez desde que os humanos pisaram na Terra. Isso seria devastador não só para as populações de ursos polares, narvais, morsas e outras espécies que vivem lá - mas para o resto de nós também. O gelo no topo do mundo reflete muito do calor do Sol de volta para o espaço e, assim, mantém todo o nosso planeta resfriado, estabilizando os sistemas climáticos, dos quais dependemos para cultivar alimentos. Proteger o Ártico significa proteger a todos nós.
Para Salvar o Ártico temos que agir rápido:
Entre no site do Greenpeace e assine a petição
http://www.salveoartico.org.br/