OU CONSTRUIMOS UM NOVO MUNDO OU NÃO HAVERÁ MUNDO PARA NINGUÉM


 
Só pode ser piada, e de muito mal gosto, o acordo tão festivamente anunciado entre EUA e China sobre a redução dos gases de efeito estufa pelos 2 paises que juntos são responsáveis por quase 50% de todo gás emitido no mundo.

 “O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que seu país reduzirá antes de 2025 a emissão de gases de efeito estufa entre 26 e 28% em relação a 2005, enquanto que seu parceiro da China Xi Jinping, informou que aumentará em 20% a utilização de energias renováveis até 2030.”

O presidente americano fala em 26% menos sobre as emissões de 2005, ou seja 10 anos atrás.

O mundo não tem esse tempo todo para suportar continuas emissões de gases de efeito estufa. Como vimos neste blog, na declaração do IPCC 5 as conseqüências serão irreversíveis.

Parece que a única saída para que medidas efetivas sejam tomadas tem que partir da própria população. Ir às ruas, em escala mundial em defesa da Terra e das futuras gerações de todas as espécies, que tem direito à vida  e não ficar à mercê de um sistema que oprime e destrói tudo pela frente, como um predador voraz. Em nome de um consumo desenfreado e burro tudo que conseguimos foi a infelicidade e a destruição de um planeta que agoniza. Está na hora de criar um novo sistema em que o respeito ao planeta e a todas as espécies que nele vivem deve ser o primordial. Respeito à vida ao invés de consumo desenfreado. Viver com equilíbrio e felicidade ao invés de luxo, ostentação e riqueza. Tornar primordial o equilíbrio ao invés de deixar que o deus mercado dite as regras. Ah! Falar é fácil, mas como atingir isso? Horas, não me digam que não é possível, o homem pousou em um cometa, o homem produz células que criam novos homens, quando o homem quer ele se diz Deus.

Ou começamos a agir seriamente na construção de um novo mundo ou não haverá mundo para ninguém. É importante, vital mesmo, começar a pensar nisso e, mais que pensar, começar a agir.
imagem de José Eduardo Mattos
 

SE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ SEGURO VEJA O MAPA DA NASA

Este diagrama mapeia os dados recolhidos a partir de 1994-2013 em pequenos asteroides que impactam a atmosfera da Terra para criar meteoros muito brilhantes, tecnicamente chamados de "bólidos" e comumente referidos como "bolas de fogo". Tamanhos de ponto amarelo (impactos do dia) e os pontos azuis (impactos noturnas) são proporcionais à energia irradiada ótica dos impactos medidos em bilhões de Joules (GJ) de energia, e mostram a localização dos impactos de objetos de cerca de 1 metro (3 pés) a quase 20 metros (60 pés) de tamanho. Crédito da imagem: Ciência Planetária

Um mapa divulgado DIA 14 DE NOVEMBRO pela Near Earth Object da Nasa (NEO) Programa que revela pequenos asteroides que entram frequentemente e se desintegram na atmosfera da Terra com distribuição aleatória ao redor do globo. Lançado para a comunidade científica, o mapa visualiza os dados recolhidos pelos sensores do governo dos EUA de 1994 a 2013. Os dados indicam que a atmosfera da Terra foi impactado por pequenos asteróides, resultando em bólidos (ou bolas de fogo), em 556 ocasiões diferentes no período de 20 anos. Quase todos os asteróides deste tamanho se desintegram na atmosfera e são geralmente inofensivos. A notável exceção foi o evento Chelyabinsk, que foi o maior asteroide a atingir a Terra neste período. Os novos dados podem ajudar os cientistas a melhor refinar as estimativas da distribuição dos tamanhos de NEOs incluindo os maiores, que poderiam representar um perigo para a Terra.

Projeto Rosetta: O final de um sonho


A missão Rosetta chega  abreviadamente ao seu fim. A posição em que o módulo Philae pousou no cometa não lhe dá luz de sol suficiente para recarregar as baterias e o módulo entra em hibernação. Isso não significa o fim da missão. A medida que o cometa vai se aproximando do Sol e a intensidade de luz aumente talvez seja possível voltar a trabalhar.
É decepcionante saber que ele iria continuar conosco mais alguns meses mandando dados sobre a origem do universo que estão ocultos nas rochas primordiais do cometa.
Philae trabalhou até o esgotamento de sua bateria primária não recarregável, projetada para enfrentar situações como essa e dar tempo de cumprir objetivos mínimos. Por isso ainda conseguiu enviar inúmeros dados científicos incluindo do penetrómetro MUPUs e mais importante sendo capaz de perfurar com broca 25 cm de rocha e enviar inúmeras informações da composição do solo do cometa.

Todo o problema se deu no momento da aterrisagem quando o instrumento encarregado de fixar Philae ao solo falhou e o modulo pulou duas vezes de posição acabando por se estabilizar junto a uma parede rochosa em que recebe a luz solar apenas por 1,5 hora a cada 12 horas, insuficiente para recarregar suas baterias de trabalho.

Philae encontra-se agora profundamente adormecido, poupando a pouca energia disponível para manter-se vivo e esperar tempos melhores de luz. Quem sabe um dia o escutaremos de novo mas mesmo se isso não aconteça ele é um testemunho eterno e silencioso de que um dia a humanidade foi capaz de pousar em um desses corpos primitivos do sistema solar. Só podemos ser gratos a todos aqueles que tornaram isso possível. Até um dia pequeno Philae.

MISSÃO ROSETTA CORRE PERIGO


Assim foi o acidentado pouso de Philae.
 
A aterrissagem de Philae sobre o cometa 67p Churimov é um feito extraordinário e o será ainda por um bom tempo até ser superado por outra grande façanha espacial. Mas nem tudo foi perfeito. O módulo “quicou” duas vezes antes de se estabelecer em um lugar definitivo, isso porque os arpões que deveriam fixá-lo ao solo do cometa não funcionaram como deveriam. Isto não seria um problema  se o módulo não houvesse se fixado junto a uma parede de rocha que limita sua exposição aos raios solares há apenas 90 minutos a cada 12 horas. Se os cientistas não encontrarem uma maneira de mudá-lo de lugar, a energia de suas baterias se esgotarão em dois dias.

Não é simples movê-lo sem sistema de propulsão. A nave conta com quatro instrumentos que envolvem movimento e um deles deverá funcionar o suficiente  para movê-lo alguns graus para que seus painéis solares recebam luz suficiente.

Para tentar a operação os técnicos vão desencadear um instrumento chamado MUPUS que possui um pequeno martelo. Os cientistas acham que o movimento causado por esse instrumento poderá agitar Philae o suficiente para deslocá-lo mais longe dessa parede dando maior alcance à luz solar. A equipe do projeto se reúne a cada duas horas para decidir o melhor caminho a seguir.

A ILHA DOS AMORES


 
São Paulo, a cidade, já teve uma ilha, sim e uma bela ilha ajardinada onde os paulistanos passeavam nos anos 1870 e 1880. Essa ilha ficava no meio do Rio Tamanduateí, hoje um rio poluído e fedorento com zero de oxigênio, mas no século XIX era um belo e imponente rio.

Segundo o jornal “A Província de São Paulo” em sua edição de 18 de maio de 1877, a ilha era mesmo uma coisa de outro mundo. A Ilha causava no visitante “ uma admiração extraordinária, pelo pitoresco e gracioso efeito de seus passadiços tortuosos, de seus repuxos de uma água límpida e pura como o cristal e sobre tudo de suas roseiras e de seus mássicos de ervas, de um verde o mais tenro que as fadas parecem ter semeado naquela residência encantada, onde tudo respira poesia”.

Seu nome: Ilha dos Amores, um pedaço de terra que sobrou no meio do rio após sua primeira retificação (alinhamento). Ficava próxima à Rua 25 de Março e mantinha um chalet que servia pela manhã café simples e com leite, pão com manteiga, etc e durante o dia comidas frias e bebidas de todas as qualidades, e uma casa de banhos – muito útil em tempos sem água encanada, que oferecia “banhos de nado e de chuva” das 6 da manhã às 6 da tarde.

 

Mais tarde a ilha acabou abandonada. As chuvas que a alagavam parcialmente foram parte do motivo. Por fim não sobreviveu à segunda retificação do Rio Tamanduateí, no início do século 20.
 

EXITO!!!PHILAE POUSA NO COMETA CHURY


Primeira imagem do solo do cometa enviada por Philae
 
Uma grande conquista para a humanidade. Philae alcançou a superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko depois de mais de dez anos de viagens. A pequena sonda foi separada da Rosetta pela primeira e última vez às 09:03 UTC de hoje 12 de novembro e pousou cerca de sete horas mais tarde. Este dia vai ficar na história como o dia em que a humanidade conseguiu alcançar a superfície de um cometa. Dentro de muito tempo, quando houvermos desaparecido e quando os problemas políticos e econômicos que tanto nos preocupam houverem caído no esquecimento, nossos descendentes saberão se foi hoje, aqui e agora, que nossa espécie conseguiu pousar em um cometa pela primeira vez.
 
Os três sistemas de Philae para sua fixação no solo do cometa. Dois deles funcionaram.
 
 
 

 

MISSÃO ROSETTA: PHILAE ESTÁ A CAMINHO DO COMETA

FALTAM DUAS HORAS PELO HORÁRIO GMT PARA PHILAE ATERRISAR NO COMETA 67P CHURY. A CÂMARA OSISRIS DE ROSETTA NOS MANDA A PRIMEIRA FOTO DA SEPARAÇÃO DO MÓDULO OCORRIDA ÀS 9.00 DA MANHÃ DE HOJE 12 DE NOVEMBRO DE 2014, DIA HISTÓRICO PARA A CIÊNCIA ESPACIAL. ÀS 16.00 SERÁ O MOMENTO DECISIVO DA ATERISSAGEM SOBRE O COMETA.

ACOMPANHE A TRANSMISSÃO DA ESA

MISSÃO ROSETTA: CHEGANDO A HORA DA ATERRISSAGEM


 
Amanhã, 12 de Novembro assistiremos a um evento único. Pela primeira vez na história uma sonda vai aterrissar em um cometa.

A separação do módulo Philae está prevista para as 9.03 GMT e sete horas mais tarde, às 16.02 GMT se espera que aterrisse em Chury.

Todos poderemos assistir ao vivo desde o centro de controle da Agência Espacial Européia (ESA) que já está transmitindo ao vivo imagens do centro operacional da missão, bastando acessar o link:

 


 


As transmissões começaram às 19.00 GMT hoje e continuaram (com pausas) para cobrir os momentos cruciais da missão durante esta noite e até quarta-feira. O mais interessante serão os horários entre as 9.00 e 16.00 de quarta, momento crucial da missão.
 
 

 

BENEDITO DE TESTA AMARELA


O benedito-de-testa-amarela ou pica-pau-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons) é uma espécie de pica-pau florestal encontrado na Argentina, Brasil e Paraguai. Possui uma dieta quase que exclusivamente frugívora, costuma viver em bandos e construir seus ninhos muito próximos formando uma comunidade. Gosta de aparecer, com suas cores vistosas e muito barulho. Voa de copa em copa gritando 'benedito', o que explica seu nome. Mede em torno de 19,5 cm.




LOCALIZAÇÃO DO BENEDITO DE TESTA AMARELA


 

DIREITOS HUMANOS E DIREITOS DA NATUREZA? TEXTO DE EDUARDO GALEANO


Os direitos humanos não surgiram no início dos tempos, como se pode imaginar. Eles são um dos produtos do iluminismo, algo ainda recente na história humana. Hoje, as corporações também têm "direitos humanos", como se fossem pessoas - o que alguns consideram uma das grandes aberrações da modernidade, causa de muitos males que vivenciamos. Vale a pena ver o filme "The Corporation". Se discute também os "direitos animais", principalmente na pesquisa científica e industrial, em especial de produtos cosméticos. Mas e os direitos da natureza? A natureza deve ter direitos? É isso que está sendo discutido na elaboração da nova Constituição do Equador. A coisa é mais interessante do que parece. Veja abaixo um belo texto do Galeano.

A natureza não é muda

Eduardo Galeano
Brecha (semanário uruguaio)
 
O Equador está discutindo uma nova Constituição. Entre as propostas, abre-se a possibilidade de reconhecer, pela primeira vez na história, os direitos da natureza. Parece loucura querer que a natureza tenha direitos. Em compensação, parece normal que as grandes empresas dos EUA desfrutem de direitos humanos, conforme foi aprovado pela Suprema Corte, em 1886.
O mundo pinta naturezas mortas, sucumbem os bosques naturais, derretem os pólos, o ar torna-se irrespirável e a água imprestável, plastificam-se as flores e a comida, e o céu e a terra ficam completamente loucos.

E, enquanto tudo isto acontece, um país latino-americano, o Equador, está discutindo uma nova Constituição. E nessa Constituição abre-se a possibilidade de reconhecer, pela primeira vez na história universal, os direitos da natureza.

A natureza tem muito a dizer, e já vai sendo hora de que nós, seus filhos, paremos de nos fingir de surdos. E talvez até Deus escute o chamado que soa saindo deste país andino, e acrescente o décimo primeiro mandamento, que ele esqueceu nas instruções que nos deu lá do monte Sinai: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".

Um objeto que quer ser sujeito
Durante milhares de anos, quase todo o mundo teve direito de não ter direitos.
Nos fatos, não são poucos os que continuam sem direitos, mas pelo menos se reconhece, agora, o direito a tê-los; e isso é bastante mais do que um gesto de caridade dos senhores do mundo para consolo dos seus servos.

E a natureza? De certo modo, pode-se dizer que os direitos humanos abrangem a natureza, porque ela não é um cartão postal para ser olhado desde fora; mas bem sabe a natureza que até as melhores leis humanas tratam-na como objeto de propriedade, e nunca como sujeito de direito.

Reduzida a uma mera fonte de recursos naturais e bons negócios, ela pode ser legalmente maltratada, e até exterminada, sem que suas queixas sejam escutadas e sem que as normas jurídicas impeçam a impunidade dos criminosos. No máximo, no melhor dos casos, são as vítimas humanas que podem exigir uma indenização mais ou menos simbólica, e isso sempre depois que o mal já foi feito, mas as leis não evitam nem detêm os atentados contra a terra, a água ou o ar.

Parece estranho, não é? Isto de que a natureza tenha direitos... Uma loucura. Como se a natureza fosse pessoa! Em compensação, parece muito normal que as grandes empresas dos Estados Unidos desfrutem de direitos humanos. Em 1886, a Suprema Corte dos Estados Unidos, modelo da justiça universal, estendeu os direitos humanos às corporações privadas. A lei reconheceu para elas os mesmos direitos das pessoas: direito à vida, à livre expressão, à privacidade e a todo o resto, como se as empresas respirassem. Mais de 120 anos já se passaram e assim continua sendo. Ninguém fica estranhado com isso.

Gritos e sussurros
Nada há de estranho, nem de anormal, o projeto que quer incorporar os direitos da natureza à nova Constituição do Equador.

Este país sofreu numerosas devastações ao longo da sua história. Para citar apenas um exemplo, durante mais de um quarto de século, até 1992, a empresa petroleira Texaco vomitou impunemente 18 bilhões de galões de veneno sobre terras, rios e pessoas. Uma vez cumprida esta obra de beneficência na Amazônia equatoriana, a empresa nascida no Texas celebrou seu casamento com a Standard Oil. Nessa época, a Standard Oil, de Rockefeller, havia passado a se chamar Chevron e era dirigida por Condoleezza Rice. Depois, um oleoduto transportou Condoleezza até a Casa Branca, enquanto a família Chevron-Texaco continuava contaminando o mundo.

Mas as feridas abertas no corpo do Equador pela Texaco e outras empresas não são a única fonte de inspiração desta grande novidade jurídica que se tenta levar adiante. Além disso, e não é o menos importante, a reivindicação da natureza faz parte de um processo de recuperação das mais antigas tradições do Equador e de toda a América. Visa a que o Estado reconheça e garanta o direito de manter e regenerar os ciclos vitais naturais, e não é por acaso que a Assembleia Constituinte começou por identificar seus objetivos de renascimento nacional com o ideal de vida do sumak kausai. Isso significa, em língua quechua, vida harmoniosa: harmonia entre nós e harmonia com a natureza, que nos gera, nos alimenta e nos abriga e que tem vida própria, e valores próprios, para além de nós.

Essas tradições continuam miraculosamente vivas, apesar da pesada herança do racismo, que no Equador, como em toda a América, continua mutilando a realidade e a memória. E não são patrimônio apenas da sua numerosa população indígena, que soube perpetuá-las ao longo de cinco séculos de proibição e desprezo. Pertencem a todo o país, e ao mundo inteiro, estas vozes do passado que ajudam a adivinhar outro futuro possível.

Desde que a espada e a cruz desembarcaram em terras americanas, a conquista europeia castigou a adoração da natureza, que era pecado de idolatria, com penas de açoite, forca ou fogo. A comunhão entre a natureza e o povo, costume pagão, foi abolida em nome de Deus e depois em nome da civilização. Em toda a América, e no mundo, continuamos pagando as consequências desse divorcio obrigatório.
Publicado originalmente no semanário Brecha, do Uruguai.

CRISE HIDRICA - O QUE HÁ DE COMUM ENTRE SIKRI, ILHA DE PÁSCOA E SÃO PAULO


Crises não são novidade. Depois que ocorrem, após algum tempo para análise, surgem várias explicações sobre suas causas e sobre o que poderia ter sido feito para evitá-las. Em muitos casos, os estudos de crises passadas criam conhecimento que poderia prevenir futuras. Porém, em certos casos, evitar crises nos demandaria esforços maiores do que gostaríamos empreender e portanto nos entregamos à tendência coletiva de achar que desta vez será diferente. Mas será? Antes de falar da estiagem que aflige São Paulo, vejamos alguns episódios passados sobre crises hídricas, que nos transmitem valiosas lições.


No século XVI o poderoso Akbar, rei dos Moghols, ergue uma monumental cidadela em Sikri, a 30 quilômetros de Agra, na Índia, e a denominou a “Cidade da Vitória”. Isto porque pouco antes um profeta sufi previra a Akbar o nascimento de três filhos nesse lugar, o que realmente aconteceu nos anos seguintes. Algo, no entanto, o profeta não previu, ou não revelou. Quinze anos após transferir para lá o seu séquito de cinco mil mulheres – das quais trezentas esposas -, mil soldados e seus cavalos, Akbar teve que abandonar aqueles “jardins do paraíso”, deixando a fortaleza aos poucos herdeiros do profeta, por um único motivo: escassez de água.
 

Na mesma época, as tribos da Ilha de Páscoa estavam em seu auge, com uma população de 30 mil habitantes e uma dedicação incondicional a talhar e erguer centenas de gigantescas estátuas de pedra, os moais. Presume-se que essas rochas eram transportadas pela ilha com o uso de troncos de árvores. A competição em torno dos moais acabou por extinguir as florestas gerando, dentre outros problemas, uma severa escassez de água doce. Esse fato, aliado à erosão causada por práticas inapropriadas de agricultura, levou a população à guerra civil e ao canibalismo. Em menos de duzentos anos a população foi reduzida a apenas cem sobreviventes, vivendo em estado de miséria.

Um ano antes do nascimento de Akbar, era fundada no Brasil a Vila de São Paulo da Piratininga. Em região aquinhoada com vastos recursos hídricos, a cidade de São Paulo sobreviveu a Sikri por quinhentos anos. Em 1872 houve o primeiro censo demográfico no Brasil, revelando que dos seus 10 milhões de habitantes, 31 mil viviam na cidade de São Paulo, em franca expansão até ultrapassar a marca de 11 milhões de habitantes em 2011. Em 2014, a cidade enfrenta a pior crise hídrica de sua história.

De três destinos bem diferentes, há um ponto comum entre Sikri, Ilha de Páscoa, e São Paulo: em certo momento de suas histórias, enfrentaram crises ambientais sem precedentes, das quais Sikri e a Ilha de Páscoa saíram perdedoras. Que lições podemos tirar dessa crise? Como manter São Paulo em sua trajetória de êxito e desenvolvimento? A resposta começa por qualificativos que podem parecer óbvios, mas não são nada triviais: que o sucesso seja construído em bases duráveis, ou seja, que o desenvolvimento seja sustentável.

 

 

Hoje há amplo consenso sobre as condições necessárias e suficientes para que a sociedade se sustente indefinidamente. A organização de origem sueca The Natural Step** propôs essas condições em 1989 e diversos atores públicos e privados vêm buscando adequar-se a elas em todo o mundo, com diversas intensidades de resultados positivos, dependendo de seu estágio de evolução no tema. Essas condições estabelecem que uma sociedade sustentável não polui sistematicamente, não destrói sistematicamente o seu ambiente e não impede as pessoas de satisfazer suas necessidades fundamentais. -

Parece simples e óbvio. E de fato é. Se examinarmos situações de colapso ambiental tais como Sikri e a Ilha de Páscoa, veremos que ocorreram como resultado da violação sistemática de uma ou de várias dessas condições. E o que tem isso a ver com São Paulo? Consideremos alguns poucos exemplos de violações que a nossa sociedade ocasiona, e que tem provável relação com a dramática crise que atravessamos. Nossos corpos hídricos são sistematicamente poluídos, diminuindo a disponibilidade de água limpa. As florestas remanescentes no Brasil vem sendo degradadas de forma crescente, gerando variações da umidade trazida ao Sudeste e Sul do Brasil pelas nuvens que vêm da Amazônia. A nível local, solos menos permeáveis não absorvem água, com consequente aumento da demanda por irrigação e menos geração de chuva. O acúmulo de gases de efeito estufa de origem antrópica vem ocasionando alterações nos ventos de alta altitude que distribuem a umidade do ar, reduzindo a chuva em alguns lugares e aumentando em outros. A lista poderia seguir, pois os exemplos são abundantes. A recomendação? Primeiro, precisamos aprender a viver sem aumentar as taxas de poluição e degradação ambientais, e sem impedir que nossos semelhantes tenham o fundamental para uma vida digna. Precisamos também restaurar o que vem sendo destruído.

É preciso reconhecer o imenso custo que incorreremos ao tolerar padrões insustentáveis para perceber que será mais razoável agir desde já. Precisamos preservar e restaurar as matas ciliares, precisamos de solos porosos e biodiversos, precisamos reduzir ao mínimo o uso de agrotóxicos, precisamos parar de tratar corpos d’água como depósito de lixo. É importante levarmos em conta que cada um de nós no fundo sabe no que poderia contribuir, como consumidor e como cidadão. Precisamos, enfim, envidar certos esforços que gostaríamos de não precisar encarar. Temos que reconhecer, entretanto, que se continuarmos a violar as condições que tornariam saudável o nosso ambiente, não há porque achar que a natureza será mais tolerante. Precisamos com urgência tratar das causas do problema para evitar uma tragédia social, ambiental e econômica. * Os autores são consultores em sustentabilidade estratégica na hapiterra.com - See more at: http://www.pagina22.com.br/

UDU-DE-COROA-AZUL

Uma rara beleza que se espalha por todo o Brasil, embora na região da Mata Atlântica seja difícil de encontra-lo devido ao desmatamento, é o UDU-DE-COROA-AZUL cujo nome científico é MOMOTIS MOMOTA. Curta antes que desapareça.



AQUECIMENTO GLOBAL - CONCLUSÕES DO IPCC 5


 
CONCLUSÕES DO PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS (IPCC 5)

 

 

  1. As mudanças climáticas são cientificamente incontestáveis e a influência da atividade humana está aumentando seus efeitos.
  2. O impacto das mudanças climáticas são muito graves e estão presentes em todos os continentes;
  3. Se não se tomarem medidas rigorosas as conseqüências para os ecossistemas e os seres humanos serão irreversíveis;

 

O terceiro ponto é o mais destacado do novo informe que dá por terminada a etapa de decisões políticas fracas: OU SE REALIZA UMA AÇÃO GLOBAL RADICAL OU OS EFEITOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS SERÃO INEVITÁVEIS.

O problema avançou tanto que já não bastam os simbólicos e ridículos acordos de redução de gases estufa. A ONU adverte que se não se eliminarem lãs emissões totalmente antes do final do século, os efeitos serão perigosos e irreversíveis.

Este Quinto informe (IPCC 5)  é um dos maiores trabalhos já realizados na área. Os resultados publicados são fruto do trabalho de milhares de cientistas durante os últimos 14 meses.

Na elaboração deste quinto informe trabalharam 830 coordenadores e mais de 1200 pesquisadores de mais de 80 países, a esses deve-se somar mais de 2000 cientistas peritos  que posteriormente realizaram tarefas de exame e revisão das conclusões.

Os resultados mais evidentes são simples e diretos:

“A ATMOSFERA E OS OCEANOS ESTÃO AQUECENDO, OS VOLUMES DE NEVE E GELO ESTÃO DIMINUINDO, O NIVEL DO MAR ESTÁ SE ELEVANDO E AS CONCENTRAÇÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO TEM AUMENTADO A NÍVEIS SEM PRECEDENTES.”
 

O próprio presidente do IPCC e premio Nobel da Paz, Rajendra K. Pachauri finaliza com uma conclusão:

“ TEMOS POUCO TEMPO SE QUIZERMOS MANTER UMA MARGEM RAZOÁVEL DE AQUECIMENTO EM TORNO DE 2 GRAUS. SE TEMOS ALGUMA CHANCE DE FICAR ABAIXO DOS 2 GRAUS DEVEMOS REDUZIR AS EMISSÕES EM 40 A 70% EM TODO O MUNDO ENTRE 2010 E 2050 E REDUZI-LOS A NÍVEL ZERO  ATÉ 2100.”
 

UM LUGAR PARA A ETERNIDADE


COMETA 67P
 
AGILKIA é o nome de uma ilha situada no canal do Rio Nilo, ao sul do Egito, e que adquiriu fama mundial durante a construção da represa de Asuan, pois suas águas ameaçavam submergir  um dos mais famosos complexos de templos so Antigo Egito. Para evitar isso os templos foram desmontados peça por peça e transportados desde a ilha de Philae até Agilkia onde foram montados novamente. Foi uma das maiores e mais memoráveis, por tudo que representava salvar um dos grandes patrimônios da humanidade, conquista tecnológica do século XX. E talvez não seja surpreendente que décadas depois esse mesmo nome seja o do cenário de uma das maiores façanhas da história da exploração espacial, se tiver êxito.

Finalmente conhecemos a região onde deverá pousar o módulo Philae da Sonda Rosetta  sobre o cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko  É o Sitio "J" O momento de pouso, tão aguardado pois entrará para os livros de história como a primeira vez em que pousaremos em um pequeno cometa de apenas 5 Km de diâmetro que está a mais de 400 milhões de Km da Terra se deslocando por algo tão gigantesco como o Sistema Solar a uma vertiginosa velocidade de mais de 55.000 km por hora, será dia 12 de novembro. 
 
Não podia ser o nome mais apropriado, comenta Fred Jansen, responsável pela missão Rosetta para a ESA. “ O translado dos templos desde a ilha de Philae até Agilkia foi um projeto tecnológico de grande envergadura levado a cabo nos anos 60 e 70 do século XX para preservar um conjunto arqueológico de grande valor histórico. Dentro de 6 dias Philae se separará de Rosetta fará sua aterrissagem sobre o cometa 67P numa área também batizada de Agilkia. No dia 12 de novembro tentaremos realizar a primeira aterrissagem suave da história sobre a superfície de um cometa, um projeto muito mais ambicioso para ajudar a desvendar os segredos de nossas origens.
CENTRO DE OPERAÇÕES ESPACIAIS EUROPÉIA (ESA)

 
 

ÁGUA EM MERCÚRIO? É POSSIVEL? SIM NADA É IMPOSSIVEL NO UNIVERSO.


 
Faltam 5 meses para que a exploração direta do planeta mais próximo do Sol chegue ao seu final. É o tempo que resta para que as reservas de combustível da sonda Messenger se esgotem e a sua órbita, que a leva a passar muito próxima da superfície de Mercúrio decaia até a sua queda definitiva.

O Messenger (que significa "mensageiro", mas é também a sigla em inglês para Exploração),  partiu em 3 de agosto de 2004, e desde então fica "dançando" entre a Terra, a Lua e Mercúrio propriamente dito, num complexo movimento que o impede de ser atraído pelo campo gravitacional do Sol.

Muitas foram as descobertas realizadas durante a sua vida ativa, porém, parece inevitável que muitas outras fiquem sem explicação por enquanto. Entre essas se encontra aquelas descoberta que se esconde entre as sombras eternas das crateras polares do planeta.

Embora já fossem conhecidos a cerca de 20 anos, os depósitos de gelo que existem em Mercúrio não haviam sido observados de forma direta até a chegada da Messenger, escondidos nas zonas de sombras perpétuas. Com isso, embora se respondam algumas perguntas, se geraram novos mistérios mais desafiantes que mostram um Mercúrio cada vez mais complexo.

São enigmas notáveis para entender a história de Mercúrio e, por extensão, do Sistema Solar, já que por exemplo, a textura do gelo no fundo da cratera Prokofiev sugere que o material foi depositado ali a pouco tempo na escala geológica, ao invés dos milhões de anos que se acreditava inicialmente. Imagens de outras crateras reforçam essa idéia mostrando depósitos escuros, provavelmente de material rico em elementos orgânicos que cobrem o gelo em algumas áreas com limites definidos entre os dois tipos de materiais.

“Se pudermos entender por que um corpo se vê de uma maneira e outro se vê diferente, entenderemos melhor o que há por trás disso que está vinculado à idade e distribuição de gelo de água no sistema Solar” explica Nancy Chabot, cientista da missão Messenger. “Esta será uma linha muito interessante de investigação no futuro, mas não para Messenger que se encontra no final de sua vida útil”. Quem prosseguirá a missão serão duas sondas europeu-japonesas, mas para isso teremos que esperar até 2023.

Se aprendemos algo da exploração interplanetária é que não existe nenhum de  todos os integrantes da família Solar sejam planetas, luas, asteróides ou cometas que mostrem uma natureza simples. Todos escondem enigmas e nos mostram páginas de uma história completa e estranha, cada um deles com uma personalidade surpreendentemente definida e única. Mercúrio não é exceção à regra: um núcleo gigantesco em relação ao seu diâmetro, uma magnetosfera inesperada, depósitos de água nos pólos e agora com indícios de que são mais jovens do que se imaginava.
Planeta Mercúrio
 
 

Uso do Aquifero Guarani é loucura.


O uso de cisternas em pelo menos 50% das habitações residenciais e industriais, somado a uma mudança cultural da população, "equacionaria"  o problema da falta d'água no estado de São Paulo, segundo o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), Francisco Carlos Castro Lahóz. Caso haja interesse nesses equipamentos para armazenamento da chuva, o resultado seria mais eficaz e barato que a perfuração de poços para captação no Aquífero Guarani, ainda segundo Lahoz. O uso do manancial como alternativa para a crise hídrica foi citado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), nessa quinta-feira (6), durante evento em Santos (SP).
O governador admitiu que há um estudo em andamento sobre a viabilidade técnica de recorrer ao aquífero, que é um dos maiores mananciais de água doce do mundo, e abrange países como o Brasil, o Paraguai e a Argentina.
"No caso de São Paulo, ele (aquífero) começa a partir de Botucatu (SP), já no oeste do estado e, se fizer um poço, teremos vários ‘Guarani’, ‘Ribeirão’ e ‘Araçatuba’. Uma opção seria tirar e trazer para São Paulo, mas acho que é melhor passar essa água para a região de Campinas (SP), Piracicaba (SP) e Jundiaí (SP), assim aliviaria o (Sistema) Cantareira”,
Longa distância Lahóz destaca a distância de 420 km entre Ribeirão Preto (SP) e a Grande São Paulo como principal obstáculo para o projeto.
"Há de se avaliar o custo-benefício. Se for captar, tem que transpor. Além do custo com energia, existe o gasto com transporte. Para cada 5 metros cúbicos de água é necessária uma tubulação de 1,5 metro. Seria uma obra com custo e manutenção elevadíssimos. Também é importante dizer que a água do aquífero não é uniforme, há pontos com altos índice de cálcio, magnésio, flúor e enxofre. Em certos pontos até mesma a dessalinização é necessária", citou.
Cisternas Lahóz diz que o uso de cisternas como forma de armazenagem de água natural seria uma forma rápida e barata para resolver a crise hídrica, aliada a outras medidas que resultariam em um "pacote de soluções".
"A estiagem deste ano mostrou que a estrutura que temos é insuficiente. Mas o comportamento está equivocado há décadas. Quem mora em São Paulo ainda não entendeu que vive em permanente escassez hídrica. Imagine a economia com cisternas em cima de grandes shoppings centers, por exemplo? Nas casas, poderiam ser usadas nas descargas dos banheiros e na irrigação de jardins, entre outros. Evitaria até mesmo a prevenir enchentes em rios como o Piracicaba, já que parte da água que escorre para as calhas passaria a ficar retida de forma positiva".
1 minuto a menos no banho Ainda de acordo com Lahóz, há projetos alternativos de implantação de cisternas externas a partir de R$ 400. "Mas não para aí. A população da Grande São Paulo é de 20 milhões de moradores. Se todos encurtassem o banho em 1 minuto, já conseguiríamos o volume de um Cantareira inteiro. Esse cálculo está em um estudo que o PCJ realizou".
"Há cidades da Europa que conseguiram resolver a falta d'água fazendo somente com o escalonamento dos horários de banho. A crise em São Paulo não é de hoje. A disponibilidade hídrica aqui é de 250 m3 habitante/ano. No Oriente Médio, é de 450 m3 habitante/ano. O ideal, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), é de pelo menos 1.500 m3/ habitante ano. Já passou da hora de uma mudança cultural da sociedade".
Fonte G1.

CHINA E RÚSSIA IMPEDEM CRIAÇÃO DE GRANDE RESERVA MARINHA NA ANTARTIDA


 
As delegações da China e da Rússia fizeram fracassar pela quarta vez nos últimos três anos, o projeto de criação de uma  reserva natural sem pesca no Oceano Antártico. Após dez dias de negociações na cidade australiana de Hobart, a reunião anual da Comissão sobre a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCAMLR) foi fechada sem a unanimidade necessária para aprovar o projeto de uma grande reserva marinha desta vez levado pela delegação da Austrália.

A plataforma de grupos ambientalistas Oceano Antártico Alliance (AOA) lamentou a falta de vontade política de vários países com interesses de pesca nas águas perto da Antártica. "É lamentável que, enquanto a maioria dos membros CCAMLR estão comprometidos com a criação de uma área marinha protegida em águas da Antártida, China e Rússia bloquearam novamente todos os esforços", disse à Efe Rodolfo Werner, conselheiro do Pew Charitable Trusts e Antártica e do Oceano Austral Coalition (ASOC).
"Os interesses políticos têm precedência sobre qualquer esforço genuíno para proteger os oceanos", disse por sua vez Richard Page do Greenpeace  em um comunicado. A China está expandindo seus interesses de pesca por todo o mundo e tornou-se uma grande potência na Antártica, um lugar onde ainda há abundância de krill e outras espécies marinhas, como a merluza negra ou toothfish, de acordo com o jornal australiano Sydney Morning Herald. O chefe do Instituto Ártico e Antártico da Rússia, Vladimir Lukin, afirmou recentemente que qualquer reserva não deve "cobrir completamente" áreas de pesca, segundo o relatório.

Sessões da CCAMLR, realizadas de 20 a 31 de outubro contou com a participação de cerca de 240 cientistas marinhos, gestores de recursos e formuladores de políticas a partir de 25 delegações da UE, EUA, Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, entre outros países. A proposta dos Estados Unidos e Nova Zelândia para proteger 1,3 milhões de quilômetros quadrados no Mar de Ross também não teve êxito e outra proposta da UE, Austrália e França que lutava  pela a criação de uma reserva marinha de um milhão de quilômetros quadrados em águas orientais de Antártida também fracassou.

12 DE NOVEMBRO - ROBÔ PHILAE POUSARÁ NO COMETA 67P


Está marcada para o próximo dia 12 de novembro a missão que pode ser um feito inédito para o homem no espaço.
Nesta data, a agência espacial da Europa tentará pousar o robô Philae no cometa 67p.
Se conseguir, será a primeira vez que uma sonda aterrisará nestes corpos congelados.
O robô Philae será ejetado da espaçonave Rosetta em direção ao cometa 67P/Churyumov, que tem 4 km de largura, na manhã do dia 12.
O local escolhido para o pouso é uma das extremidades do cometa, que tem a forma parecida com a de um pato de brinquedo.
A espaçonave estará a 509 milhões de quilômetros da Terra neste momento.
Será o ponto alto de uma missão que começou há quase uma década.
Experimentos
Espera-se que a descida da sonda até o cometa, que estará a 20 km de distância  de Rosetta, leve em torno de sete horas.
Meia hora depois, os cientistas saberão se a missão foi bem-sucedida ou não.
Existe o risco da sonda simplesmente "quicar" na superfície do cometa, que tem muito pouca gravidade.
Para evitar isso, serão usados parafusos e arpões para que o robô seja capaz de se fixar.
Se o robô conseguir aterrissar na superfície do cometa, será dado início da uma série de experimentos para analisar sua composição e estrutura.
Os dados e imagens coletados serão enviados para a espaçonave, de onde serão retransmitidos para a Terra.
Cientistas acreditam que cometas contém matéria ainda intacta da formação do Sistema
Solar, há 4,5 bilhões de anos.
PHILAE tem nove ferramentas como analisadores de gás, câmeras panorâmicas e sondas para analisar as ondas de rádio a partir do núcleo, vai passar entre um e dois meses  fotografando e recolhendo amostras a serem analisadas juntamente com a sua matriz a sonda Rosetta que permanecerá orbitando o cometa.

Quando os painéis solares ficarem cobertos de poeira, Philae vai parar de trabalhar. Mas a sonda Rosetta irá orbitar em torno do cometa e coletar dados por pelo menos mais um ano. Este complexo possui dez instrumentos científicos, incluindo o telescópio ALICE projetado para capturar faixa ultravioleta eletromagnética, a câmara OSIRIS, e vários espectrômetros de massa equipados para analisar a poeira e atmosfera do cometa.

67P / Churyumov-Gerasimenko fará sua passagem mais próxima do Sol em agosto de 2015 com  Rosetta orbitando ao seu redor e coletando dados. "Pela primeira vez, vamos ser capazes de analisar um cometa durante um longo período de tempo" e que vai nos dar "uma visão do papel que "um cometa desempenha no sistema solar", resume Matt Taylor cientista envolvido em uma missão que a Espanha é responsável por 7%, através de empresas como a Alcatel Space, a Astrium Crisa, GMV, GTD, SENER e Tecnologia.

SONDA ROSETTA que transporta o módulo PHILAE que deverá pousar no cometa 67p dia 12 de novembro

TODOS OS PLANETAS CABEM ENTRE A TERRA E A LUA


Distancia média entre a Terra e a Lua 384.400 Km
 
O sistema solar ocupa um espaço de proporções colossais, pelo menos do ponto de vista de uma civilização como a nossa, que apenas está começando a excursionar nele até onde  sua tecnologia lhe permite  hoje e, certamente, por um tempo futuro muito longo. Uma sonda interplanetária pode tardar anos para atingir seu objetivo, apesar de se movimentar em velocidades que em escala terrestre parecem extremamente rápidas, e até mesmo um mundo que podemos considerar "perto de casa", como no caso de Marte, está a meses de distância.

E o sistema solar é enorme, mas extremamente vazio. Se tivéssemos a capacidade de jogar objetos na velocidade da luz da Terra e o fizéssemos aleatoriamente em todas as direções, a possibilidade de atingir ou apenas passar sobre qualquer um de seus planetas seria mínima, quase nula. Embora as imagens e todos os tipos de representações planetárias de Júpiter e Saturno podem parecer enormes, de fato, em relação ao espaço total dominada pelo Sol,  eles representam pouco mais de um ponto em um abismo de trevas. Já para não falar do resto da família. A viagem entre mundos é como atravessar um oceano incomensurável para chegar a uma pequena ilha localizada em algum lugar além do horizonte.

E para entender melhor o conceito de planetas como pouco mais do que pontos em comparação com a vastidão ocupada nada melhor para agrupá-los e observar, como mostrado na representação artística acima que todos eles tocando um ao outro, caberiam no espaço entre a Terra e a Lua, e até mesmo sobraria espaço para os nostálgicos incluírem o pequeno Plutão. Assim é nosso reino planetário, e por extensão o de qualquer outra estrela, um vácuo com alguns pequenos pontos de luz. Algo que temos que ter em mente ao avaliar em perspectiva nossa capacidade de alcançá-los um dia.
O Sol (aproximadamente 1.300.000 quilômetros de diâmetro) e seus companheiros planetários. Entre a órbita de Mercúrio e Netuno um abismo de mais de 4.500 milhões de quilômetros, o que é ainda maior se ir além, para alguns dos planetas anões recentemente descobertos.
 

EMISSÕES DE CARBONO DEVEM ZERAR PARA EVITAR DANOS IRREVERSÍVEIS


Após uma semana de debate intenso entre cientistas e governos, o aguardado Relatório Síntese do Painel Intergovernamental para Mudanças Climática (IPCC) foi lançado neste domingo (02/11), em Copenhague, capital da Dinamarca, juntamente com resumo para tomadores de decisão.
Resultado do trabalho de milhares de cientistas, o documento – de cerca de 100 páginas – resume causas, impactos e soluções para o aumento da temperatura do planeta. Segundo Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, o relatório é a “avaliação mais abrangente já feita a respeito das mudanças climáticas”. Três conclusões merecem destaque:
- a luta contra as mudanças climáticas é economicamente viável;
- em última análise, emissões de carbono deverão cair para zero, e
- a pobreza mundial só poderá ser reduzida se o aquecimento global for freado.
Nos últimos 13 meses, o IPCC lançou três grandes relatórios sobre o que diz a ciência física, os impactos e as formas possíveis de lidar com as mudanças climáticas. Eles concluem que as alterações são “inequívocas”, claramente causadas pela humanidade e que, mesmo que o aumento de temperatura seja impedido, seus efeitos durarão de centenas a milhares de anos. “O Relatório Síntese reúne todos estes elementos do quebra-cabeças”, disse Rajendra Pachauri, presidente do IPCC, em coletiva de imprensa.
Impactos, como ondas de calor e eventos extremos do clima, já podem ser sentidos em todo o mundo, dos trópicos aos polos, pelos ricos e pelos pobres. “Em oito anos como secretário-geral da ONU, viajei o mundo para ver os efeitos das mudanças climáticas. Eu vi as geleiras derretendo rapidamente. Não sou cientista, mas quero, como cidadão comum, poder somar minha voz à deles. Existe um mito de que a ação climática será muito cara, mas a inação custará muito mais”, falou Ban Ki-moon.
Pachauri destacou que, para manter o aumento da temperatura em 2ºC ou menos, pelos próximos 76 anos custaria, aproximadamente, 0,06% do PIB mundial por ano. No mesmo período, o PIB deve crescer pelo menos 300%.
Para Michel Jarraud, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), políticos dos países que não agirem proativamente serão responsabilizados como culpados pela população. “Ignorância não pode mais ser usada como desculpa para nenhuma ação”, apontou.
O relatório veio em um momento crítico da ação internacional de combate às mudanças climáticas e servirá de base para a elaboração de um acordo global na COP21, em Paris, em 2015. Lembramos que, em setembro, centenas de milhares de pessoas participaram da Marcha pelo Clima em todo o mundo, enquanto líderes de 120 nações se reuniam na sede das Nações Unidas, em Nova York, para enfrentar a alteração climática. Hoje, cidadãos do mundo todo conhecem não só os problemas causados pelo aquecimento global, mas também sua origem, e pedem ações efetivas e mais compromisso dos governos.