CRISE NA EUROPA: UM CONTINENTE À DERIVA

Essa divisão já vivemos muito no Brasil

As terras navegam: desde a deriva dos continentes que estão dando a volta ao mundo, até a sua movimentação no tempo, para o passado, para o futuro, ou simplesmente para o lado, no espaço.
É difícil dizer agora para onde está indo a Europa. Há uma grande confusão no ar. O continente está assolado por crises e mais crises. Volta e meia os vulcões islandeses, com seus nomes impronunciáveis para nós, forçam os aviões a aterrisagens forçadas. Países estão insolventes, com dívidas públicas gigantescas, ameaçando a moeda relativamente recém-criada, o euro. Enquanto a Alemanha promete abandonar a energia nuclear, os países do antigo leste europeu prometem fazer de tudo para implementá-la.
Aliás, a antiga divisão leste-oeste (que era geopolítica e não geográfica; por exemplo, a Áustria, do bloco oeste, fica no mesmo meridiano da República Tcheca e da Eslovênia, que eram do bloco leste) está dando lugar a uma divisão mais drmaticamente acentuada norte-sul. A Europa do "norte" alinha países bem comportados, que fizeram a lição de casa, isto é, seguiram as receitas privatizantes, reduziram salários, aposentadorias, aumentaram o tempo de serviço, etc., na conhecida receita da ortodoxia econômica. A Europa do "sul" reúne países perdulários, endividados, que foram lenientes com seus funcionários públicos, cujas populações "tiram férias demais", etc.   A França é um país tão mediterrâneo quanto a Espanha; mas a França "é do norte" e a Espanha "é do sul", membro dos países que agora precisam ser disciplinados pelos "do norte". Graças a esses países "desalinhados" (não mais no antigo sentido da guerra fria) a Europa vê-se na contingência de recorrer ao FMI e seu monitoramento, como se fosse uma Argentina, um México, um Brasil, ou um país do sudeste asiático do século passado. Quer dizer: se a América do Sul está indo para o século XXI, a Europa parece estar regredindo ao século XX.
Como se não bastasse tudo isso, a Alemanha (primeiro) e o continente inteiro (agora) se vêem às voltas com um surto de uma bactéria nova, uma variação da velha Escherichia Coli que apresenta uma violência inaudita - coisa, convenhamos, que antes era digna de Áfricas e Américas Latinas.
Certo que houve, no passado, a crise da vaca louca, a partir da Inglaterra. Mas aquilo, pelo menos, era coisa de ração industrializada. Agora não: o problema parece ser mesmo de natureza higiência e sanitária, na cadeia que vai da produção ao consumo, passando pelo armazenamento e distribuição de vegetais. E põe tudo sob suspeição: dos tomates por vezes carregados de agrotóxicos aos brotos de feijão de culturas orgânicas (aqui se diz bio), sem falar nos pepinos e as alfaces.
A Escherichia Coli desencadeou várias crises. Na Alemanha, foco da epidemia, o Ministério da Saúde está sob ataque, acusado de lerdez e despreparo. Até o sistema federativo entrou na dança, porque o Instituto que lidera o combate à epidemia, o Robert Koch, de Berlim, não consegue autorização para entrevistar os pacientes no norte do país, tarefa reservada às autoridades e agentes locais. Os primeiros casos da doença foram registrados no dia 1 de maio; mas somente no dia 19 um hospital de Hamburgo, a o receber vários pacientes em poucos dias com o contágio, deu o alerta e mobilizou o Instituto Robert Koch, no que hoje é percebido como uma "perda" de 18 dias - prazo em que a doença se disseminou e provavelmente em que a causa originária dela foi destruída.
Em nível continental, as crises foram várias. Os primeiros acusados pela origem do mal foram os pepinos espanhóis, logo depois inocentados. Mas as perdas conseqüentes foram imensas: 200 milhões de euros por semana para os agricultores do sul da Espanha, sobretudo. Na Alemanha as perdas dos agricultores vão a 5 milhões de euros por dia. A Rússia suspendeu a importação de hortaliças de todo o tipo de toda a Europa, ferindo de morte um negócio de 5 bilhões de euros anuais. Aos pepinos juntaram-se tomates e alfaces, mais os referidos brotos de feijão, sem provas concludentes até agora.
Crise em Portugal

A perplexidade é geral. Àquela provocada pela disseminação das doenças e das crises, soma-se esta, mais soturna, ainda sem avaliação precisa: a velha Europa não é mais a mesma. Para onde ela vai? Recentemente o presidente Obama declarou que, por mais emergentes que haja, os Estados Unidos e a Europa continuarão a influenciar a humanidade.

Sim, mas daqui para frente talvez como exemplos negativos.
Crise na Grécia

Texto Flavio Aguiar no BLOG DO VELHO MUNDO

DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA


Milhares de árvores como estas são derrubadas diariamente na amazônia


Grande parte dessas árvores derrubadas ilegalmente vão abastecer carvoarias igualmente ilegais


CARVOARIAS como esta - aqui a floresta é literalmente torrada


Invasores de terras estão devastando a floresta nos arredores de Belém, Pará.


Árvore secular derrubada por grileiros no município de Acará,Pará, Brasil


Devastação florestal causada pela extração ilegal de argila no município de São Miguel do Guaná, Pará.


Serraria clandestina descoberta em plena mata na ilha do Mosqueiro próximo à cidade de Belém, Pará


Para não dizer que só mostrei problemas uma imagem das raízes aéreas na praia da Araruna-Soure, Pará


Casa de caboclo em palafitas

Fotos e comentários de Gilvandro Furtado

AUMENTO DO NÍVEL DO MAR É O MAIOR EM 2000 ANOS


Uma nova pesquisa da Universidade da Pensilvânia sugere que o aumento do nivel dos oceanos está ocorrendo mais rapidamente do que em qualquer outro período nos últimos dois mil anos. O relatório, intitulado "Variações do nível do mar relacionadas ao clima nos últimos dois milênios" e publicado pela Proceedings, da Academia Nacional de Ciências (NSF), indica que há uma relação entre as alterações nos níveis oceânicos e as variações climáticas ocorridas no período, visto que quando a temperatura estava mais baixa o nível do mar permanecia estável, enquanto que nos de aumento de temperatura, verificou-se que o nível oceânico subia.

“O aumento do nível do mar é um resultado potencialmente desastroso das mudanças climáticas, à medida que o aumento das temperaturas derrete o gelo terrestre e aquece as águas do aceano”, declarou Benjamin Horton, professor e diretor do Laboratório de Pesquisas de Nível do Mar da Universidade da Pensilvânia e um dos coautores da pesquisa.

Para comprovar que há essa ligação entre as alterações climáticas e as variações do nível dos oceanos, os pesquisadores coletaram amostras de salinas de diferentes regiões, onde existem micro fósseis de bactérias e plantas que podem ser analisados a fim de medir os níveis de salinidade, o que pode fornecer pistas sobre os níveis dos oceanos. “À medida que você vai mais e mais fundo [na profundidade das salinas], você volta no tempo”, disse Horton.

De acordo com o relatório, entre 200 AC e 1000 DC, o nível do mar manteve-se relativamente estável, e passou a aumentar no século 11, quando ocorreu um período de 400 anos de aquecimento nas temperaturas conhecido como Anomalia Climática Medieval, no qual os cientistas perceberam que o nível oceânico passou a subir cerca de 0,6 milímetros ao ano.

Após este período, entre os anos de 1400 e 1800, o planeta passou pela chamada Pequena Idade do Gelo, na qual as temperaturas estabilizaram-se novamente, só vindo a aumentar a partir do século 19, depois do começo da Revolução Industrial. Desde então, o índice do aumento oceânico é de cerca dois milímetros ao ano, o maior registrado no intervalo de tempo analisado.

Segundo Horton, “se se olha o recorde do nível do mar, a primeira aceleração é em 1000 DC. O que se pode imaginar é que as temperaturas eram mais quentes, como sabemos que elas eram durante o aquecimento medieval. Pode-se assumir que os oceanos expandiram e os mantos de gelo derreteram. Então há um período estável do nível do mar, que coincide com a Pequena Idade do Gelo – os oceanos podem ter se contraído levemente, então o nível do mar responde a isso”.

“É evidente sustentar o óbvio. As leis básicas da física dizem que se você aumenta a temperatura, o gelo derreterá. Mas o que mostramos é o quão sensível o nível do mar é às mudanças de temperatura. O período de aquecimento medieval foi uma mudança muito súbita, mas resultou em uma resposta do nível do mar. Isso indica que eles estão ligados intrinsicamente, e que é uma resposta muito sensível e instantânea”, continuou Horton.

Para Stefan Rahmstorf, um dos coautores do relatório, a descoberta confirma outros estudos que sugerem que o nível oceânico está aumentando. “Isso reforça nossas projeções... o aumento acelera por causa do princípio de que quanto mais quente fica, mais rápido o nível do mar sobe. Os dados do passado ajudaram a calibrar nosso modelo, e melhorarão as projeções do aumento do nível do mar em relação aos cenários de futuros aumentos de temperatura”.

“Cenários de um futuro aumento dependem de entender a resposta do nível do mar às mudanças climáticas. Estimativas precisas da variabilidade do nível do mar fornecem um contexto para tais projeções”, ressaltou Andrew Kemp, outro coautor da pesquisa.

Paul Cutler, diretor do programa da Divisão de Ciências da Terra da NSF exaltou a importância do estudo, alegando que “ter um quadro detalhado dos índices da mudança do nível do mar dos últimos dois milênios fornece um contexto importante para entender as mudanças atuais e as potencialmente futuras. É especialmente valioso para antecipar a evolução de sistemas costeiros nos quais mais da metade da população mundial vive agora”.

“Nos últimos mil anos, quando a temperatura mudava, o nível do mar mudava. É um grande conjunto de evidências dizer que no século 21, com a indicação de que as temperaturas estão aumentando, o nível do mar vai subir. Essa é uma grande preocupação que resulta desse estudo”, concluiu Horton.

 * Com informações de agências internacionais.

CRISE ECONÔMICA GLOBAL 2º. TEMPO: 15 TRILHÕES DE US$ IRÃO VIRAR FUMAÇA.


Em 15 de Dezembro de 2010, no GEAB nº 50, a equipe do LEAP/E2020 antecipava a explosão das dívidas públicas ocidentais no segundo semestre de 2011. Descrevíamos então um processo que partiria da crise das dívidas públicas europeias [1] para, a seguir, atear o fogo ao coração do sistema financeiro mundial, ou seja, a dívida federal dos EUA [2].

Eis-nos aqui, com este GEAB nº 56, à beira do segundo semestre de 2011, com uma economia mundial em pleno descalabro [3], um sistema monetário global cada vez mais instável [4] e praças financeiras que estão em transe [5], tudo isso apesar dos trilhões de UD$ de dinheiro público investidos para evitar precisamente este tipo de situação.

A insolvência do sistema financeiro mundial, e em primeiro lugar do sistema financeira ocidental, retorna novamente à frente da cena após pouco mais de um ano de políticas cosméticas visando afundar este problema fundamental sob carradas de liquidez.

Em 2009 havíamos estimado que o planeta contasse com cerca de US$30 trilhões de ativos fantasmas. A metade, aproximadamente, desfez-se em fumo em seis meses, entre Setembro de 2008 e Março de 2009. Para a nossa equipe, é agora a vez de a outra metade, os restantes 15 trilhões de ativos fantasmas, pura e simplesmente desvanecerem-se entre Julho de 2011 e Janeiro de 2012. E desta vez, as dívidas públicas estarão igualmente em causa, ao contrário de 2008/2009 em que foram essencialmente os atores privados os afetados. Para avaliar a dimensão do choque que se prepara, é útil saber que mesmo os bancos americanos começam a reduzir a sua utilização dos Títulos do Tesouro dos EUA para garantir suas transações, por medo dos riscos crescentes que pesam sobre a dívida pública estadunidense [6].

Para os atores do planeta financeiro, o choque do Outono de 2011 vai assim corresponder no sentido literal ao fato de sentirem o chão ruir sob os seus pés, uma vez que é a própria base do sistema financeiro mundial, o Título do Tesouro dos EUA, que se vai afundar brutalmente [7].

Notas:

(1) Inclusive o fato de que os investidores privados (nomeadamente os bancos) seriam postos a contribuir para resolver o problema da dívida grega.

(2) Sem esquecer naturalmente as dívidas das coletividades locais americanas.

(3) Os Estados Unidos retomam a recessão. A Europa desacelera assim como a China e a Índia. A ilusão de uma retomada mundial doravante está totalmente acabada. É igualmente esta situação muito inquietante que explica porque as grandes empresas acumulam tesouraria: elas não querem encontrar-se outra vez como em 2008/2009 dependentes de bancos eles próprios em crise de liquidez. Segundo LEAP/E2020, as PME e os particulares deveriam meditar utilmente nesta situação. Fonte: CNBC, 06/06/2011

(4) James Saft, editorialista de renome para a Reuters e o New York Times, chega mesmo ao ponto de desejar “boa sorte para a hegemonia do Dólar”. Fonte: Reuters, 19/05/2011

(5) As bolsas sabem que a “festa” está acabada com o fim da Quantitative Easing dos EUA e o retorno da recessão. E os operadores financeiros não sabem mais como encontrar aplicações lucrativas e não demasiado arriscadas.

(6) Fonte: CNBC/FT, 12/06/2011

(7) Mesmo a Arábia Saudita doravante inquieta-se publicamente pela boca do Príncipe Al-Waleed, que evoca a “bomba da dívida dos EUA”. Fonte: CNBC, 20/05/2011

ANIMAIS EM EXTINÇÃO QUE ESTÃO REVERTENDO O JOGO

"Primeiro foi necessário civilizar o homem em relação ao próprio homem. Agora é necessário civilizar o homem em relação a natureza e aos animais."

O homem está conseguindo consertar alguns de seus erros, salvando vários animais da extinção. No Brasil, a quantidade de animais ameaçados de extinção só aumentou porque ampliamos o nosso radar. Muitos deixaram essa lista.


JACARÉ-DE-PAPO-AMARELO

1980 eram 2000
2007 já são 20000

Problema: Vítima da destruição da Mata Atlântica.
Solução: Em parte preservou-se sozinho, fugindo para longe do litoral. E surgiram vários criadouros como o de Maceió com 5800 animais.


MICO-LEÃO-DOURADO

1992 eram 272
2007 já são 1200

Problema: Outra vítima da destruição da Mata Atlântica e também da caça para alimentar população rural.
Solução: Reservas maiores, que prevejam o seu deslocamento. A meta é até 2025
ter 2 mil animais em liberdade.


VEADO CAMPEIRO

1980 restavam apenas 100
2005 já haviam 10.000

Problema: É uma das sete espécies de cervídeos existentes no Brasil. Caçado por espalhar febre aftosa, era na realidade vítima dela. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - mostra que a caça e o desmatamento do segundo maior ecossistema brasileiro, o cerrado.
Embora protegido por leis, o veado-campeiro vai escasseando nos campos brasileiros, onde era tão abundante algumas décadas atrás. O principal motivo não está na deficiência das leis, mas na dificuldade de aplicá-las na repressão à caça clandestina.
Solução: Depois que recebeu um espaço especial no parque Nacional das Emas (GO) outros estados seguiram o exemplo.

PELO MUNDO


FALCÃO DE MAURÍCIO

1975 restavam apenas 6
2006 já eram 1000

Problema: As florestas naturais da Ilha Maurício que originalmente cobriam 170 mil hectares, hoje cobrem apenas 5 mil. Também as espécies invasoras contribuíram para dizimar a espécie.
Solução: Um pesquisador pôs um casal para cruzar em cativeiro, aumentou a fertilidade da fêmea e ainda importou falcões europeus para ajudar a chocar ovos.


ELEFANTE AFRICANO

1970 eram 100 mil
2008 eram 678 mil

Problema: é o maior mamífero terrestre do planeta, no entanto, contrariamente a épocas como o Pleistoceno, não se encontra em todos os continentes. Uma das particularidades dos elefantes, nomeadamente, dos africanos, é que têm um estilo de vida matriarcal, sendo a fêmea mais velha que lidera a manada. A caça predatória para extração do marfim de suas presas e a redução de seu habitat reduzem a espécie.
Solução: Proibição do comércio de marfim em vários países além de muitas campanhas de preservação.


BÚFALO AMERICANO

1890 restavam apenas 750
2008 são 500 mil

Problema: a dizimação durante a conquista do oeste americano
Solução: Foram criadas reservas para os remanecentes, mas a ameaça só foi realmente afastada quando se adotou a criação intensiva em cativeiro.


CONDOR DA CALIFORNIA

1987 restavam apenas 27
2008 eram 223

Problema: Ocupação de seu habitat e poluição.
Solução: As aves tiveram que ser capturadas para reprodução em cativeiro. A população ainda pequena é, aos poucos, devolvida à natureza.


URSO PANDA

1980 eram 1400
2004 eram 2500

Problema: Seu habitat, a selva de bambu, foi devastada com a urbanização acelerada da China.
Solução: A ong WWF criou projetos para ensinar a população a conviver com a espécie sem ameaçá-la.

BRASIL DESENVOLVE SUPER CANHÃO A LASER E A NAVE HIPERSÔNICA 14 X

O 14 X


Um lazer muito potente, com cerca de 2,5 bilhões de watts( o equivalente a 25 milhões de lâmpadas), é disparado contra a traseira de um foguete. Incrivelmente quente atinge 25 mil graus ou 5 vezes a temperatura da superfície do Sol – o raio gera uma onda de calor que faz o ar se expandir e empurra o foguete para frente a 7700 km por hora (sete vezes a velocidade do som) Pode parecer uma tecnologia de ficção científica, mas já existe – e no Brasil. O super canhão a lazer foi criado no Instituto de Estudos Avançados da Aeronáutica (IEAV) em São José dos Campos, e está sendo desenvolvido em conjunto com o governo dos EUA.
A grande vantagem do lazer é que ele permite lançar foguetes a grande distância carregando pouco combustível a bordo – o que poderá revolucionar as viagens espaciais. Hoje apenas 5% da carga de um foguete é carga útil, o resto é combustível.
A nova tecnologia poderá deixar os lançamentos espaciais 100 vezes mais baratos – e mais seguros também. O super canhão será testado com um pequeno foguete não tripulado, cujo primeiro vôo está previsto para 2013.

O 14 X

Estão também avançados os estudos sobre o  14-X . Será uma aeronave experimental com previsão de início dos testes para 2013 e utilizará motores Scramjet para voar em altíssima velocidade.

Os testes envolvem carregar o 14-X para o espaço com um foguete e, inicialmente, anotar os dados de sua aceleração e motor a 100 mil pés de altura sem desacoplá-lo. Caso tudo dê certo, no terceiro teste ele será solto e poderá atingir sua potência máxima de Mach 10, ou 12.258 km/h.

A utilização de motores Scramjet é a grande sacada do 14-X — por não ter partes móveis, ele consegue reduzir o peso sem sacrificar a velocidade. O único problema é que ele precisa sempre de alguém mais rápido para andar de mão dada, já que ele não consegue ser ativado em baixas velocidades ou saindo do solo. Ficamos na expectativa do 14-X sair do papel em breve. Será que seu nome é uma homenagem ao 14-Bis? [MeioBit]

Estado Palestino? Recado de Israel e dos EUA

Estado Palestino


O recado de Israel: não vamos reconhecer o Estado palestino.

O recado dos Estados Unidos: Vetaremos qualquer Resolução a favor de um Estado Palestino.

O recado da mídia: os palestinos não querem negociar.

Recado dos palestinos: setembro está chegando.

Eu poderia, por exemplo, fazer inúmeras divagações sobre as manifestações dos últimos dias sobre o estado palestino, principalmente manifestações de israelenses e estadunidenses.

Mas é perda de tempo.

Estados que precisam da guerra para sobreviver, jamais serão favoráveis à paz.

Principalmente quando contam com o apoio incondicional da mídia.

Postado pelo Blog do Bourdoukan

Rodada climática de Bonn começa com péssimas notícias


Diplomatas de 200 países, reunidos em Bonn, na Alemanha, desde segunda-feira (6/6), são obrigados a encarar a realidade do recorde de emissões de gases do efeito estufa em 2010 e o fato de que o prometido financiamento para a mitigação e adaptação ao aquecimento global até hoje não saiu do papel. O encontro parece ser um dos mais difíceis já realizados pela ONU. Isto porque a falta de ações mais concretas para lidar com as mudanças climáticas está começando a ficar , com a divulgação de dados alarmantes sobre emissões, preço dos alimentos e falta de financiamento que não podem mais ser disfarçados ou ignorados. A rodada de Bonn vai até o dia 17/6 e é a última antes da grande Conferência do Clima de Durban (COP-17).

Na semana passada, a Agência Internacional de Energia (AIE) publicou um relatório que demonstra que as emissões de gases do efeito estufa chegaram a 30,6Gt em 2010, um recorde histórico. Um dos significados desse número é que a queda nas emissões registrada em 2009 não foi fruto de ações climáticas, mas da simples retração na produção industrial por causa da crise econômica.

“Depois de quase duas décadas de negociações com o objetivo de limitar as emissões, nós ainda assim temos que encarar que elas estão subindo e alcançando níveis recordes”, disseram decepcionados Antônio Lima, embaixador de Cabo Verde e Pa Ousman Jarju, líder do bloco dos países menos desenvolvidos.

A ONG britânica Oxfam também apresentou um estudo importante, no qual afirma que os preços de alimentos básicos devem mais do que dobrar em 20 anos. Até 2030, o custo médio de colheitas consideradas chave para a alimentação da população global vai aumentar entre 120% e 180%. Pelo menos metade desse aumento seria relacionada às mudanças climáticas.

Para finalizar a lista de péssimas notícias, o World Resources Institute (WRI) avaliou as promessas e ações de financiamento climático dos 21 países mais desenvolvidos do mundo e mostrou que pouca coisa saiu do papel. Dos US$ 30 bilhões prometidos há 18 meses na Conferência do Clima de Copenhague, apenas US$ 12 bilhões já foram previstos de verdade nos orçamentos dos governos e desses somente cerca de 30% foram liberados.

“Estamos abatidos diante dos impactos negativos das mudanças climáticas. Os países mais vulneráveis estão sob grande pressão, tanto do clima quanto da pobreza. O dinheiro do financiamento deve começar a ser distribuído o quanto antes para ajudar pessoas na Ásia, África e América Latina”, afirmou ao jornal britânico The Guradian um negociador que não quis se identificar.

Entraves

Apesar de todos esses fatores indicarem que é hora de união e mobilização, pouco se espera da rodada de Bonn. Muitos países importantes estão enfrentando situações que não favorecem que este seja um momento de generosidade. Diversas nações europeias, como Espanha, Portugal e Itália estão enfrentando crises econômicas, que já refletiram nas políticas de subsídios para energias renováveis e que provavelmente vão levar ao aumento de emissões.

Outros países, como Japão e Alemanha, estão revendo sua política energética em virtude do desastre na usina nuclear de Fukushima. A tendência é que a utilização de energia nuclear seja reduzida progressivamente, levando também, em um primeiro momento, ao aumento das emissões.

Já nos Estados Unidos o problema é a divisão sobre que importância dar ao aquecimento global. Tentativas de leis climáticas não conseguiram ser aprovadas e as inciativas de mercados de carbono ainda enfrentam muitos obstáculos. O mais promissor deles, o da Califórnia, pode ficar na geladeira mais um ano.

Para piorar ainda mais a perspectiva de avanços em Bonn, existe o grande racha com relação ao Protocolo de Quioto. Durante o último encontro dos países integrantes do G8, Estados Unidos, Canadá, Rússia e Japão afirmaram que não assinarão a extensão do tratado. Por sua vez, o bloco do BASIC, formado por Brasil, África do Sul, Índia e China, também se reuniu e decidiu defender uma posição unida pela extensão do Protocolo.

Assim, a rodada de Bonn tem tudo para ficar estagnada por causa do conflito entre países ricos e emergentes. Cumprindo o que talvez seja o seu papel, a presidente da UNFCCC, Christiana Figueres, se disse otimista para o encontro. “Eu vejo duas tendências encorajadoras. Países, incluindo as maiores economias, estão promovendo políticas de baixo carbono, mesmo que não as estejam rotulando de ‘climáticas’. A outra linha vem da iniciativa privada, que cada vez mais está interessada em participar da nova economia verde e da geração limpa de energia.”

A HIPÓTESE GAIA

Em 1916 o cientista T.C. Chamberlin explicou com a seguinte frase a importância da interação dos seres vivos com o meio ambiente: “o mais importante reside em convencer tantas pessoas quanto pudermos de q ue a nossa Terra não é um planeta morto, mas um organismo vivo e ativo”.
Posteriormente em 1979, James E. Lovelock publicou o livro Gaia: uma nova maneira de se ver a vida na Terra., em que formula a hipótese Gaia, nome escolhido com base na mitologia grega, pois Gaia era a deusa da Terra, mãe de todos os seres vivos. Segundo essa hipótese a Terra deve ser compreendida como um imenso organismo vivo, capaz de obter energia para seu funcionamento e capaz de se autorregular, como fazem os seres vivos.Essa hipótese propõe que os seres vivos são capazes de modificar o ambiente físico, tornando-o mais adequado à sobrevivência. Assim, a Terra seria um planeta em que a vida controla a manutenção da própria vida.
Um dos exemplos dados refere-se à composição dos gases da atmosfera terrestre, em que o alto teor de O2 e o baixo teor de CO2, só são mantidos pela fotossíntese: portanto, sem a atuação de organismos fotossintetizantes não haverá possibilidade de manutenção da maioria das formas de vida que existem hoje na Terra.
Segundo a Hipótese Gaia, a atmosfera terrestre não desenvolveu a capacidade de sustentar a vida apenas pela interação das forças físicas, surgidas ao acaso, para depois a vida evoluir, adaptando-se às condições ambientais que já existiam. Na verdade, a própria vida interferiu na composição da atmosfera, tornando-a mais adequada à sobrevivência dos organismos.
Essa hipótese causou grande impacto nos meios científicos. Apesar das discussões calorosas que geralmente ocorrem quando se fala em Hipótese Gaia, ela carrega uma mensagem metafórica muito importante: a Terra pode ser vista como um organismo em que os seres vivos e o meio ambiente formam sistemas inter-relacionados e inseparáveis.
GAIA

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE


Dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente, onde na realidade não há muito o que comemorar. É um dia mais para  reflexão e tomada de consciência sobre para que rumos os homens estão conduzindo o planeta, ou , o que resta dele.
Pensei em mil textos, mil imagens, mil alertas para postar nesse dia para um Momento de Reflexão, mas depois de muito rodar, decidi simplesmente que Catulo daria a mensagem com toda a serenidade que o sotaque nordestino lhe proporcionou, sabendo retratar, como ninguém, o rumor da terra.

O LENHADOR
UM lenhadô derribava
as árve, sem percizão,
e sêmpe a vó li dizia!
“Meu fio: tem dó das árve,
que as árve tem coração!”

O lenhadô, n’um muchôcho,
e rindo, cumo um sarváge,
dizia que os seus consêio não
passava de bobage.
[...]
Do lado do capinzá,
adonde pastava o gado,
táva um grande e véio ipê,
que o avô tinha prantado.

Despois de levá na roça
c’uma inxada a iscavacá,
debáxo d’aquela sombra,
nas hora quente do dia,
vinha o véio discansá.

Se era noite de luá,
ali, num banco de pedra,
c’uma viola cunversando,
o véio, já caducando,
rasgava o peito a cantá.

Apois, meu branco, o tinhoso,
o bruto, o máo, o tirano,
a fera disnaturada,
um dia jogou no chão
aquela árve sagrada,
que tinha mais de cem ano!

Mas porém, quando o tinhoso
isgaiava o grande ipê,
viu uns burbuio de sangue
do tronco véio iscorrê!

Sacudiu fora o machado,
e deu de perna a valê!

E foi correndo!... correndo!!
Cada tronco que ia vendo
das árve que ele torou,
era um braço alevantado
d’um hôme, meio interrado,
a gritá: “Vae-te, marvado!...
Assassino!... Matadô!
Foi Deus quem te castigou!”

Catulo da Paixão Cearense


IPÊ

CERRADO BRASILEIRO: CONSEQUÊNCIAS DO DESMATAMENTO

O Cerrado brasileiro pode desaparecer daqui a no máximo 40 anos. Estudos recentes indicam que apenas cerca de 20% do Cerrado ainda possui a vegetação nativa em estado relativamente intacto.
O cerrado, escolhido para o avanço da monocultura, foi tomado primeiro pela soja e está sendo dominado pela cana para o etanol e pelo eucalipto para a celulose, entre outras culturas. Isso preocupa muito porque, embora seja de grande importância para o país e a América Latina, é um bioma desvalorizado pelo capital, tratado como área de exploração. Suas plantas funcionam como reservatório de água do nosso país. Se o cerrado for arrasado pela monocultura haverá desequilíbrio.
No cerrado o terreno em geral é plano, com vegetação frágil, tortuosa, pequena, não dificulta o trabalho das máquinas. O que não acontece na floresta, onde é mais complicado desmatar em pouco tempo para fazer campos de monocultura até perder de vista. O desmatamento do cerrado prejudica o sistema freático. A rama, a copa das plantas, tem o correspondente em raiz – que funciona como uma esponja, uma caixa d’água, alimentando o freático e a planta durante a estiagem. Se arrancá-la, o circuito da água deixa de ser vertical, em direção ao freático, e torná-se horizontal, causando erosão, assoreamento de córregos e rios.
Há várias alternativas à destruição da vegetação nativa que vão em direção oposta à chamada revolução verde (o plantio de eucaliptos em grandes extensões). Aparentemente  são bonitas as grandes extensões verdes que produzem o suficiente para alimentar o mundo, não é? Mas isso é um engano. A revolução verde foi pensada para substituir aquilo que existia antes, onde entra o trator que corrige a terra, aduba, põe calcário, semente, tudo de forma mecânica, pesada. Embora a cobertura seja verde, é na verdade um deserto verde. Esse modelo destrói o meio ambiente, acaba com as nascentes, leva à seca. Na Bacia do São Francisco, onde há plantação de eucalipto, ficaram secas 1500 pequenas vertentes que fluíam para o São Francisco.
Monocultura do Eucalípto

Há mil justificativas para a manutenção desse modelo de monoculturas, como a do eucalipto que destrói o bioma em troca de dinheiro, divisas. Mas não se buscam alternativas técnicas. Nós temos em Goiás, Tocantins, Bahia, Minas, grupos extrativistas organizados, que convivem com o cerrado sem destruí-lo. São todos desconsiderados. O que realmente interessa ao governo, bem como aos anteriores, é o agronegócio que passa por cima das pequenas propriedades mas não mata a fome, porque seu objetivo não é distribuir, mas concentrar o lucro. Está comprovado que 70% do alimento consumido no país vem de pequenos produtores.
Por que tem de prevalecer a lógica da superprodução? É necessário tudo isso que se busca? O conforto dos EUA pode ser aplicado a toda o planeta? Uma população de 7 bilhões de habitantes? Mas a terra é insuficiente para isso e é aí que tem algo errado. Como pensar num mundo e numa humanidade equilibrado e sustentáveis. Produzindo de acordo com a necessidade. Uma coisa é a necessidade em que todos participem. Outra é atender a um modelo super predador de determinados países de primeiro mundo. Então volto  à pergunta anterior. Não seria hora de questionar o modelo vigente?
Cerrado brasileiro -ameaçado de extinção

OS POVOS GUARANI E A MATA ATLÂNTICA


Dia 27 de Maio é o dia da Mata Atlântica. Mas por que 27 de maio? A escolha da data, estabelecida em um decreto presidencial de 1999, remonta à colonização do Brasil pelos portugueses. Foi no ano de 1560 que, sensibilizado com a extraordinária biodiversidade da Mata Atlântica, o Padre José Anchieta escreveu a famosa Carta de São Vicente, primeiro registro histórico sobre o Bioma. Na Carta, endereçada ao Padre Geral de São Vicente, o Padre Anchieta descreveu a fauna, a flora e os moradores das “florestas tropicais”, como chamou a Mata Atlântica na época. A Carta foi assinada no dia 27 de maio – daí a origem do Dia Nacional da Mata Atlântica. A Mata Atlântica é um dos oito biomas brasileiros, protegido pela Constituição Federal como patrimônio nacional (artigo 225, § 4º). Estendida em 91 mil quilômetros quadrados do país, ela abriga uma das mais altas taxas de diversidade biológica do mundo, com muitas espécies em extinção.
Apesar da devastação que vem sofrendo desde 1500, a grandiosidade da Mata Atlântica ainda impressiona: presente em 17 dos 26 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Piauí, ela apresenta diferentes relevos e paisagens e uma biodiversidade que chega a mais de 22 mil espécies de animais e de plantas. E o que mais chama a atenção é que muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja, não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta.

Cientificamente, o nome dela é “Floresta Ombrófila”. Atualmente, ela é irregularmente distribuída pela costa atlântica brasileira, entre o Rio Grande do Sul (município de Torres) e o Rio Grande do Norte e tem 1,5 milhão de km².A Floresta Atlântica é uma formação vegetal higrófila (de ambiente úmido), perene (sempre verde), densa (com muitas árvores por metro quadrado) e heterogênea (com muitas espécies vegetais distintas).
Embora represente apenas 7% da floresta original que cobria cerca de 100 milhões de hectares praticamente contínuos, ainda é um vasto território, equivalente ao da França e Espanha juntas.
Quando se fala em Mata Atlântica é impossível esquecer o povo Guarani, um povo que luta pela preservação da mata da qual depende diretamente para manter o seu modo de vida.
Os Guarani constituem a maior população indígena em área da Mata Atlântica. Cerca de 90% das 120 terras Guarani situadas nas regiões Sul e Sudeste estão localizadas em meio a esse bioma. Isso não é por acaso, o bioma é o local privilegiado para sua cosmologia e para a constituição do tekoa, conceito que diz respeito à realização do seu modo de ser. “Para nós, povo Guarani, é a natureza que foi preservada, nós entendemos que ela é um espaço muito importante para o povo Guarani. E também para o povo Guarani ela é bastante sagrada, ela precisa ser preservada. Ela não é importante só para o povo Guarani, por isso ela deve ser preservada também pela sociedade branca, o próprio governo precisa fazer com que essas áreas não sejam destruídas", relata Maurício da Silva Gonçalves, da aldeia Estiva, em Diamante (RS).
“Os mais velhos sentem muita falta, sempre no Rio Grande do Sul temos uma reunião de Guarani e sempre os pajés começam a falar como era antes e até hoje, é muito difícil não existe mais mato, espaço livre para nós poder fazer, sentir como Guarani, sentir como Mbya. Não tem mais condições hoje em dia. Por isso há muita dificuldade. Os mais velhos sempre fala, a mata é sagrada, que o nosso Nhanderu deixou para nós, para nós cuidar. Mas o branco não respeita e não conhece o valor que tem essa mata, o rio, ele não conhece, para nos Mbya é uma tristeza que a gente passa no dia-a-dia", lamenta. Santiago Karaí Ryapua, líder Guarani da Aldeia Lomba do Pinheiro, localizada em Porto Alegre (RS).