AV. PAULISTA - 119 ANOS

Av Paulista em 1891

119 anos e com a mesma visão!

Hoje, 08 de dezembro, é aniversário da Av. Paulista, a principal avenida de São Paulo! São 119 anos!

“A Avenida Paulista foi inaugurada, ainda sem nenhuma construção pronta, em 8 de dezembro de 1891. Seu idealizador foi Joaquim Eugênio de Lima, uruguaio casado com uma brasileira. O objetivo era fazer do local o endereço para a elite rica da cidade.
Fazendeiros, cafeicultores e novos ricos formavam a vizinhança. A diferença de origem entre eles acabou refletida na arquitetura da avenida. Os imponentes casarões da época eram concebidos de acordo com diferentes estilos europeus.”
A mais paulista das avenidas

JOHN LENNON - O SONHO NÃO ACABOU

Imagine um mundo sem separação de fronteiras e religiões...esse era o mundo que John Lennon sonhava...



Você pode dizer que eu estou sonhando...
Mas eu não sou o único.
Eu espero que um dia você venha se juntar a nós
E o mundo será um só!

Palavras de IMAGINE. Lennon sonhava sim, mas realmente não era o único e, como ele, milhares de pessoas ainda sonham com um mundo sem fronteiras e sem divisões religiosas.


Há trinta anos ele se foi. Em trinta anos o mundo mudou muito, não como Lennon sonhava, mas mudou muito. Lennon deixou sua mensagem, uma mensagem de paz e de esperança, de profundo respeito pelas mulheres, pelas minorias e pela liberdade.

UM SONHO QUE VOCÊ SONHA SOZINHO É APENAS UM SONHO
UM SONHO SONHADO JUNTO É REALIDADE

JOHN LENNON: Liverpool 09/10/1940 - Nova York 08/12/1980

COP 16 - MUDANÇAS CLIMÁTICAS - QUANTO O MUNDO AINDA AGUENTA ESPERAR???

Texto de Silvia Ribeiro
Há uma semana, representantes de governos de todo o mundo estão reunidos em um bunker de super luxo chamado Moon Palace (Palácio da Lua), supostamente para discutir as mudanças climáticas.

O lugar é longe dos hotéis e mais longe da cidade de Cancun o que, somado às abundantes barreiras policiais, significa investir de duas a três horas diárias em poucos quilômetros de ida e volta. Exceto para os delegados dos países ricos que, como se fosse outra forma de mostrar a injustiça climática, se alojam no Moon Palace a preços exorbitantes.
A maioria dos delegados da África, Ásia e América Latina estão em hotéis fora do complexo lunático e necessitam de horas para deslocar-se. Além de deixar os delegados do Sul esgotados, parece ser uma tentativa de evitar que cheguem à conferência os protesto do povo, vítima da mudança climática.
Milhares de ativistas e afetados pela crise climática, social e ambiental de todo o mundo chegaram a Cancun em seis caravanas, saídas de vários pontos do México, atravessando o país desde suas raízes, para conhecer e mostrar a verdadeira política ambiental do país, suas causas e a relação com a crise climática aqui e em outras partes do mundo.
Os testemunhos locais convergiram com os dos ativistas, camponeses e indígenas, irmãos de lutas de base nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, América Central e Índia.
Partiram de San Luis Potosí, Acapulco, Guadalajara, Oaxaca, Chiapas, convocados pela Vía Campesina, Assembléia Nacional de Afetados Ambientais, Sindicato Mexicano de Eletricistas (SME) e Movimento de Libertação Nacional, aos que se somaram redes de justiça climática das Américas e da Europa, a rede Oilwatch e outras. As três primeiras caravanas convergiram na Cidade do México, onde realizaram um Fórum Internacional no auditório do SME, com mais de mil participantes e uma marcha no centro da cidade.
As caravanas pararam em vários pontos, onde ativistas e organizações locais os receberam com grande entusiasmo e solidariedade para compartilhar suas lutas e para somar-se. Expuseram, entre muitos outros, os casos de rios com enorme contaminação industrial, agrícola e urbana como o Rio Santiago em El Salto, Jalisco, onde uma criança morreu simplesmente por cair nele.
Apresentaram também projetos mineiros em San Luis, Guerrero, Oaxaca, Chiapas, que se fazem em todos os lugares devastando territórios contra a vontade das comunidades e pela ganância das transnacionais; projetos de megarepresas como Zapotillo e La Parota, que apesar da contínua oposição comunitária, o governo insiste em impor; zonas de altíssima contaminação de solos, ar e águas que provocam altas taxas de enfermidades, câncer e deformações genéticas nos moradores vizinhos,
Denunciaram os enormes lixões em Morelos, Tlaxcala, Edomex e Cidade do México, as megagranjas industriais, como as Granjas Carroll em Veracruz e Puebla, onde se originou a epidemia de gripe aviária e outras se gestam; contaminação petroleira e industrial, derrubada de bosques e sua substituição por grandes monocultivos e plantações para agrocombustíveis em vários estados; contaminação transgênica do milho nativo…
A devastação ambiental e social é enorme e mostra a verdadeira política “ambiental” no México, muito distinta das fotos que se mostram em Cancún.

A GLOBALIZAÇÃO DA REVOLUÇÃO

Institucionalizada pelos atenienses, a democracia tem perdido seu significado e valor nas mãos de séculos de incontáveis tiranos que a corromperam por completo. Seu significado inicial, claro e direto que diz “o poder do povo” tem pouco significado hoje. A palavra se enfraqueceu, ficou ultrapassada. Todo cidadão, isto é, aqueles que não eram escravos ou estrangeiros, podia representar-se no governo da cidade.

A representação cidadã é hoje em dia pouco menos que uma ilusão, quase um mito. A chamada democracia é atualmente um eufemismo com poderosos efeitos sedativos sobre uma população sonolenta. Os chamados governos democráticos mantém seus súditos em estado hipnótico, fazendo-os crer que seus interesses como cidadãos, estão representados e protegidos por um grupo de pessoas que pouco ou nada tem em comum com eles.

Para isto, os usurpadores das democracias modernas se serviram de poderosas armas de controle da sociedade. Tradicionalmente utilizou-se a fé e a bala contra o povo, e mais recentemente, a palavra.

Com a fé, em franco e claro retrocesso, e a bala destinada a democratizar distantes países ricos em recursos naturais, a palavra se tornou uma forte arma para usurpar as democracias ocidentais. A palavra foi moldada à imagem e semelhança do capitalismo globalizador, que a converteu na mais eficaz das armas já usadas contra o povo. Os meios de comunicação de massa tornaram-se a ultima etapa de aperto do pescoço do povo com a corda do capitalismo.

Agora já não precisam ameaçar-nos com deuses que estão nos céus nem sequer com balas que levam gravada a palavra “democracia”. A palavra é agora a droga que se força o povo a consumir até deixar completamente anulada sua capacidade de pensar por si mesmo. Lança-se um slogan que é repetido por quase todos os meios, e a sensação estereofônica adquire uma nova dimensão com um efeito demolidor da vontade do individuo, e afinal, em sua liberdade. Cada qual é livre para pensar o que eu lhe inculto, se diria que repitam até a saciedade. Em uma espécie de Admirável Mundo Novo, que Huxley teria reescrito o sistema totalitário que é o capitalismo, pensa por nos, consome por nós, fala por nós, vive por nós. Tudo por nós, mas nada para nós. Sem nós. (observe neste mesmo texto que a palavra “nós” perde seu significado depois de tanta repetição. Tome-se este como um bom exemplo das práticas globalizadoras do capitalismo).

Como povo, nos roubaram a palavra e a puseram a seu serviço, contra nós e contra a democracia. Servem-se dela para nos usar, nos manipular, para nos transformar em um número de uma grande lista de escravos ou estrangeiros a quem permitem uma representação e uma participação direta nisto que só eles chamam de democracia.

Não é a democracia o sistema que se coloca contra o povo, não é a democracia o sistema de governo que prega o interesse privado de alguns poucos e atenta contra o interesse geral. Como temos permitido que se continue utilizando o termo “democracia” para definir justamente o contrário?

Mas ainda há esperança, ainda temos algo a fazer pelo povo pisoteado. Como se tivesse passado despercebido, depositaram em nossas mãos um tipo de poder que emana de nós: o dinheiro, seu dinheiro, o alimento desta fera voraz, devoradora de homens e corruptoras de almas que é o capitalismo. O circulo formado pela corda ao redor do nosso pescoço só se fechará se deixarmos escapar este poder. O circulo só se fechará se consumimos e devolvemos ao circuito financeiro todo o dinheiro que esperam que geremos.
Além do essencial, não consuma.
Além de uma vida digna e suficiente, não consuma.
Além de preservar o planeta, não consuma.
Além do que seja moral, não consuma.
Além do que te satisfaz, não consuma.
Além do que consideraria justo e racional para teu vizinho, não consuma.

Se não consumirmos além disto, essa máquina que nos degrada como pessoas se deterá, cedo ou tarde. Todo cárcere precisa de seus presos, todo supermercado precisa de seus clientes, todo capitalismo precisa de suas vitimas.

Ficou demonstrado então que não vivemos em uma democracia, vivemos como aqueles escravos ou estrangeiros que esperavam em Atenas uma liberação que não chega, que temos que sair procurando onde quer que esteja. Juntos podemos encontrar. Outro mundo é possível.

WIKILEAKS TRAZ DENÚNCIAS SOBRE O BRASIL

Um documento secreto assinado em fevereiro de 2009 pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e divulgado ontem pelo WikiLeaks, mostra que alguns recursos naturais brasileiros estão em uma lista de interesses estratégicos de Washington e são considerados "vitais" para a segurança nacional americana.


O documento traz uma relação de cerca de 300 locais espalhados pelo mundo cuja perda "pode ter um impacto crítico na segurança econômica, saúde pública ou na segurança nacional dos EUA". A recomendação de Hillary era para que todas as embaixadas produzissem uma lista onde há pontos "críticos de infraestrutura" e "recursos-chave" em cada país.

No Brasil, os locais relacionados foram: dois cabos submarinos de telecomunicação em Fortaleza (CE) e um no Rio de Janeiro, as minas de minério de ferro e manganês da multinacional Rio Tinto - que hoje pertencem à Vale -, e as minas de nióbio de Araxá (MG) e Catalão (GO). Não constam da lista as reservas do pré-sal e nem os recursos biológicos da Amazônia, alardeados pelo governo brasileiro como locais que precisam ser protegidos da ameaça externa.

Duas minas brasileiras de nióbio são consideradas prioritárias para os EUA. A CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), em Araxá, MG, que supre 80% do mercado mundial. A outra é explorada pela companhia Anglo Americana, num complexo mineral de Ouvidor e Catalão em Goiás.

O Brasil tem 98% das reservas mundiais exploráveis de nióbio, metal usado em ligas de grande resistência, matéria-prima para cápsulas espaciais, mísseis, foguetes, reatores nucleares e semicondutores. O produto é tido como fundamental para a indústria bélica e espacial dos EUA, que importa do Brasil até 87% do nióbio de que necessita.

Outra “preocupação” dos EUA com o Brasil diz respeito ás redes de comunicação (telefonia, internet e dados). A eventualidade de danos nos cabos submarinos da Globenet ou da America’s II pode dificultar o contato com empresas norte-americanas aqui e em Washington (vice versa lógico), com sérios prejuízos para o “comércio eletrônico” entre os dois países

POR DENTRO DO WIKILEAKS


Os documentos publicados no Wikileaks são muito mais do que uma simples denúncia sobre como os EUA atuam no mundo e que tipo de sujeira eles podem estar envolvidos. São um contundente documento histórico que deixa exposta a essência de uma era.

Juntos, eles constroem uma narrativa de como a superpotência vê e atua em um mundo em mutação. Através deles, se pode ver de perto a narrativa diplomática sobre duas guerras falidas, uma guerra contra o terror igualmente fracassada, uma crise financeira como poucas na história, o início de uma nova ordem mundial com uma multiplicidade de nações surgindo como importantes atores globais.

Retratam, de dentro, as diferenças e semelhanças entre o governo de Bush e o de Obama. E refletem também uma crise ambiental sem precedentes, mostrando como os EUA atuaram ou deixaram de atuar por sua causa.

São o retrato de um império em decadência.

Como em lançamentos anteriores, o WikiLeaks avaliou que precisava de parceiros de peso para dar substância ao material em um primeiro momento. Por isso os cinco grandes veículos - Le Monde, El País, The New York Times, The Guardian e Der Spiegel - foram contatados, e entraram na parceria com exclusividade.

São jornais reputados que têm a estrutura necessária para processar essa enormidade de informações e produzir reportagens a partir dela.
Além disso, somente através desses parceiros, já conhecidos do WikiLeaks, a organização poderia se certificar de que todos os telegramas que forem publicados – todos – irão passar por um rígido controle de redação final.

Cada jornal é obrigado a editar os documentos e retirar os nomes de pessoas que possam sofrer risco por causa do conteúdo dos documentos. Essa é uma preocupação central da organização.

Mesmo assim, estava claro que para eles o mais interessante seria os “furos”, o pote de ouro no fim do arco-íris do jornalismo mainstream.

Para equilibrar um pouco a cobertura e evitar uma corrida desenfreada pelo “furo”, o WikiLeaks conseguiu negociar uma programação de matérias que serão publicadas ao longo das semanas por esses jornais. Assim, o conteúdo é mais bem aproveitado e notícias de tamanha relevância podem ser digeridas por mais tempo.
Além desses cinco veículos, o Brasil é o único país que tem tido a oportunidade de conhecer o conteúdo dos telegramas provenientes da sua embaixada e consulados. Isso porque o WikiLeaks considera o público brasileiro como grande aliado. O Brasil tem um enorme número de internautas e um dos movimentos pela liberdade na internet mais ativos do mundo.

Por isso, a organização resolveu criar uma forma de comunicação direta com ele. Dessa forma, fui convidada, como jornalista independente, a colaborar com o projeto.

Ao longo da última semana, produzi algumas matérias em português no site para que o público pudesse ver como esse material é rico. Ao mesmo tempo, em parceria com a Folha de S. Paulo, esse material pôde chegar impresso em tempo real para os leitores brasileiros.

Segunda fase

Esta semana começa a segunda fase da divulgação. Agora, o WikiLeaks vai trabalhar em parceria com dois dos maiores jornais do país – a Folha e O Globo – utilizando dois grandes repórteres, que buscarão dar o tratamento adequado ao material.

São centenas de histórias que merecem tempo, apuração e faro para serem bem escritas, e como o WikiLeaks é uma organização pequena (embora grande), não tem condições de realizar todo o jornalismo sozinho. Contamos com os dois jornais para nos ajudar a narrar essa importante história.

Natália Viana é jornalista e colaboradora do Opera Mundi

WIKILEAKS É REVOLUÇÃO DE VERDADE

ONTEM



HOJE



Eu acho que estamos diante do início de uma revolução de verdade, um desses acontecimentos raros que envolvem mudanças amplas, profundas, capazes de abrir perspectivas inesperadas para o futuro.
Estou falando do WikiLeaks e seu saudável costume de oferecer segredos da política, da economia e da diplomacia para o consumo de cada um dos 6 bilhões de seres humanos. É tão diferente e tão surpreendente que chega a ser assustador. Altera relações de poder. E isso é mesmo novo.
Não sei se você sabe, mas um dos raros momentos da história em que a diplomacia foi devassada de modo tão despurado ocorreu em 1917, depois que os bolcheviques tomaram o poder na Russia tzarista. Uma das primeiras providências dos novos ocupantes do poder foi abrir os arquivos da chancelaria do Tzar e exibir para a população do país os segredos, truques e maquinações articulados pelos antigos ocupantes do poder.
Do ponto de vista de seu interesse político, os bolcheviques utilizaram a abertura dos arquivos como um instrumento de propaganda, para desmoralizar seus adversários. Não há dúvida, porém, que foi uma medida que ajudou a educar a população — o que só é possível com hábitos transparentes na vida pública –, a tal ponto que o costume seria abandonado com o passar dos anos, na exata medida em que o poder soviético transformou-se numa das mais cruéis ditaduras do século XX.
Neste início de século XXI, o WikiLeaks realizar um esforço com algumas semelhanças — e muitas diferenças, todas a favor.
Para começar, não se consegue demonstrar, ao menos até aqui, que seja uma abertura dirigida do ponto de vista ideológico ou político. Também não é obra de um governo. Sobra munição contra todo mundo — e a favor de todo mundo.
Os responsáveis do WikiLeaks não exibiram vontade de agradar um governo, um partido, uma idéia ou uma personalidade, o que já é um ótimo ponto de partida. Suas revelações incomodam os governos de plantão — sejam eles quais forem.
Outro aspecto é a transparência. Em vez de oferecer trechos selecionados de documentos secretos, como é padrão entre historiadores de todo o planeta, que se reservam o direito de arquivar aquilo que não lhes interessa, os documentos são divulgados na íntegra, como matéria prima para quem quiser pesquisar, discutir e contestar.
Um terceiro ponto é que seu horizonte envolve a realidade global de nossa época. Os vazamentos nascem no governo americano, que são o centro de poder e influencia do mundo hoje. Ou seja: ali há notícia de interesse do planeta inteiro.
Outro ponto é que essas informações estão disponíveis para todo cidadão que tenha conexão com a internet, que se afirma, também por aí, como a grande biblioteca viva dessa nova fase do conhecimento humano. Você não precisa ser um iniciado em assuntos políticos nem frequentar um clube de pesquisadores para ter acesso aos planos de determinado governo para enfrentar determinada crise. Precisa ter tempo.
Claro que sobram perguntas. A mais importante envolve o trabalho de escolher documentos publicados. Qual o critério é empregado? Como garantir que outras revelações importantes não ficaram de fora?
Também tenho uma questão que envolve a segurança daquilo que é publicado. Informações secretas podem ser muito interessantes e contribuir para o entendimento dos acontecimentos. Mas também podem, como gostam de alertar comandantes militares, servir para “dar conforto ao inimigo.” Vamos imaginar uma hipótese brasileira: dias antes da ocupação do Complexo do Alemão, os planos de ataque as bases do tráfico de drogas chegam ao site do WikiLeaks. Você mandaria publicar?
Como eu disse no início, são mudanças de porte e de longo alcance. Como observa Pedro Doria no Estadão de hoje, “mesmo que o WikiLeaks saia do ar, daqui para a frente este tipo de site sempre existirá.”
É maravilhoso. E como sempre acontece com aquilo que quebra nossos hábitos e coloca novas perguntas, também é assustador.

Texto de Paulo Moreira Leite, jornalista da revista ÉPOCA.