A União Internacional para a Conservação da Natureza
(IUCN) publicou nesta terça-feira, em parceria com a Sociedade de Zoologia de
Londres, um estudo elaborado por 8 mil cientistas que identificou as 100
espécies de animais e plantas mais ameaçadas de extinção do planeta. O
documento, chamado “Priceless or worthless?”, tenta mostrar a importância e o
valor dessas espécies antes de que elas sejam extintas.
Entre as 100 espécies, cinco são brasileiras: o
muriqui-do-norte, o soldadinho-do-araripe, o preá catarinense e duas espécies
de borboletas.
Uma das espécies brasileiras destacadas é o
muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus). Considerado o maior macaco do
Brasil, o muriqui vive apenas na Mata Atlântica, o bioma mais desmatado do
país. Hoje, a população dos muriquis caiu para menos de mil indíviduos,
espalhados em pequenas áreas de florestas em Minas Gerais, Espírito Santo e
Bahia. Apesar da ameaça, o estudo elogiou a ação do governo, que criou o Plano
Nacional para a Conservação dos Muriquis. “O sucesso do plano vai depender da
correta alocação de recursos para a conservação”.
O soldadinho-do-araripe (Antilophia bokermanni) também aparece na lista. Um dos pássaros mais ameaçados do mundo, restam apenas 500 indíviduos, que habitam a Caatinga. Além da destruição dos habitats, o soldadinho-do-araripe enfrenta a caça e tráfico ilegal de animais.
A lista conta com duas espécies de borboletas
brasileiras. A Actinote zikani, da Mata Atlântica de São Paulo, enfrenta
pressão da população e destruição das plantas que usa para se alimentar. Já a
Parides burchellanus é recorrente no Cerrado, em regiões de Minas Gerais e Goiás.
Com menos de cem indíviduos conhecidos, a espécie enfrenta séria ameaça de
desaparecer.
Por fim, um dos animais mais ameaçados do país é o preá
Cavia intermedia. Esse pequeno roedor habita as Ilhas Moleques do Sul, em Santa
Catarina, e hoje restam apenas 60 indíviduos da espécie.
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