A energia eólica vem crescendo a passos largos no Brasil.
No país, a marca de 1 GW (1000 MW) foi alcançada em junho de 2011. A maioria
dos parques eólicos nacionais se encontra nas regiões Nordeste e Sul do país.
Em 2004, foi lançado pelo governo federal o Programa de Incentivo às Fontes
Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), entre elas a energia eólica. Além
disso, desde 2009, tem sido realizados leilões de energia eólica no país.
Desde o governo Lula vem se investindo vigorosamente na
ampliação da geração de energia eólica, que em 2012 já atinge 2% do total de
energia produzida. As instalações totais para o período 2012-2016 devem chegar
a 255 GW, com um crescimento cumulativo médio do mercado um pouco abaixo de
16%.
Até o final de 2016, a capacidade total de energia eólica
mundial será pouco menor do que 500 GW, diante de um mercado anual de cerca de
60 GW previsto para esse período. Os dados são de um relatório anual do
Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês).
O Brasil vem se
estabelecendo como grande mercado internacional, já dominando o
latino-americano. Com uma forte base industrial, o país é considerado capaz de
abastecer o Cone Sul, e será responsável, em vasta maioria, pelo crescimento
regional até 2016.
A expansão planejada da energia eólica na matriz elétrica
brasileira em cerca de cinco vezes até 2016 criará desafios para o setor no
país, avaliou nesta quarta-feira (3) a agência de classificação de riscos
Moody's.
A energia eólica
no Brasil tem sido viabilizada em contratos de longo prazo a preços
considerados cada vez mais competitivos, provocando uma tendência de queda nas
tarifas para os geradores. Além disso, a intermitência da energia eólica é um
desafio adicional para a rede de transmissão, segundo a Moody's.
"Devido a sua variabilidade, a energia eólica
elevará a complexidade das operações e será necessária uma capacidade adicional
de outras fontes para suportá-la", segundo a agência.
A Moody's acrescentou ser importante que os projetos
eólicos atinjam de fato os fatores de capacidade planejados, já que os estudos
dessa fonte de energia no Brasil "são baseados em dados históricos
limitados". Conforme a agência, "previsões excessivamente otimistas
poderiam levar à insuficiência de fluxo de caixa para alguns projetos".
Segundo ONG, os aerogeradores necessitam de velocidade mínima de vento entre 3,5 e 6 metros por segundo/Foto: Mamboman 1 |
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