ASTROLOGIA E DESTINO - PEQUENA HISTÓRIA

O ano agoniza e com ele surge sempre a questão: como será o novo ano que se inicia. Recorre-se a mil crendices,  mil rituais e é uma época em que os horóscopos são mais febrilmente vasculhados em busca de pistas e respostas às nossas ansiedades sobre o futuro. Esse é o melhor momento para entendermos porque a astrologia tem tanto poder. Estima-se que 70% das pessoas no Ocidente leiam seu horóscopo.



Ligar o movimento dos astros aos trancos e barrancos da vida na Terra é algo que começou na pré-história. Esse hábito deriva de uma observação simples, a de que a posição do Sol não varia apenas com as horas do dia mas também com a passagem do ano. Observando os pontos em que o Sol nascia no horizonte, nossos ancestrais notaram que ele ia mudando de direção com o passar dos meses.(Na realidade quem muda de direção em relação ao Sol e a Terra, mas nossos ancestrais não sabiam disso). Logo identificaram um grupo de constelações posicionadas perto dessa rota aparente do Sol. Ao contrário de outras estrelas, que se movem visivelmente ao longo do ano, aquele anel de constelações – que os gregos batizaram de “circulo de animais” , ou “Zodíaco” – parecia fixo.
Também notaram que a posição do Sol em relação ao Zodíaco tinha ligação com o clima e as estações. O nascimento do Sol próximo à constelação de Áries marcava o equinócio da primavera – o momento em que o dia e a noite tem duração idêntica. Essa data sempre teve importância simbólica: marcava a entrada da primavera no hemisfério norte e era o centro de celebrações religiosas relacionadas à fertilidade. A conclusão era que aquelas constelações influenciavam a duração dos dias e o clima – parecia simplesmente lógico então, que também tivessem poder sobre a vida humana. Daí vieram os primeiros horóscopos, que já eram produzidos na Mesopotâmia de 1.000 anos antes de Cristo de maneira idêntica à de hoje. Se uma criança vinha ao mundo no período em que o Sol nasce na parte do Céu ocupado por Libra, a vida dela era regida pela constelação – na prática, o conjunto de estrelas era entendido como uma divindade. O costume passou para os gregos, romanos e daí para o mundo atual.

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