Seus objetivos são estudar como o planeta perdeu sua
atmosfera e a água que possuía. Dentro de 6 semanas os instrumentos da Sonda
estarão aptos a iniciar os estudos que deverão se concluir até meados de
novembro.
22.09.2014
Opportunity, Curiosity, Mars Express, Mars Odyssey y Mars
Reconnaissance Orbiter agora tem uma nova companheira de viagem. Ela não tem câmaras
e seguirá uma órbita realmente extrema, que a envolverá nas capas mais altas da
atmosfera do planeta analisando de forma direta, algo longe da capacidade das
veteranas, extraordinárias todas elas, porem com objetivos mais normais para o
que se espera de uma sonda em órbita. Assim é a recém chegada cheia de energia
e expectativas da juventude.
Sua chegada se deu tal como estava previsto com a ignição de
seus impulsores durante 33 minutos que frearam a nave o suficiente para
permitir que a gravidade marciana a capturasse de forma definitiva em uma órbita
elíptica ainda por confirmar. A operação de colocar a sonda em órbita de Marte
foi tão perfeita que tornou desnecessárias várias das correções de trajetórias
previstas. Se a frenagem pela ignição dos impulsores houvesse falhado MAVEN seguiria
seu caminho em direção ao Sol o que implicaria no fracasso da missão. Porém,
novamente a experiência da NASA e do JPL com este tipo de operação fez com que
tudo se desse sem falhas.
As próximas semanas serão intensas para MAVEN que ajustara
sua órbita para começar a fase científica, colocará em plena atividade seus
instrumentos científicos e se preparará não só para estudar Marte, como também,
em uma oportunidade única para a astronomia, a chegada do cometa Siding
Springs, observando como suas partículas interagem com a atmosfera do planeta.
Depois chegará a hora de seus vôos próximos à superfície (5 previstos) apenas a
150 Km de altura na parte mais baixa de sua órbita para permitir a tomada de
dados atmosféricos diretos, o ultimo objetivo de sua viagem, que deverá dar-se
por volta de 8 de novembro: conhecer os motivos da perda de atmosfera de Marte,
desde tempos aparentemente mais quentes e húmidos e saber qual foi o destino da
água que um dia deixou o planeta.
Terminada suas missões elevará sua órbita e trabalhará
principalmente como um laço de comunicação com as sondas da superfície, tantos
as atuais como as futuras num espaço de tempo até que se acabe o combustível de
seus propulsores que deverá levar cerca de 10 anos. Tudo isso porém faz parte
do futuro. Agora vamos celebrar a nova sonda exploradora que alcançou seu
objetivo inicial e se prepara para fazermos avançar um pouco mais nosso
conhecimento sobre o Universo que nos rodeia.
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