Entre final do século 15 e inicio do século 16 naus cruzaram
os oceanos então desconhecidos em busca de respostas. Haveria realmente outras
terras a Oeste ou o mundo realmente se acabava num abismo? Hoje ocorre algo
semelhante só que no espaço infinito, muito além do “mar oceano”. Numerosas
sondas cruzam o espaço na busca de respostas. Marte irá receber dentro de dois
dias a sonda MAVEN e em 4 dias a sonda Magalyaan. A sonda Rosetta está em órbita
do cometa Churyumov e deverá pousar um módulo sobre ele em novembro. A sonda
New Horizons está cada vez mais próxima de Plutão. A sonda Dawn está a caminho
de Ceres, o planeta anão que domina o cinturão de asteroides.
Como ocorriam com as naus dos séculos 15 e 16 tais viagens
apresentam grandes ameaças e riscos, como as grandes tempestades e as pestes
que assolavam os navegantes. Isso ocorreu recentemente com a Sonda Dawn.
Habitualmente viajando em silêncio (como entre os navegantes que durante meses
não tinham como comunicar à Europa sua localização e situação), e só
comunicando-se de forma periódica para reportar seu estado, no dia 11 de
setembro deu um grande susto nos engenheiros da missão quando comprovaram que
havia entrado de forma imprevista no “modo de segurança” e que o propulsor iônico
que deveria estar em funcionamento se encontrava inativo. Foi necessário mudar
o comando para outro motor de íons e um controlador eletrônico diferente para
poder recuperar a propulsão. No dia 15 de setembro a sonda retornou a seu
estado normal, mas esta alteração no plano de impulsão significou um mês de
atraso para a missão que não chegara ao ponto previsto em 15 de abril de 2015,
mas apenas em maio. Os engenheiros trabalham agora para reativar o motor
danificado até o final do ano.
Não foi esse o único problema da sonda, também a antena
principal para mandar sinais a Terra se danificou por uma partícula radioativa.
Utiliza-se agora uma antena secundária onde os sinais de rádio levam 53 minutos
para chegar a Terra e vice-versa.
Dawn é uma missão extremamente complexa, a única sonda capaz
de entrar em órbita de um corpo celeste (Vesta em 2011), para desligar-se dele
depois e seguir caminho rumo a um segundo e definitivo objetivo (Ceres), onde
entrará de novo em órbita. Tudo isso é possível graças a seu sistema de propulsão
iônico que lhe oferece uma capacidade de manobra que nenhuma outra nave tem
atualmente.
O GIGANTESCO ASTERÓIDE VESTA
Vesta é um asteroide GIGANTE com cerca de 530 km de diâmetro
e o segundo objeto de maior massa no Cinturão de Asteroides (os restos da
explosão do planeta Maldek).
Telescópios terrestres e espaciais fotografaram esse antigo
asteroide por mais de um século, mas eles não eram capazes de ver muitos
detalhes da sua superfície.
Vesta (asteroide 4) foi o quarto asteroide, descoberto por
Olbers (1807) e é o terceiro maior asteróide em tamanho, medindo entre 470 e 530
km em diâmetro.
Sua origem é localizada no Cinturão de Asteroides, região
entre as órbitas de Marte e Júpiter, a 2,36 U.A. de distância do Sol.
A sonda Dawn (Aurora) orbitou Vesta durante um ano inteiro,
tirando fotos cada vez mais de perto da “provavelmente mais antiga superfície
primordial existente no sistema solar,” diz o investigador principal da sonda
Dawn, Christopher Russell, da UCLA.
Em 18 de julho de 2011 a sonda Dawn enviou a primeira imagem
de Vesta após o início da sua órbita ao redor do asteróide gigante.
Na sexta-feira, 15 de julho, Dawn se tornou a primeira sonda
a entrar em órbita em torno de um objeto do cinturão de asteróides, que fica
entre às órbitas de Marte e Júpiter.
A imagem obtida para fins de navegação mostra Vesta em
maiores detalhes do que nunca antes. Quando Vesta capturou Dawn em sua órbita,
havia aproximadamente 9.900 milhas (16.000 quilômetros) de distância entre a
espaçonave e o asteroide.
Sonda Dawn do programa Discovery da NASA lançada em 2007 para estudar os asteroides Ceres e Vesta. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário