As pessoas estão tão aterradas, há tantas causas válidas para se lutar, os problemas são difusos, com diferentes assuntos arraigados em localidades dispersas e ninguém pode decidir quais são os limites entre uma crise e outra. São tantas interrogações, como a de quando a crise dos oceanos passou para a atmosfera. É compreensível que as pessoas se mostrem reticentes em questões simples como a proliferação das garrafas de plástico. O ecossocialismo é uma corrente de pensamente e ação que surge. Vale apenas analisá-lo. Precisamos estar antenados a todas as tendências que surgem, concordemops com elas ou não.
Joel Kovel, que teve um destacado papel em várias edições do Fórum Social Mundial (FSM), que neste mês aconteceu em Dacar, afirma que o movimento deve ter por base uma prática e uma lógica anticapitalistas. Considerado o pai do movimento Ecossocialista, Joel analisa a história, trajetória e o futuro do movimento. Também é um dos autores do Manifesto Ecossocialista, que detalha um caminho alternativo ao atual de destruição ambiental. Joel disse que é preciso dar nome a este “outro mundo” e posicioná-lo firmemente contra a ameaça do capital global.
O que é então o ecossocialismo? Trata-se de uma corrente de pensamento e de ação que se reclama ao mesmo tempo da defesa ecológica do meio ambiente e da luta por uma alternativa socialista. Para os ecossocialistas, a lógica do mercado e do lucro capitalistas conduz à destruição dos equilíbrios naturais, com conseqüências catastróficas para a humanidade.
Em ruptura com a ideologia produtivista do progresso - em sua forma capitalista e/ou burocrática - e em oposição à expansão ilimitada de um modo de produção e de consumo incompatível com a proteção da natureza, esta corrente representa uma tentativa original de articular as idéias fundamentais do socialismo - marxista e/ou libertário – com os avanços da crítica ecológica.
A verdadeira crise ecológica é o conjunto de todas elas, que se agravam com rapidez, se propagam pelo mundo e aumentam de forma exponencial. Se quisermos encontrar a causa das diferentes crises sistêmicas, devemos olhar todas elas em conjunto e encontrar o que têm em comum. Cada problema tem sua própria causa, mas, virtualmente cada uma está vinculada à expansão capitalista e pode-se seguir seu rastro até a porta de um banco ou uma potência imperial.
Uma coisa é certa: é preciso urgentemente barrar a degradação do meio ambiente. Para isso todas as formas de luta e de concientização das pessoas são válidas e urgentes.
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