O vosso avô é velho? E tem um seguro de vida?
Que bom! chegou a hora de fazer o velhote render.
Peguem o seguro (se o avô oferecer resistência podem ameaçá-lo), liguem para a empresa Life Partners, vendam o seguro e fiquem com o dinheiro. Com o qual podem sempre comprar um presente (não muito caro) para o velhote, que afinal merece uma parte (pequena) do dinheiro.
Esta é a idéia dum novo negócio que está florescendo nos Estados Unidos. Empresas como Life Partners apostam na morte do beneficiário do seguro. Como é que ninguém ainda tinha pensado nisso?
De fato faz sentido: qual a graça em receber o dinheiro uma vez morto? Fica mais simpático antes, não depois de ter deixado este mundo.
E porque não investir na morte? Pois é disso que estamos falando.
O aspecto ainda mais mórbido é que Life Partners não compra o seguro de vida da pessoa idosa: convence investidores a comprá-lo. E quando o velhote morrer, o investidor fica com o valor do seguro. Entretanto, claro, o idoso recebe logo o dinheiro, sem ter de morrer por isso.
Desta forma, o investidor que adquire o seguro torce para a morte do velhote. Quanto mais depressa este morrer, de fato, tanto maior será o lucro, pois os valores reembolsados diminuem com o passar dos anos.
E se o velhote não morrer? Pode ser um idoso teimoso. E malcriado também, pois desta forma o investidor perde dinheiro. Mas não muito, pois cedo ou tarde o velhote morre. Por isso é só esperar que a Natureza faça o trabalho dela..
Mas quem é Life Partners?
É uma empresa sediada no Texas e avaliada na Bolsa de Wall Street, fundada por Brian Pardo. Que, com esta idéia, ganha US$ 1.061.637 por ano. Nada mal para um coveiro.
As ações da Life Partners começaram com um valor de US$ 2 a 3, mas nos últimos dois anos ganharam bastante e agora alcançaram os 18 Dólares. Em 2010 o lucro líquido será de 29 milhões de Dólares.
Agora é só esperar para ver qual será a próxima fronteira da decência que a Bolsa conseguirá atropelar.
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