MISSÃO KEPLER - EM BUSCA DE PLANETAS HABITADOS

A Missão Kepler observará durante cerca de 3 anos uma região do céu na constelação Cisne, medindo meticulosamente o brilho de cem mil estrelas para descobrir uma amostra substancial de exoplanetas com períodos até um ano terrestre, pelo método dos trânsitos.
Os seus instrumentos têm precisão suficiente para detectar planetas de dimensão semelhante à da Terra.
O objetivo último será encontrar planetas similares à Terra.
O telescópio Kepler vai estudar 100 mil estrelas próximas, utilizando o método dos trânsitos, de modo a tentar encontrar planetas similares à Terra
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Chegou ontem a notícia: a missão Kepler descobriu candidatos a planeta do tamanho da Terra e, mais ainda, os primeiros que estão na zona habitável de uma estrela! Resultados mais do que aguardados pelos astrônomos do mundo inteiro. Isso porque a missão espacial Kepler da NASA foi concebida na década de 1990 justamente com o intuito de detectar planetas que tivessem o tamanho da Terra e, por isso, deveriam ser rochosos.
A missão Kepler, depois de vários meses observando as constelações do Cisne e da Lira, encontrou uma estrela batizada de Kepler-11 (a uma distância de 2.000 anos-luz) e mostrou o mais impressionante sistema planetário já descoberto. A Kepler-11 é uma das 156 mil estrelas do tipo solar que serão monitoradas durante pelo menos 3 anos e meio.
A demora é fundamental, pois o objetivo é achar um planeta com as mesmas características que a Terra, que leva um ano para completar uma órbita. Para se fazer uma detecção segura de uma gêmea terrestre, são necessários no mínimo 3 anos de observações.
Em Kepler-11, foram achados seis possíveis planetas, cinco deles confinados em órbitas que caberiam dentro da órbita de Mercúrio. Na verdade, todo o sistema caberia dentro da órbita de Vênus.

Esses cinco planetas mais interiores devem ter, de acordo com modelos numéricos, massas entre 2,3 e 13,5 vezes a da Terra. O sexto planeta deve ser bem parecido com Urano ou Netuno em termos da massa, mas isso é apenas especulação, pois o modelos usados não forneceram resultados satisfatórios nesse caso. Aliás é bom que se diga, são resultados de modelos.

A descoberta precisa ser confirmada com meios mais diretos que simulação numérica e já há campanhas observacionais programadas para daqui a um ano com esse objetivo.

Impressiona também os números da missão. Até agora, a missão Kepler já descobriu 1.235 candidatos a planetas desde que foi lançada, em março de 2009 (confirmados são apenas 15). Desses planetas, 68 são aproximadamente do tamanho da Terra, 288 são chamados de “super Terra” pois são maiores que a Terra, mas ainda são menores que Netuno, portanto ainda podem ser rochosos.

Cinquenta e quatro planetas foram encontrados na zona habitável, que é a região em volta da estrela onde é possível encontrar água líquida em um planeta. Desse total, 5 candidatos têm o tamanho aproximado da Terra e são esses candidatos que serão prioridade nos próximos anos.

O que era ficção científica há 20 anos, hoje é uma realidade muito agradável. Como disse William Borucki, da NASA, nós saímos do zero para 54 candidatos na zona habitável! E os resultados têm mostrado que aproximadamente 20% das estrelas têm sistemas planetários e que, na maioria das vezes, são sistemas com múltiplos exoplanetas. Isso significa que deve existir muito mais astros do que antes se imaginava.

Um comentário:

Carmo disse...

Como se pode imaginar o inimaginável?

Um abraço

Boa semana