CHINA LANÇA O LONGA MARCHA CZ-5 E ENTRA NA CORRIDA ESPACIAL




Lançamento de foguetes, satélites e módulos tem sido muito freqüentes nos últimos tempos e às vezes nem despertam interesse da mídia e do público. Mas o lançamento da base de Wenchang, China, no dia 3 de novembro do foguete Longa Marcha CZ 5,  torna-se um marco importante na corrida espacial pois coloca a China como uma potência espacial e talvez o ponto de partida de uma nova era.
O que há de tão importante no Longa Marcha CZ 5? É que com ele a China adota um lançador capaz de colocar em órbita bases de até 23 toneladas e 14 toneladas em órbita geoestacionária, ou seja, a China se coloca ao nível de EUA, URSS e ESA que até agora eram os únicos que tinham lançadores com tal capacidade.
O CZ 5 está no mesmo nível de capacidade do Delta IV Heavy (EUA), Falcon 9, o Angara A5 e Proton M (URSS) ou o Ariane 5.  O CZ 5 é fundamental para os futuros planos chineses.
O êxito de seu lançamento deixa o caminho livre para os 3 eixos principais do programa espacial chinês. O CZ 5 é o lançador de foguetes (3 fases, a primeira das quais com motores criogênicos) escolhido para colocar em órbita o Tianhe, Wentian e os módulos Mengtian, que irão constituir a base espacial permanente Tiangong no início da próxima década. Também deverá  lançar as sondas lunares Chang e 4 e Chang e 5 (2017/18) para estudar a face oculta da Lua, e ainda o mais notável: deverá impulsionar a primeira e ambiciosa missão a Marte (2020) que inclui uma sonda orbital e um rover de superfície. Todos esses ambiciosos projetos tiveram sua largada inicial com esse lançamento teste de 03 de novembro.

E a China não para por aí, já há estudos para um futuro Longa Marcha CZ 9, um equivalente ao igualmente colossal US SLS.



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